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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

ESPECIAL | PÂNICO 1 e 2

Atualizado: 30 de out.



Um subgênero muito popular no cinema, e que ganhou milhares de fãs pelo mundo, é o “slasher”, que basicamente é sobre um serial killer perseguindo e matando jovens, além de ter uma "final girl" (a última sobrevivente). Tudo começou em 1974, com o lançamento de O Massacre da Serra Elétrica, que causou polêmica pela sua história brutal, insana, e pela sua violência, considerada extrema na época. Em 1978, o assassino Michael Myers fazia sua estreia, com o clássico Halloween, que ficou famoso por matar babás na noite do dia das bruxas, sendo o primeiro filme do subgênero a ter inúmeras sequências. Tem muitas divergências sobre qual dos dois foi o primeiro terror slasher, mas acredito que tenha sido O Massacre da Serra Elétrica, porém, Halloween ditou as regras dos filmes do subgênero a partir de então. Dando o ponta pé inicial nos anos 80, década que os “slashers movies” tiveram seu auge, Jason Voorhees surgiu com Sexta-Feira 13, em 1980, tão popular quanto Michael Myers e que também teve intermináveis sequências. Lembrando que, na verdade, Jason só apareceu na sequência. Depois, em 1984, outro serial killer famoso “nasceu”, com uma pegada mais sobrenatural, já que ele atacava suas vítimas nos seus sonhos: Freddy Krueger, em A Hora do Pesadelo, que também teve um monte de sequências.


Halloween, Sexta Feira 13, e A Hora do Pesadelo, ganharam espaço suficiente nos cinemas, e acabaram se tornando franquias, com sequências durante as décadas de 80 e 90, e que seguem até hoje. Podemos citar outros filmes do subgênero dessa época: A Morte Convida Para Dançar, Feliz Aniversário Para Mim, Pague Para Entrar Reze Para Sair, Dia dos Namorados Macabro, Acampamento Sinistro, entre outros. Já nos anos 90, a situação seguiu um caminho bem diferente: com as intermináveis sequências, e as novas produções que surgiam a cada ano, o subgênero acabou se desgastando, com filmes que repetiam a fórmula e que não traziam nada de novo, e as famosas franquias estavam chegando ao fim. Primeiro, foi a vez de Freddy Krueger, em 1991, que finalizava sua carreira nos cinemas com seis filmes até então; Jason Voorhees em 1994, com nove filmes no currículo; e Michael Myers, em 1995, totalizando seis filmes também.



Mas nem tudo estava perdido, e no finalzinho de 1996, Pânico estreava nos cinemas para salvar o subgênero desgastado. Com um roteiro de Kevin Williamson, que já assumiu ser fã de “slashers”, e a direção de Wes Craven, que dirigiu o primeiro A Hora do Pesadelo (1984) e O Novo Pesadelo – O Retorno de Freddy Krueger (1994), Pânico se tornou um fenômeno na segunda metade dos anos 90, renovou o subgênero, além de ter sido responsável por outras produções consideradas como os “filhos de Pânico”: Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (que também tinha roteiro de Kevin Williamson) e Lenda Urbana, além de um novo, e elogiado, capítulo da franquia de Michael Myers, Halloween H20 – Vinte Anos. Pânico também popularizou o “terror adolescente” nos anos 90, com esses filmes citados, além de Prova Final, Jovens Bruxas, Comportamento Suspeito, Tentação Fatal, entre outros.


Pânico acabou agradando o público e a crítica, sendo muito bem elogiado pela forma inovadora de abordar o subgênero, e conquistou inúmeros fãs pelo mundo, resultando em uma trilogia: Pânico 2, em 1998, e finalizando com Pânico 3, no ano seguinte. Então, lá em 2011, Wes Craven retornou, juntamente com Kevin Williamson, para o universo de Pânico, com o quarto capítulo da franquia, tão bom quanto a trilogia original, mas que não teve o sucesso que esperavam. A ideia original era fazer uma nova trilogia, mas acabou sendo engavetada pelo estúdio, e os sonhos dos fãs estavam ainda mais distantes quando recebemos a triste notícia do falecimento do criador da franquia, Wes Craven, em 2015.


Mas, para a felicidade de todos, foi anunciado que a franquia retornaria aos cinemas, trazendo todo o elenco principal, mas sem o roteiro de Kevin Williamson, que recusou a oferta devido a morte de Wes Craven: Pânico 5 tem previsão para Janeiro de 2002, e Pânico 6 para Janeiro de 2023. Com isso, acompanhe abaixo um especial sobre todos os quatro filmes da franquia amada pelos cinéfilos, dissecando um por um, com várias curiosidades e as referências metalinguísticas aos outros filmes de terror.


Dividirei os quatro filmes em duas postagens, sendo essa, a primeira, com Pânico 1 e 2; e na outra, Pânico 3 e 4.



PÂNICO (SCREAM)


Ano: 1996

Direção: Wes Craven

Distribuidora: Dimension Films

Duração: 111 min

Elenco: Neve Campbell, Courtney Cox, David Arquette, Drew Barrymore, Skeet Ulrich, Mathew Lillard, Rose McGowan, e Jamie Kenedy.



NOTA: 10


Disponível na


A trama de Pânico se passa na pacata cidade de Woodsbooro, onde um assassino mascarado ataca suas vítimas com perguntas sobre filmes. O principal alvo acaba sendo Sidney Prescott (Neve Campbell) que há um ano atrás teve sua mãe assassinada, oe a polícia acredita que os atuais assassinatos têm relação com esse outro crime.


O principal sucesso de Pânico foi por causa da forma que Wes Craven abordou o filme, usando metalinguagens, fazendo piadas de si mesmo, no caso aqui, dos filmes de terror/suspense slashers, além de referências a grandes clássicos como Sexta Feira 13, Halloween, A Hora do Pesadelo, Psicose, entre muitos outros. Também, pelo fato de o assassino ser em “carne e osso”, não um Jason ou Michael Myers da vida que morrem e ressuscitam milhares de vezes, deixando o filme mais real e assustador porque o assassino pode ser qualquer um. Claro que já teve vários filmes com “assassinos reais”, mas Pânico acabou se destacando mais comercialmente.


A trama é repleta de suspense, mistério, e o famoso “quem é o assassino”, fazendo o espectador entrar na história e tentar descobrir quem é, com bastante humor e diálogos ácidos, e as referências aos filmes de terror, onde a tensão vai aumentando a cada aparição do ghostface. Todos os clichês do gênero estão presentes, mas ao mesmo tempo, o roteiro de Kevin Williamson faz uma crítica a eles, deixando o filme ainda mais divertido, - que filme vai nos ensinar em como sobreviver a um filme de terror. Para quem gosta de uma boa matança nos filmes, Pânico tem bastante, incluindo sangue, mortes criativas, e violência.



Um trunfo de Pânico são os personagens, carismáticos e muito bem desenvolvidos, onde vamos conhecendo a personalidade de cada um, podendo criar um “perfil” do assassino. Os mais conhecidos são Sidney Prescott, a repórter Gale Weathers, e o policial Dewey Riley. Praticamente, todos do elenco eram desconhecidos, com exceção de Courtney Cox (que já fazia sucesso na série Friends), Neve Campbell (apesar de não ser tão conhecida, mas fez Jovens Bruxas no ano anterior), e Drew Barrymore (a garotinha de ET. O Extraterrestre, Quatro Mulheres e um Destino, e Batman Eternamente). Começando pela protagonista, Neve Campbell foi a escolha certíssima para interpretar Sidney Prescott, que originalmente seria de Drew Barrymore. Sidney é a “final girl”, a típica mocinha dos slashers, com traumas no passado e que é o alvo do assassino, carismática, e virgem, status muito usado em filmes do gênero, mas que usa esses clichês a favor dela, se tornando uma personagem que vai na direção contrária das do gênero.


Courtney Cox vive a ambiciosa repórter de tabloides, Gale Wheaters, que tem ares de coadjuvante, mas é muito importante para a trama, fato que mudaria nas continuações, tendo muito mais relevância. Sua personagem representa a mídia louca por noticia e informação sobre os crimes, mas tratada com muito humor. Apesar de ser extremamente arrogante e fria, Gale acabou sendo queridinha dos fãs, e está em todos os filmes da franquia. David Arquette é o policial “bobão” Dewey, irmão mais velho de Tatum (Rose McGowan), onde seu personagem também é uma crítica, fugindo do padrão mais sério dos policiais. Dewey tem uma paixão platônica por Gale, e os atores acabaram engatando um romance durante as filmagens da trilogia, que acabou se tornando um casamento. Porém, eles acabaram se separando anos depois.



Dos coadjuvantes, tem Randy (Jamie Kennedy), que adora filmes de terror e que trabalha em uma vídeo locadora, além de ser apaixonado por Sidney; Tatum (Rose McGowan), melhor amiga de Sid, que tem um “relacionamento” com Stu (Mathew Lillard), um rapaz bem doido, e o seu melhor amigo, Billy (Skeet Ulrich), um dos suspeitos de ser o ghostface. Neve Campbell e Skeet Ulrich atuaram juntos em Jovens Bruxas. Há também uma breve aparição de Cotton Weary, interpretado por Liev Schreiber, o suposto assassino da mãe de Sidney, que está preso aguardando julgamento, e que terá mais relevância em Pânico 2 e 3.


É interessante como Wes Craven, e o roteirista Kevin Williamson, conseguem despistar o espectador sobre quem seria o assassino, conseguindo fazer uma excelente reviravolta em um final sanguinário e apavorante. O sucesso de Pânico não foi por acaso, e acabou se tornando muito mais do que um filme: é um respiro para os batidos filmes do gênero, fazendo referências aos clássicos do terror/slashers com muito humor ácido e muitas metalinguagens. Com personagens cativantes, um enredo que prende a nossa atenção, e muito suspense, Pânico é um clássico do gênero, sem apelações de nudez e sexo, e que foi referência a vários filmes que vieram depois.



CURIOSIDADES E REFERÊNCIAS:


- Woodsbooro, a pequena cidade de Pânico, é parecida com a Haddonfield de Halloween;


- Na primeira cena, Casey (Barrymnore) diz que o primeiro A Hora do Pesadelo é melhor, e que as sequências são ruins. Na mesma cena, o assassino faz perguntas sobre Sexta Feira 13 e Halloween.


- Na mesma cena, o filme faz referência a Quando Um Estranho Chama, onde uma babá recebe ligações de alguém, e acaba descobrindo que o assassino está dentro de casa.


- Há referências também aos filmes de John Carpenter, que dirigiu o primeiro Halloween, além de Carrie – A Estranha (na cena final de Pânico, o assassino diz que o sangue que usaram era falso, igual ao da icônica cena que jogam sangue de porco em Carrie.


- Linda Blair e o diretor da franquia Pânico, Wes Craven, têm participações especiais: Blair (a garotinha possuída de O Exorcista) é uma das repórteres, e Craven é o faxineiro fantasiado de Freddy Krueger. Ele também dirigiu o sétimo filme da franquia A Hora do Pesadelo.


- A máscara do assassino é uma referência ao quadro O Grito, de Edvard Munch.












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PÂNICO 2 (SCREAM 2)


Ano: 1997

Direção: Wes Craven

Distribuidora: Dimension Films

Duração: 127 min

Elenco: Neve Campbell, David Arquette, Courtney Cox, Jerry O' Connell, Tymothy Oliphant, Elise Neal, Liev Schreiber e Jamie Kenedy



NOTA: 9,5


Disponível na


A trama de Pânico 2 se passa dois anos após os assassinatos em Woodsbooro, onde agora, Sidney Prescott (Neve Campbel) estuda cinema e teatro em um campus universitário. Tudo parecia estar bem, até o lançamento do filme baseado nos eventos da sua cidade natal e o assassinato de um casal na sala de cinema. Novamente, Sidney acaba enfrentando o assassino mascarado.


O primeiro Pânico foi um sucesso de crítica e de bilheteria, rendendo uma continuação que, na verdade, já estava nos planos do roteirista Kevin Williamson. Transferindo a ação de uma pacata cidade para um campus universitário, Pânico 2 é, assim como as sequências, grandioso, se tornando tão bom quanto o original, ainda que não tenha tido o mesmo “hype” de antes, mantendo a metalinguagem, mas elevando a um outro nível mais interessante. As referências aos filmes de terror slasher continuam, agora, em formas de debates nas aulas, além de várias menções durante a produção referentes as continuações (inferiores do que o original), mas com uma grande diferença: temos um “filme dentro do filme”. Gale Weathers (Courtney Cox), que sobreviveu e foi a grande salvadora do primeiro Pânico, escreveu um livro, inocentando Cotton Weary, e que acabou tendo uma adaptação cinematográfica, chamada “Stab (A Punhalada)”, fato que será mais explorado em Pânico 3. Isso é mostrado logo no início, na cena do primeiro assassinato que acontece na sala de cinema, fazendo uma crítica a forma como os jovens veem os filmes de terror.


Stab mostra alguns momentos do original, mas com outros atores. Nomes famosos na época, como Heather Graham, que interpretava Casey Becker, Luke Wilson era o Billy, namorado de Sidney, além da menção de David Swchimmer como o policial Dewey, que era colega de Courtney Cox na série Friends. Mas o mais curioso é Tori Speeling interpretando Sidney, já que em Pânico 1, a personagem de Neve Campbel comenta com Tatum que, se sua vida virasse um filme, queria que Speeling a interpretasse.



Como Randy (Jamie Kenedy) diz, Pânico 2 tem mais sangue, mais violência, e mais mortes do que o primeiro, a trama é maior, e tem mais perseguições, além de serem melhores do que antes (não que as do original sejam ruins), e situações imprevisíveis podem acontecer. Nisso, está incluindo a morte de um personagem querido pelo público que, na opinião de todo mundo que assistiu, foi o maior erro da franquia. Talvez no quesito sangue, o primeiro Pânico tem mais, já que, só a cena final, já corresponde mais da metade dessa continuação. O suspense também é maior e o ambiente do campus universitário é mais aproveitado do que a cidade de Woodsbooro, permitindo mais cenas e mais possibilidades de mortes.


Neve Campbell, David Arquette, Courtney Cox e Jamie Kenedy, retornam aos seus papeis, assim como o xerife Hartley (Lewis Arquette), pai de David, que acabou falecendo em 2001. Sidney Prescott está mais madura e confiante, mas tem seus momentos de fraqueza, e a vemos deixando um pouco o papel de vítima. Em Pânico 2, a atriz parece estar mais conectada com sua personagem, se mostrando uma “final girl” mais forte. Também vemos uma evolução do policial Dewey (David Arquette), deixando o seu jeito bobalhão de lado, fazendo um personagem mais crítico, mas sempre com o mesmo carisma que o marcou na franquia. Ele ainda continua apaixonado por Gale (Courtney Cox), e aqui, vemos um novo passo no relacionamento dos dois. Gale está mais ambiciosa ainda graças ao sucesso de seu livro, e o filme Stab, baseado em seu livro, além de ter conseguido inocentar Cotton Weary, fazendo de tudo para conseguir o grande furo dos crimes. Dewey e Gale ganham mais destaque do que no primeiro filme, assim como outros personagens. Randy (Jamie Kenedy), o eterno apaixonado por Sidney, ainda continua apaixonado por ela, e agora, são colegas do mesmo curso da faculdade. E assim como no primeiro Pânico, que criou as regras para sobreviver em um filme de terror, aqui, ele ensina como funcionam as sequências: as mortes são maiores e mais violentas, tem mais sangue, o assassino não segue as regras (pode ser uma mulher), e os sobreviventes também são os alvos do ghostface.



A lista de coadjuvantes pode indicar os principais suspeitos de ser o assassino mascarado, e a maioria está dentro do núcleo das amizades de Sidney. Temos o novo namorado dela, Derek (Jerry O’Connell) um estudante de medicina, e que é apaixonado pela nossa final girl, Hallie (Elise Neal), a sua melhor amiga (reprisando o papel de Tatum), que sonha em ser uma integrante da irmandade “Omega Lambda Zeta”, e o estudante de cinema Mickey (Timothy Olyphant), sempre com uma câmera em mãos. Ainda tem Liev Schreiber, que interpreta Cotton Weary, acusado de matar a mãe de Sidney n o primeiro filme, mas acabou sendo inocentado, e que agora quer limpar a sua imagem. Ele tem mais destaque em Pânico 2, além de ser um forte suspeito de ser o assassino. Nas participações especiais, destaco Sarah Michelle Gellar, que estava em alta na época com o filme Eu Sei o que Vocês Fizeram No Verão Passado, e na série Buffy – A Caça Vampiros, interpretando Cici, uma das irmãs da Omega Beta Zeta, e a segunda personagem a ser assassinada pelo Ghostface.


Em uma cena, os estudantes estão debatendo se uma continuação é melhor do que o original, citando filmes como Aliens, O Exterminador do Futuro 2, e O Poderoso Chefão – Parte 2. A sequência de Pânico é tão boa quanto original, mas ainda prefiro o primeiro, que tem uma abordagem mais clássica. Mas Pânico 2 entra na lista de sequências que funcionaram, trazendo um eletrizante suspense com mais elementos de slasher, uma trama mais elaborada, mais perseguição com o Ghostface, e personagens ainda mais divertidos. A clássica revelação dos assassinos pode surpreender o espectador, em uma cena que remete ao primeiro filme da franquia Sexta-Feira 13. Embalado por uma trilha sonora ainda melhor que o original, Pânico 2 é o “precioso” da franquia.


Nos vemos logo mais, na segunda parte do especial Pânico, com o terceiro e quarto filme da franquia.


CURIOSIDADES:


- O primeiro roteiro de Pânico 2 acabou vazando na internet, revelando quem seriam os assassinos. Com isso, Wes Craven e Kevin Williamson, tiveram que alterar todo o ato final, mudando a identidade dos assassinos.


- Ryan Phillippe e Freddie Prinze Jr. foram as primeiras opções para interpretar Derek, já que ambos estrelaram Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, que também tinha roteiro de Kevin Williamson.


- Alicia Silverstone foi escalada para interpretar Cici.


- Jennifer Aniston e David Schwimmer foram mencionados em Pânico 2, que foi uma homenagem aos amigos, e colegas, de Courtney Cox, na série Friends.


- Matthew Lillard, que interpretou o assassino Stu, no primeiro Pânico, aparece na festa organizada pelas irmãs da Omega Lambda Zeta, claro que sem nenhuma ligação com o seu personagem, já que ele acabou morto.













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