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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | VOO 7500


Filmes que se passam em um avião são principalmente filmes de ação ou suspense, e é a primeira vez que um filme de terror sobrenatural que se passa em um. Voo 7500 é um daqueles filmes que se você não entender a história proposta, vai achar ruim; e para ajudar, ou não, o grande mistério do filme é meio complicado de entender. O primeiro trailer do suspense sobrenatural 7500, do diretor Takashi Shimizu, o mesmo de O Grito, saiu ainda em 2012, para um lançamento no mesmo ano. Foi adiado para 2013 duas vezes, e teve lançamento limitado em 2014; e somente agora que estreou por aqui. No elenco estão Amy Smart, Ryan Kwanten, Jamie Chunng, Leslie Libb e Nicki Whelan.


A história se passa em um avião que partiu de Los Angeles para Tóquio, o voo 7500, onde alguns passageiros começam a morrer. Um grupo começa a investigar o que está acontecendo, e descobrem que uma força sobrenatural é a causa da morte das pessoas a bordo do voo.


7500 Tem bastante suspense e mistério, que dura o filme todo, fazendo com que o espectador fique atento no que acontece. Como em toda a história que se passa em avião, logo no início do filme somos apresentados aos passageiros do voo: os amigos Jen e Jack (o casal feliz), e Brad e Pia (o casal que está se separando); outro casal em lua de mel, Nick e Liz (cheia de manias e incrivelmente chata), a menina gótica Jacinta, as aeromoças Laura e Suzi, o "ladrão" Jake, o piloto Pete, e um misterioso cara com uma caixa, o Lance. O drama dos personagens é mal explorado, e serve mesmo só para dar uma emoção quando chegar o final do filme, além da história apresentar alguns furos e ser bem previsível em alguns momentos. Os sustos também são bem fáceis, e se limitam a fumaças e mãos saindo de vários lugares. Mas em contrapartida, e reforço, o suspense está sempre presente.



A produção tem um grande mistério a ser revelado: como e porque os passageiros começam a morrer. Tem uma explicação sobrenatural para isso, fato bem interessante que o roteiro mostra, que envolve uma lenda urbana japonesa, ou seja, espíritos. E por falar nisso, não fique tão empolgado com a força sobrenatural por trás da história, que poderá ser decepcionante. Todo esse mistério envolve também um dos passageiros, e logo nos primeiros dez minutos do filme, já sabemos quem é. Com o número de passageiros diminuindo, a tensão aumenta e queremos logo saber qual o mistério dessa emblemática história, e então chega a grande revelação do filme, que é bem mórbida e arrepiante. O final não é nada surpreendente porque já foi mostrado em vários filmes, mas foi uma surpresa e ninguém esperava por isso. É realmente bem interessante se você entendeu a proposta do filme.


Com bastante suspense, tensão, mistério, e sustos bem previsíveis, 7500 não é um filme ruim, abordando um tema bem interessante, e o resultado final é satisfatório; além de ser bem curtinho, com apenas 1h20 de duração. Não veja o filme com tanta empolgação, e preste bem atenção na história e nos acontecimentos, para poder entender o que acontece no final do filme.






VOO 7500 (FLIGHT 7500)


Ano: 2015

Direção: Takashi Shimizu

Elenco: Amy Smart, Ryan Kwanten, Jamie Chunng, Leslie Libb e Nicki Whelan



NOTA: 7,0














Agora, vou explicar o final do filme para quem não entendeu. Atenção com os SPOILER, então só leia se você viu o filme.


ATENÇÃO SPOILER



O grande segredo do filme, é que todos os passageiros estão mortos. Lembra do momento em que acontece a despressurização dentro do avião, quando as máscaras de ar caem? É nesse momento que os passageiros morrem, sem eles saberem, e muito menos o espectador. Tudo o que acontece no filme depois desse momento, é uma espécie de purgatório, onde todos estão se purificando e se preparando para ir para o plano espiritual, além de aceitarem o fato de terem morrido repentinamente.


Lembra que a história apresenta uma lenda urbana japonesa? Um dos personagens carrega uma caixa misteriosa, que depois é mostrado que tem uma boneca dentro. Essa boneca se chama Shinighami, que na lenda japonesa é um espírito que recolhe as almas das pessoas que morreram, para o mundo espiritual, mas somente se esses deixarem para trás todos os motivos que os fazem ficar no mundo material. Esse espirito é o que "mata" as pessoas no filme, que na verdade, não faz isso, e sim, busca elas para levar para o mundo espiritual.


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