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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | VELOZES E FURIOSOS 7

Atualizado: 7 de out. de 2021


Lançado lá em 2001, Velozes e Furiosos chamou a atenção pelas espetaculares cenas de ação, e claro, o elemento humano do longa: os personagens são uma grande família. Um dos acertos do filme foi o foco que a história teve nos personagens, fazendo o espectador se identificar com eles, criando um sentimento e um vínculo familiar enorme. E isso se manteve em todos os sete filmes, algo que praticamente não existe nos filmes de ação, que apresentam uma história pobre e focando mais na ação. A partir do quinto filme, a série tomou um novo rumo, se reinventando e mostrando, a cada lançamento, que tem folego e muita história para contar. Mais de uma década depois, a série chega no seu sétimo filme, com um triste desfecho na vida real, mas que na ficção, está longe de terminar. Velozes e Furiosos 7 é de longe o melhor filme da franquia, e não só porque é uma homenagem a Paul Walker, que morreu em um acidente de carro no final de 2013.


Os pecados cometidos em Londres voltam para assombrar Toretto (Vin Diesel) seus amigos Brian (Paul Walker), Letty (Michele Rodriguez), Mia (Jordana Brewstter), Roman (Tyrese Gibson) e Tej (Ludacris). Depois de acabarem com os planos de Owen, em Velozes e Furiosos 6, o irmão mais velho dele, Deckard (Jason Stathan), vai atrás de vingança, e promete matar todos da equipe de Toretto. Com essa ameaça inevitável, eles acabam recebendo a ajuda de um agente, o sr. Ninguém (Kurt Russel), para acabarem de vez com Deckard.


A cronologia da série é bem interessante, e nesse sétimo filme não é diferente: o enredo começa pouco antes do fim de Velozes e Furiosos 6, passa pelo enredo de Desafio em Tóquio, e segue em frente em uma nova história. Desde o quinto filme, mas principalmente o sexto, a série deixou de lado as corridas de carros para se tornar um filme de ação e muita luta, e isso não prejudicou em nada, pelo contrário. Velozes e Furiosos 7 é um filme de homenagens, e não só a Paul Waker, e sim também porque lembra os primeiros filmes da série: há uma corrida de carros no início, sequências em Tóquio, do terceiro filme, e o desfecho acontece nas ruas de Los Angeles, cenário do primeiro filme, com direito até a antiga casa de Toretto. Nostalgia pura. Velozes 7 tem cenas de ação e sequências absurdas e exageradas, assim como os outros da série, e o filme sabe muito bem disso. Carros caindo de penhascos, carros saltando de aviões, carros atravessando prédios, com direito a muita pancadaria onde os personagens saírem quase ilesos, e muita explosão; um prato cheio para quem gosta de ação. São cenas empolgantes, tensas e muito bem produzidas, garantindo a diversão.



No meio de toda essa ação absurda, há espaço para o drama, o romance, e o roteiro explora muito bem isso de cada personagem. Toretto e Letty lutam para que ela recorde a memória, resultando numa linda cena final do casal, e Mia acha que Brian se sente entediado com a vida nova de casado. O humor também está presente nas piadas de Roman e Tej, os personagens cômicos, tirando várias risadas da plateia. E a introdução de personagens novos é um ponto forte para tornar a trama mais densa: Jason Stathan como o novo vilão (que misteriosamente aparece em todas as cenas de ação, atrapalhando a equipe de Toretto. Tem ainda Kurt Russel, como um agente que ajuda a turma de Toretto com suas piadas de cerveja, e Nathalie Emannuel, a Hacker da história. Jordana Brewster (Mia) é deixada de lado na história, mas tem papel importante na construção do final de Paul Walker, e até The Rock, que aparece quebrando tudo com o personagem de Stathan no início, e ressurge como o salvador da história. Todos os personagens tem uma ótima sintonia em cena, levando o filme a um nível superior aos outros filmes de ação.


Mas acredito que o grande chamativo do filme é a homenagem que o filme dedica para Paul Walker, que morreu em um acidente de, em novembro de 2013. O ator faleceu antes do término das filmagens, fato que atrasou o cronograma do filme e quase que os produtores optaram por cancelar e recomeçar sem o personagem dele. Ainda bem que não cancelaram, e coube aos irmão de Paul Walker, o dublê e a ajuda da equipe de efeitos especiais de Peter Jackson para digitalizar o rosto do ator. A homenagem aparece nas últimas cenas do filme, e o desfecho do ator na série é mostrado de forma tocante e emocionante, quase impossível de não se emocionar e até chorar. Realmente uma linda homenagem para o ator. E a forma escolhida para o desfecho de Brian irá surpreender a todos.


Com uma história que prende a atenção desde o início, cenas de ação, lutas absurdamente loucas, e uma história que foca bastante nos personagens, Velozes e Furiosos 7 é o melhor filme da série, e disparado um dos melhores do ano até agora, exagerado e não tão nem aí para isso. A amizade dos personagens em todos os filmes é tão grande, que eles se consideram uma família, e isso é o mais legal na série, pois eles sempre estão juntos nas suas loucas missões. E essa amizade não se limitou só na ficção: os atores acabaram se tornando uma família também fora das telas. A perda de Paul Walker deixou todos de surpresa, e Velozes e Furiosos 7 é uma emocionante homenagem que essa família fez para um de seus irmãos, Paul Walker. O legado de Brian na série terminou com chave de ouro, e o ator e seu personagem ficarão na memória de todos. Destaque para a linda música que toca durante a homenagem, See You Again, de Wiz Khalifa feat. Charlie Puth, e presta atenção na letra também, é de arrepiar. A música está logo a baixo. E que venha os próximos filmes.




ENTENDA A CRONOLOGIA DOS FILMES DA SÉRIE


Atenção: SPOILERS


O terceiro filme da série, Velozes e Furiosos - Desafio em Tokyo (2006), não teve nenhum personagem dos filmes anteriores, pelo menos até a última cena. A história acompanha um jovem americano, Sean (Lucas Black) que vai morar no Japão com seu pai, e acaba entrando no mundo das corridas no país, e ele tem como instrutor um japonês chamado Ham (Sung Kang), o mesmo que aparece nos outros filmes da série. Durante o longa, o personagem de Ham morre em um acidente, e misteriosamente, ele aparece no Velozes e Furiosos 4. Mas como assim?


Na cena final do terceiro filme, Sam descobre que um cara quer apostar uma corrida com ele, e fica sabendo ainda que Ham era um velho amigo desse cara misterioso. Esse cara é o Toretto, personagem de Vin Diesel. Isso deixou os fãs confusos, e continuou assim até o sexto filme, quando tudo foi explicado: na cena pós créditos de Velozes e Furiosos 6, uma corrida está acontecendo em Tóquio, e um dos carros sofre um acidente: quem dirigia era o Ham. Logo, o personagem de Jason Stathan, que seria o vilão do Velozes e Furiosos 7, aparece e descobrimos que foi ele que provocou o acidente que acabou matando Ham, e ainda, faz uma ligação para Toretto, avisando que vai atrás dele. A história de Desafio em Tóquio, o terceiro filme da série, se passa entre o sexto e o sétimo filme.


Então, a ordem fica assim:


1 - Velozes e Furiosos (2001)

2 - + Velozes + Furiosos (2003)

3 - Velozes e Furiosos 4 (2009)

4 - Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011)

5 - Velozes e Furiosos 6 (2013)

6 - Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio (2006)

7 - Velozes e Furiosos 7 (2015)




VELOZES E FURIOSOS 7 (FURIOUS 7)


Ano: 2015

Direção: James Wan

Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Michelle Rodriguez, Jordana Brewstter, Tyrese Gibson, Ludacris, Jason Stathan e Kurt Russel


NOTA: 9,0








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