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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO

Atualizado: 27 de fev. de 2023



11 Indicações ao Oscar: Melhor Filme, Diretor (Daniel Kwan e Daniel Scheinert), Atriz (Michelle Yeoh), Atriz Coadjuvante (Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu), Ator Coadjuvante (Ke Huy Quan), Melhor Roteiro Original, Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição, e Melhor Canção Original.



Muitas expectativas giravam em torno da estreia de Doutor Estranho – No Multiverso da Loucura onde, de fato, o multiverso seria introduzido no Universo Cinematográfico da Marvel; tivemos uma experiência do que estava por vir em Homem Aranha – Sem Volta Para Casa. Porém, muita gente se decepcionou porque o filme não explorou tanto o caos desse tal multiverso (será que a gente não estava com muita expectativa?). Entramos então no filme em questão, Tudo Em Todo O Lugar Ao Mesmo Tempo, uma produção de fantasia e ficção-científica bastante elogiada no mundo inteiro, que aborda o mesmo tema que novo filme do dr. Estranho: multiversos. Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, Everything Everywhere All At Once, no original, é divertido, surreal, emocionante, e reflexivo, e tem sequências de lutas insanas e absurdas, em um filme que está sendo considerado um dos melhores desse ano. Estão no elenco Michelle Yeoh, Stephanie Hsu. Jamie Lee Curtis, Ke Huy Quan e James Hong.


Na trama, Evelym (Michelle Yeoh) é dona de uma lavanderia que está passando por problemas com a receita federal, e na sua vida pessoal, mas mesmo assim, ela vive a sua vida tranquilamente, apesar de tudo. Ela, então, recebe a misteriosa visita de uma versão alternativa do seu marido, Waymond (Ke Huy Quan), dizendo que ocorreu uma falha nos multiversos, e ela é a única capaz de resolver essa confusão toda.


Tudo Em Todo O Lugar Ao Mesmo Tempo é uma loucura total, um surto cinematográfico – no bom sentido -, como a gente jamais viu antes, e pode causar um certo estranhamento. Dividido em três capítulos – “Tudo”, “Em Todo O Lugar” e “Ao Mesmo Tempo”, a produção mostra a possibilidade de universos alternativos com outras versões nossas, de todas as formas que você possa imaginar, com cenas de luta absurdamente doidas, e no meio de tanta loucura, o roteiro faz uma bela reflexão sobre as coisas simples da vida, conflitos de gerações, e relações familiares. A trama principal envolve os problemas da relação entre Evelym, e sua filha, Joy (Stephanie Hsu), onde elas precisam se resolver entre elas mesmos, e com as suas outras versões de outros universos, e o interessante é que todos os personagens principais têm suas versões alternativas, uma mais bizarra que a outra. E é aí que entra a criatividade da produção: cada universo criado é imaginado de uma forma extremamente original, assim como as versões diferentes dos personagens. Tudo parece ser estranho, fantasioso, mas esse é o charme do filme dos “Daniel’s”.



Todos o elenco tem o seu momento de brilho, o marido de Evelym, Waymond (Ke Huy Quan), onde sua versão alternativa aparece no corpo da versão atual (??), Gong Gong (James Hong, que tem 93 anos de idade), o pai da personagem, mas são Michelle Yeoh e Stephanie Hsu que mais se destacam no longa. Interpretando mãe e filha, respectivamente, as duas atrizes entregam tudo nas suas atuações, extremamente carismáticas (Yeoh principalmente), elas nos fazem acreditar na história, no drama entre elas, e nos embarcar nessa insana jornada através dos multiversos. Vale destacar a veterana Jamie Lee Curtis, que interpreta Deidree, a divertidíssima, e desequilibrada, auditora fiscal, que tem um papel muito importante, e emocionante, entre os multiversos.


Tudo Em Todo O Lugar Ao Mesmo Tempo vai fazer você rir com os absurdos, os personagens cômicos, e ainda, emociona com o drama que envolve os personagens, a relação familiar, abordando as nossas escolhas, e que devemos aproveitar todos os momentos da vida antes que seja tarde. Não é um filme comum, é estranho e muito bizarro, não pela abordagem em si – os multiversos -, mas sim pela forma que os diretores decidiram criar todo o universo, personagens estranhos que explodem confetes, que tem mãos de salsichas, e que lutam artes marciais da forma mais cômica possível, tudo isso com figurinos extravagantes. Confesso que achei estranha essa temática mais espalhafatoso, mas isso é opinião minha, e não tira o mérito da produção, e dessas cenas insanas que realmente nos divertem. No mais, Everything Everywhere All At Once, é um dos filmes mais interessantes, e originais, do ano. Abra a mente, deixe se envolver pelos universos alternativos, e se divirta.




TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO (EVERYTHING EVERYWHERE ALL AT ONCE)


Ano: 2022

Direção: Daniel Kwan e Daniel Scheinert

Elenco: Michelle Yeoh, Stephanie Hsu. Jamie Lee Curtis, Ke Huy Quan e James Hong.



NOTA: 8,0

















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