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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | TOMB RAIDER: A ORIGEM

Atualizado: 7 de out. de 2021



Lara Croft, ícone dos jogos de videogames Tomb Raider, sempre foi considerada uma versão feminina de Indiana Jones, se tornando um enorme sucesso, fazendo os gamers babarem pela personagem. Eis que a personagem saiu dos games, e foi direto para o cinema, onde Angelina Jolie deu vida à personagem em dois filmes. Lara Croft - Tomb Raider e Tomb Raider – A Origem da Vida, que dividiu os fãs, mas consagrou a atriz como a escolha ideal para o papel. Mais de uma década depois, um reboot foi planejado, resultando no morno Tomb Raider – A Origem, estrelado pela atriz oscarizada Alicia Vikander, no papel da “caçadora de tumbas”. Baseado no jogo lançado em 2013, estão no elenco Dominic West, Walton Goggins e Daniel Wu.


Lara (Alicia Vikander) recusou a herança de seu pai e tem uma vida independente. Ela acaba descobrindo pistas sobre o paradeiro de seu pai, Richard (Dominic West), dado como morto a sete anos, e decide ir atrás das pistas para descobrir o que aconteceu com ele.


Como o próprio nome diz, o filme de Roar Uthaug conta a origem da personagem, antes dela herdar, oficialmente, a mansão Croft. Tomb Raider – A Origem compensa na aventura em busca de pistas sobre o seu pai, quando a personagem vai para uma ilha, onde grande parte da ação se passa. Mas o roteiro acaba se perdendo, não prende muita atenção do público, dá muitas voltas para chegar no mesmo lugar, (Lara foge e depois volta para o mesmo lugar). Trata-se de um filme mais sério, sem o espirito aventureiro típico da personagem, sem muitas cenas de ação, e tem efeitos em CGI razoáveis. Tomb Raider acerta na dinâmica da personagem em relação ao game, mantendo as poses clássicas, movimentação, além de ter desafios típicos dos jogos, em etapas, como se fosse realmente um videogame, só que nós não temos o controle.



Aqui, a sensualidade de Lara Croft, que tanto foi explorada em Angelina Jolie em seus dois filmes, é deixada de lado, deixando a personagem parecida como uma pessoa comum, fato que muitas vezes deixou a atriz sem a aparência da Lara dos jogos. A escolha por Alicia Vikander para viver a heroína foi certa, passando uma sensação de humildade, mais humana, e mais parecida com a gente. Também não há nada de tão surpreendente nas atuações dos outros personagens: Dominic West não parece ser o pai de Lara, Richard Croft, e Walton Goggis faz um vilão chato, burro e caricato. Danil Wu, que interpreta o chinês Lu Ren, poderia facilmente ser o par da personagem em suas aventuras, como Daniel Craig foi de Angelina Jolie no primeiro Tomb Raider, mas o roteiro não deixa, e acredito que poderia ter sido mais interessante.


Pelo menos, o ato final é interessante e entrega boas cenas de ação, algumas que lembram muito os filmes de Indiana Jones, em uma conclusão mais emotiva, e termina deixando um gancho para uma possível continuação. Poderiam explorar a mansão Croft, dessa vez. Com uma história de origem não tão interessante, Tomb Raider – A Origem é eficiente nas cenas de ação que lembram os jogos de videogames, além da fiel caracterização da personagem no cinema, mas peca em um roteiro pouco trabalhado e que não cria nenhuma empatia relevante com os personagens. O futuro de Lara Croft no cinema, de novo, é incerto.





TOMB RAIDER: A ORIGEM (TOMB RAIDER)


Ano: 2018

Direção: Roar Uthaug

Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins e Daniel Wu



NOTA: 7,0















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