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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | TERREMOTO: A FALHA DE SAN ANDREAS

Atualizado: 3 de nov. de 2021


O cinema catástrofe é um dos gêneros que mais tem entretenimento para o público, com destruições globais, incríveis efeitos especiais e, algumas vezes, muita emoção. Esse subgênero surgiu nos anos 70 com filmes como Aeroporto, O Destino de Poseidon e Terremoto, e hoje abrange outros tipos de catástrofes que incluem vulcão (Volcano - A Fúria e O Inferno de Dante), tornados (Twister e No Olho do Tornado), asteroides ou cometas (Armaggedon e Impacto Profundo), aquecimento global (O Dia Depois de Amanhã), profecias (2012 e Presságio), e até o núcleo da Terra alterado (O Núcleo - Missão ao Centro da Terra). Apesar de abordarem temas diferentes, as situações são basicamente as mesmas, e todos apresentam cenas impossíveis de acontecer, além de terem um roteiro que varia de meia boca a ruim, já que o foco principal é a destruição.


O mais recente dessa lista é Terremoto - A Falha de San Andreas, dirigido por Brad Peyton e estrelado por Dwayne Johnson, que mostra a famosa falha de San Andreas, situada entre Los Angeles e São Francisco, se partindo ao meio e destruindo toda a costa leste dos EUA. Divertido e empolgante, o que parecia ser mais uma bomba, acabou se tornando um surpreendente exemplar do gênero, cumprindo tudo o que o trailer promete. Também estão no elenco Carla Gugino, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt e Alexandra Daddario.


Um enorme terremoto acontece na falha de San Andreas, e toda a costa leste dos Estados Unidos sofrerá com grandes desastres causados pelo maior tremor da história. Enquanto um especialista em terremotos tenta avisar a população sobre o que está acontecendo, Ray ("Dwayne The Rock" Johnson), que é piloto de uma equipe de resgate aéreo em Los Angeles, tem que ir até São Francisco para resgatar sua filha, cidade onde mais sentirá os efeitos do terremoto.


San Andreas é repleto de clichês que precisam estar presentes para ser um filme catástrofe, e não preciso nem os citar aqui. Aliado a isso, está um roteiro bem superior aos outros filmes do gênero, mostrando um drama familiar muito bem planejado: o casal se divorciando, onde ambos estão arrependidos por algo que aconteceu no passado e se unem para salvarem sua filha. Nada disso é inovador, mas funciona no que o filme propõe. Uma das grandes surpresas é o astro dos filmes de ação Dwayne "The Rock" Johnson: mostrar o ator salvando a costa leste dos EUA foi um pouco forçado, algo como Bruce Willis salvando o mundo em Armageddon, mas o ator se saiu muito bem, principalmente nas cenas emotivas, e todo o seu drama de pai divorciado convence.



O núcleo dos personagens pode ser dividido em três partes, onde todos se saíram bem e tem papéis importantes na trama: um deles é o núcleo do The Rock salvando as pessoas para depois, salvar sua filha, junto com a ex-esposa, Emma (Carla Gugino). Outro, é o de sua filha Blake (Alexandra Daddario), que está em São Francisco, cidade que mais sentirá o terremoto. Ela está com o seu padrasto, rico e covarde, e acaba conhecendo dois irmãos britânicos Ben (Hugo Johnstone-Burt) e Ollie (Art Parkinson), que juntos se unem para se salvarem dos desastres causados pelo terremoto. Esse é o melhor núcleo do filme, e tem as cenas mais engraçadas. E o terceiro, é o de Lawrence (Paul Giammati), um incompreendido especialista em terremotos que, junto com seus colegas e uma repórter, está ali só para informar o público sobre o que está acontecendo, além de participar de uma cena de destruição (uma das melhores) e nunca se cruzar com o personagem de The Rock.


O maior chamativo de um filme catástrofe são os efeitos especiais, que sempre prometem muita destruição e cenas impressionantes. San Andreas cumpre o que promete e nos mostra cenas épicas, e algumas bem feitas; "algumas", porque tem cenas que se percebe que os efeitos ficaram muito artificiais, mas nada que estrague o resultado final. As cenas de destruição são ótimas e impressionam, mas as cenas de ação são forçadas demais (não que seja ruim, mas poderiam ser um pouco menos), e o visual do filme é sensacional, principalmente o das cidades destruídas. O que mais deixa a desejar é o seu terceiro ato, que acompanha o resultado de todas as catástrofes que aconteceram durante o filme, em uma longa cena para salvar os três jovens perdidos em São Francisco.


Terremoto - A Falha de San Andreas, funciona? Sim, funciona. Não é um filme épico que causa um grande impacto, como Armageddon, ou 2012, e parece ser mais um filme "trash" do gênero catástrofe, mas tem personagens carismáticos que funcionam, aliados a ótimos efeitos especiais, e impressionantes cenas de destruição, e só por isso já vale o ingresso. Tem alguns erros, como o total esquecimento da equipe de resgate do The Rock, e o excesso de dramalhão para encher a cota dramática do filme, além das cenas forçadas e alguns efeitos que parecem falsos demais, mas nada disso vai estragar o que o filme promete: diversão, entretenimento e cenas de destruição.





TERREMOTO: A FALHA DE SAN ANDREAS (SAN ANDREAS)


Ano: 2015

Direção: Brad Peyton

Elenco: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt e Alexandra Daddario



NOTA: 8,0



Disponível na NETFLIX.









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