top of page
Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | SUPER MARIO BROS. - O FILME



Super Mario World, e outros derivados do videogame Nintendo, é provavelmente o maior e mais conhecido jogo da história dos games. Mario, Luigi, a princesa Peach, o Toad, o vilão Brownser, o reino dos Cogumelos, as tartarugas, todos encantaram a geração dos anos 80 e 90, e seguem encantando outras gerações até hoje. Em 1993, uma desastrosa e esquecida adaptação estreava nos cinemas, se tornando um fiasco total e totalmente ignorado pelos fãs.


Mas trinta anos depois, parece que os fãs foram finalmente compensados: em parceria com a Ilumination (estúdio responsável por Meu Malvado Favorito e os Minions), e lançado pela Universal, a Nintendo lança Super Mario Bros. – O Filme, uma animação digna de ser lembrada por todos, ainda que a trama não seja lá grandes coisas, mas é um “fanservice” declarado e maravilhoso. Na trama, Mario e Luigi decidem abrir sozinhos uma empresa que conserta canos (nada original), e em um de seus trabalhos eles acabam entrando “pelo cano”, indo parar no reino dos Cogumelos. Mas os irmãos acabam se separando, e Luigi acaba entrando no reino do vilão Brownser enquanto Mario acaba encontrando a princesa Peach, e o seu reino. Juntos, eles precisam resgatar Luigi e impedir que Brownser destrua o reino dos Cogumelos. Chris Pratt, Anya Taylor-Joy, Charlie Day, Seth Rogen e Jack Black estão nas vozes originais.



Espera aí: ao invés do Mário resgatar a princesa, Peach, ele precisa resgatar o seu irmão? Mas no videogame não é assim... E daí? Super Mario Bros. – O Filme não tem uma trama mais elaborada, seus personagens não são aprofundados, tudo é básico e simples – a clássica jornada do herói se construindo -, mas isso tudo não importa em nada, e não atrapalha a nostalgia. Da mesma forma como o filme dos Minions, o que queremos assistir são as referências ao videogame que nos encantou na nossa infância. E nisso a animação acerta em cheio. Todo o universo dos jogos eletrônicos é perfeitamente representado: os personagens, os cenários, os blocos, os canos, os obstáculos – as plantas carnívoras, as bombas, as tartarugas -, tem referências e “eastereggs” espalhados por todos os cenários e a toda hora. Até a trilha sonora de todas as fases do videogame estão, algumas remixadas. E para tudo ficar ainda mais nostálgico, tem uma eletrizante corrida de kart – o game Super Mario Kart -, com cenários psicodélicos em cima de uma estrada de arco-íris. Quer mais “fanservice” que isso?


(Quase) todos os personagens dos games estão lá, e é perceptível a dedicação e a empolgação dos dubladores brasileiros ao dar vida a eles. Mario não acredita no seu próprio potencial, Luigi é medroso, e o fofo cogumelo Toad serve como o famoso alívio cômico. A princesa Peach é empolgada demais, o vilão Brownser é maldoso, mas tem um coração bom – tudo o que ele quer é casar com a princesa e ser feliz -, tem até Donkey Kong exibindo os seus peitorais para um público que o adora, e que acaba criando uma hilária rivalidade com Mario. À primeira vista, essas características podem parecer estranhas, e isso era necessário para dar vida aos personagens, mas tudo é muito legal e dinâmico para se importar com isso.



Entre as clássicas trilhas sonoras das fases dos videogames, tem espaço para outras canções “reais”, como Take On Me, do A-Ha, e “Holding Out for a Hero”, de Bonnie Tyler, por exemplo, simplesmente jogadas em determinadas cenas. Não faz muito sentindo, mas é um ponto a mais para a nostalgia, já que essas canções são dos anos 80. Super Mario Bros. – O Filme não é emocionante, não tem uma história muito elaborada, e a única mensagem que passa é de coragem e o amor dos irmãos Mario e Luigi, que não importa o que aconteça, eles estão sempre juntos. Só achei a trama um pouco apressada demais, e esse talvez seja o único erro do filme. Mas como falei no início da crítica, isso pouco importa, não faz muita diferença, e as várias referências aos videogames compensam o enredo fraco. São 90 minutos de pura nostalgia e diversão garantida, que é esse o propósito do filme: relembrar a época que a gente era adolescente e tinha tempo o suficiente para se encantar com esses incríveis jogos de videogame do console Super Nintendo. Fique atento para duas cenas pós-créditos, ou seja: você vai ter que ficar até o finalzinho para descobrir. E vocês sentiram a falta de um personagem dos videogames? Um que nasce em um ovo com pintas verdes?




SUPER MARIO BROS. - O FILME


Ano: 2023

Direção: Aaron Horvath e Michael Jelenic

Duração: 92 min

Distribuidora: Universal/ Ilumination

Elenco: Chris Pratt, Anya Taylor-Joy, Charlie Day, Seth Rogen e Jack Black



NOTA: 9,0


























21 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page