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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | SORRIA



O ano de 2022 tem se destacado muito no gênero do terror, com várias produções interessantes e diferentes, tanto comerciais quanto as mais alternativas; obviamente, o segundo estilo ganha mais fãs e são melhores, com raras exceções. Então temos esse Sorria, uma produção de terror mais comercial que tem feito bastante sucesso nos cinemas, abordando temas sobre questões mentais e entidades malignas, fazendo o público questionar se a personagem está falando a verdade, ou está louca. Dirigido por Parker Finn, que faz sua estreia nos cinemas, a trama mostra uma maldição que passa de pessoa a pessoa através de suicídios, fazendo com que quem presenciou o suicídio, comece a ver coisas estranhas e ser perseguida por algo sobrenatural. A vítima da vez é Rose, interpretada pela atriz Sosie Bacon, de 13 Reasons Why, e que é filha do ator Kevin Bacon. Agora, ela precisa tentar entender o que está acontecendo, ao mesmo tempo que ela passa por situações que a fazem parecer que está louca. Kylie Gallner, Jessie T. Usher e Gillian Zinser também estão no elenco.


Sorria tenta fugir do convencional para ser algo diferente, mas acaba não sendo tanto assim. O diretor parece se basear em tramas de outras produções do terror, como a investigação que Rachel faz para se livrar de Samara Morgan, em O Chamado, ou a maldição que é passada adiante em Corrente do Mal, além de se inspirar no terror japonês, com maldições e espíritos malignos. Além disso, o enredo é cheio de clichês básicos dos filmes de terror, como o passado traumático da personagem, a investigação do mistério que cerca a trama, o fato de ninguém acreditar na protagonista, além dos sustos fáceis típicos de produções desse tipo. Essa fórmula é muito repetitiva, e a gente quer assistir algo novo, se impressionar com algo inesperado.



Mas nem tudo está perdido. Sorria consegue envolver o espectador, e o mistério que movimenta a trama é interessante, além de abordar questões sobre traumas e problemas mentais, da protagonista Rose. Será que ela está cansada mentalmente pelo stress do dia a dia? Ou será que realmente existe uma presença maligna por trás de tudo? A produção questiona isso em muitos momentos da trama, e parte do mérito é a atuação de Sosie Bacon, que interpreta Rose. A atriz, que é filha do ator Kevin Bacon, está ótima na sua personagem, convencendo o público de todo o trauma e a loucura de estar envolvida nesse mistério aterrorizante. O diretor Parker Finn também é eficiente em fazer com que o espectador entre nessa confusão de Rose, mostrando a partir da perspectiva dela, e fazendo com que a gente se envolva ainda mais com a trama. Além disso, Finn também consegue criar bons sustos fáceis, apesar de ser um clichê básico do terror: sabemos quando vai acontecer, e mesmo assim, ele nos pega desprevenidos.


O ato final é o auge de Sorria, que impressiona o público com a aparição da entidade maligna, bebendo muito da fonte de produções de terror japonesas, além de ter uma boa reviravolta, mas nada de diferente do que já vimos. No fim, Sorria é bem interessante, e está acima da média das produções mais comerciais, apesar dos clichês típicos de produções do gênero. A trama é envolvente, o mistério prende a sua atenção, é tenso e dá um pouco de medo, nos sentimos presos na maldição junto com a personagem, tem o tom investigativo, além de abordar questões mentais e fazer com que ninguém acredite na protagonista, que dá bastante raiva disso, pelo menos para mim. Será que Rose consegue se livrar dessa maldição? Independente de sim ou não, o final deixa em aberto para uma continuação que, até agora, não tem nada planejado. E para ser bem sincero, não precisaria de mais um filme.




SORRIA (SMILE)


Ano: 2022

Direção: Parker Finn

Elenco: Sosie Bacon, Kylie Gallner, Jessie T. Usher e Gillian Zinser



NOTA: 8,0



Disponível na AMAZON PRIME VIDEO


















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