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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | SOBRENATURAL: A ORIGEM


Hollywood tem uma mania de fazer continuações achando que fará o mesmo sucesso do original, mas são muitos poucos filmes que conseguem esse feito. Às vezes, algumas continuações costumam contar a origem dos primeiros filmes lançados, outra desculpa para fazer continuações, prelúdios nesse caso. Lançado em 2011, Sobrenatural surpreendeu o público e a crítica ao mostrar uma história interessante com muitos sustos e cenas impressionantes que, agora, chega ao terceiro capítulo, Sobrenatural - A Origem, mostrando uma trama completamente diferente, e que contará a história da médium Elise antes de ajudar a família Lambert, pela segunda vez. Dessa vez, a direção fica a cargo de Leigh Wannel, que produziu e atuou nos filmes, e no elenco estão Lyn Shyne, Dermot Mulroney, Stefani Scott e Leigh Wannel.


Quinn (Stefani Scott) perdeu sua mãe e agora vive com seu pai, Sean (Dermot Mulroney) e seu irmão, e que sonha em ser atriz. Após sofrer um grave acidente e ter ficado temporariamente de cama, Quinn começa a sentir uma presença em seu quarto, e procura ajuda da médium Elise (Lyn Shyne), para tentar descobrir quem é esse espírito e destruí-lo antes que ele possa matá-la.


Com uma história de possessão demoníaca como plano de fundo, o prelúdio de Sobrenatural deixa o espectador cansado devido ao seu desinteressante roteiro ao mostrar uma nova família sendo assombrada por entidades do mal. Mesmo sem a família Lambert, personagens importantes dos outros dois filmes fazem presença em A Origem: Specs (Leigh Wannel) e Tucker (Angus Sampson), os ajudantes da médium Elise (Lyn Shyne), e uma participação de Carl (Steve Coulter), o médium que aparece no segundo filme. Aliás, é sobre Elise, Specs e Tucker que o filme leva o subtítulo a origem (no Brasil, porque nos EUA é Capítulo 3), mostrando como esse trio começou a trabalhar juntos. Ainda tem algumas referências à família Lambert através de fotos, que apesar de ser pouca coisa, é a partir daí que a história fica mais interessante, até porque, o público queria saber qual a relação desse prelúdio com os outros filmes.



A dupla James Wan e Leigh Wannel conseguiram assustar muita gente com as cenas em que as entidades aparecem, e o crédito maior era a direção de Wan, que comandou os dois primeiros filmes. Mas agora, coube a Wannel dirigir esse terceiro capítulo. Não existe nada de novo em relação ao mundo espiritual do que já vimos, mas ele soube manter os elementos que deixaram a série famosa e os introduziu em um novo ambiente, um condomínio. No primeiro filme, o responsável pelas assombrações era um demônio com rosto vermelho; no capítulo dois, conhecemos a história da velha de vestido preto que assustava o personagem de Patrick Wilson na infância; e agora, um novo espírito do mal é mostrado, não tão assustador e com mais efeitos especiais. As cenas em que ele aparece não chegam a impressionar tanto como nos primeiros filmes, mas rendem vários sustos. Outro elemento que deixa o filme mais tenso, é a direção de arte, mostrando uma casa (um condomínio) mais "velha", fato que ajuda bastante na cena em que a personagem de Elise entra no mundo espiritual. E se você achou que estaria livre da mulher de vestido preto, se enganou: ela aparece novamente, e nós sabemos o que acontecerá no futuro, já que está envolvida com Elise; aliás, é mais uma das referências interessantes que o filme mostra.


É estranho não ter família Lambert nesse filme, talvez porque acompanhamos sua história de assombração duas vezes, ou pelo carisma que tinham, que aliás, carisma é o que falta nessa nova família, mas pelo menos, temos o trio de paranormais para nos familiarizar com os filmes da série. Sobrenatural - A Origem está longe de ser o melhor capítulo dessa trilogia, mas acerta ao focar em uma nova história, a da médium Elise, e mostrar um novo espírito, bastante assustador e interessante, "o homem que respira". E apesar de o roteiro ir direto ao que interessa, sustos e cenas fantasmagóricas, se torna cansativo em vários momentos. Mas o que mais importa são os sustos, as entidades, e o mundo espiritual, que nunca nos decepcionaram. Quem é fã, ou gosta de uma ótima história de fantasmas, sentirá falta de um novo filme.





SOBRENATURAL: A ORIGEM (INSIDIOUS: CHAPTER 3)


Ano: 2015

Direção: Leigh Whannell

Elenco: Lyn Shyne, Dermot Mulroney, Stefani Scott e Leigh Wannell



NOTA: 7,5














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