CRÍTICA | SALT

Atualizado: 23 de nov. de 2021

Ao longo dos anos, os filmes de ação foram dominados pelos homens, onde muitos se consagraram com o seu personagem: Bruce Willis em Duro de Matar, Tom Cruise em Missão Impossível, Stallone em Rambo, e por aí vai. Com o passar dos anos, as coisas foram mudando, e cada vez mais as mulheres estão ganhando mais destaque no gênero, Tomb Raider, As Panteras, e agora, Salt, filme de espionagem dirigido por Phillip Noyce, seguindo o mesmo estilo de A Identidade Bourne, mas estrelado pela maravilhosa Angelina Jolie. Com uma trama bem interessante envolvendo espionagem e traições, Salt ainda tem no elenco Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor, Daniel Olbrychski, August Diehl e Andre Brauguer.

Angelina Jolie interpreta Evelyn Salt, uma agente da CIA que é acusada por um desertor russo de fazer parte de um ataque terrorista nos EUA para matar o presidente da Rússia. Sabendo das consequências, e para tentar provar sua inocência, Salt se torna fugitiva, e precisará usar suas habilidades para provar sua inocência.

Dinâmico e ágil, Salt não demora para apresentar o seu conflito, dando inicio as sequencias de ação quase que interruptas, com bastante perseguição em um ritmo frenético que prende a nossa atenção. Apesar de usar os russos como vilões, algo comum em Hollywood, e ter alguns clichês básicos do gênero, a trama é envolvente, há um mistério sobre a origem da personagem de Jolie onde, de fato, podemos estar torcendo pela vilã. Além disso, a história tem algumas reviravoltas, pouco sabemos do que pode acontecer, e das reais intenções da protagonista.

Angelina Jolie está bem à vontade na personagem, realizando a maioria das cenas de ação, mostrando todas as suas habilidades de uma agente da CIA, além ser bem eficiente em mostrar a duabilidade da personagem. Evelyn quer provar a sua inocência, mas suas atitudes dizem o contrário, e toda essa tensão é graças a competente atuação da atriz. Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor, que interpretam os colegas de Salt, decididos a prender a protagonista, e contribuem para que o espectador fique atento nos dois lados da moeda.

A grande questão do filme de Phillip Noyce é “quem é Salt?”. A personagem está falando a verdade em querer provar sua inocência e impedir o ataque terrorista? Seria Evelyn uma espiã russa disfarçada? O fato é que o roteiro nos deixa em dúvida até momentos antes da revelação que, surpreendentemente, não acontece no final, onde muita coisa ainda pode acontecer. Salt funciona, principalmente, graças ao carisma e charme de Angelina Jolie, que se sai muito bem nas intensas e empolgantes sequências de ação, em uma trama bem elaborada e desenvolvida. A diversão é garantida.

Postado originalmente em 2010. Editado em 2020.