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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | ROUBANDO VIDAS

Atualizado: 19 de abr.



Um dos subgêneros que mais chama a atenção do público em geral, é o dos serial killers (assassinos em série), e é triste que temos muito poucos exemplares nos dias de hoje. Pânico, Halloween, Sexta Feira 13, por exemplo, continuam em alta, mas são diferentes dos suspenses policiais, como O Silêncio dos Inocentes, Seven – Os Sete Pecados Capitais, O Colecionador de Ossos, Zodíaco, entre outros, que também são de serial killers, mas tem uma abordagem mais séria. Lançado em 2004, Roubando Vidas estreava nos cinemas trazendo uma interessante trama sobre um assassino que roubava as identidades de suas vítimas, e passava a viver suas vidas. Dirigido por D.J. Caruso, famoso por dirigir séries para TV, como Smallville, onde fez sua estreia no cinema com A Sombra de um Homem, e que depois faria Controle Absoluto e Paranoia, a produção é baseada em um livro homônimo de Michael Pye, e tem no elenco, Angelina Jolie, Ethan Hawke, Kiefer Sutherland, Olivier Martinez, Gena Rowlands, Jean-Hugues Anglade e Paul Dano.


Na trama, a agente especial Ileana Scott (Angelina Jolie), é chamada para resolver o mistério de um serial killer na cidade de Quebec, no Canadá, caso que é comandado pelos investigadores Emil Duval (Jean-Hugues Anglade) e Pascal (Olivier Martinez). Uma testemunha, James Costa (Ethan Hawke), os ajudam a desvendar esse mistério, descobrindo que o assassino tem cometidos crimes há mais de vinte anos, matando a vítima, e assumindo a sua identidade.


Com uma edição ágil, e uma fotografia melancólica, D. J. Caruso nos entrega um ótimo filme do gênero, com uma trama envolvente e cheia de mistérios, perseguições, sustos, revelações, e reviravoltas interessantes a medida que a história vai se desenvolvendo. E claro, tem os clichês típicos do gênero. A forma como o roteiro de Roubando Vidas desenvolve a investigação é interessante, atiçando a curiosidade do público para desvendar um mistério que dura a mais de duas décadas, trazendo alguns suspeitos, mas nada é o que parece ser, e você tem que prestar bem atenção nos detalhes, assim como faz a personagem de Jolie.



Falando nela, Angelina Jolie conduz muito bem a sua personagem, Ileana, perita em criar perfis dos assassinos, e que é muito comprometida com seu trabalho. Há um lado sombrio da personagem, graças a sua fixação por fotos dos crimes que investiga, onde o diretor opta por mostrar a beleza da atriz, com seus lindos olhos arregalados e os lábios carnudos invejados por muitos. Ileana acaba despertando interesse pela testemunha do crime, James Costa, interpretado por Ethan Hawke, caricato, ansioso, e exagerado, e muitas vezes parece bastante suspeito; e era óbvio que eles iam ter algum tipo de relacionamento mais íntimo. Tem ainda no elenco Olivier Martinez, que é um dos investigadores, Paquette, um policial extremamente chato e irritante, que poderia facilmente ser excluído da trama, Kieffer Sutherland é o misterioso Hart, o principal suspeito de ser o assassino, e Paul Dano, em uma participação especial no início da trama.


Descobrir a identidade do assassino pode parecer fácil, principalmente para quem já conhece os filmes do gênero, mas a produção é eficiente na sua revelação, com uma reviravolta interessante, e um desfecho tenso que pode impressionar muita gente, e por mais bobo que pareça ser, é uma conclusão inteligente. Embalado por uma ótima trilha sonora, incluindo Bad, do U2 e Should I Stay Or Should I Go, do Clash, Roubando Vidas é um ótimo filme de serial killers muito bem conduzido, com mistérios, segredos, e reviravoltas ao longo da trama, sem muito sangue e violência, que são típicos dos filmes do subgênero. Peca por usar clichês básicos, não que estrague o filme, mas acaba não sendo tão inovador quanto pretendia ser. Mas é um ótimo exemplar do gênero. E o desfecho vai te deixar de "boca aberta", acredite.



ROUBANDO VIDAS (TAKING LIVES)


Ano: 2004

Direção: D. J. Caruso

Distribuidora:

Elenco: Angelina Jolie, Ethan Hawke, Kiefer Sutherland, Olivier Martinez, Gena Rowlands, Jean-Hugues Anglade e Paul Dano.



NOTA: 9,0


Disponível na













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