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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | QUARTETO FANTÁSTICO (2015)


Entre os conflitos de ideias entre o diretor, Josh Trank e a FOX, que resultou em todo o terceiro ato refilmado, e as mudanças de última hora, o novo Quarteto Fantástico é a tentativa da FOX em dar uma repaginada nessa franquia de heróis da Marvel. O resultado disso foi a péssima avaliação do filme (apenas 9% de aprovação no site Rotten Tomatoes) e das péssimas críticas recebidas, que acabou se tornando um dos maiores fracassos de bilheteria de um filme de super herói. A produção não é esse fiasco todo que tão falando, mas tem muito mais pontos negativos que positivos, deixando o resultado final a desejar, e muito. O novo quarteto da vez é interpretado por Miles Teller, Kate Mara, Jamie Bell e Michael B. Jordan, e ainda tem no elenco Toby Kebbel (o dr. Destino), Regh E. Carthey e Tim Blake Nelson.


Reed (Miles Teller) e Ben (Jamie Bell) são amigos desde a infância que acabam criando uma imperfeita máquina de teletransporte, que em uma feira de ciências, chamou a atenção do professor Frank Storm (Regh Carthey) e de sua filha, Sue Storm (Kate Mara). Frank decide ajudar os dois amigos a aprimorar sua invenção, que conta com as más intenções de Dr. Allen (Tim B. Nelson). Depois que sua invenção deu certo, Reed, Ben, Johnny Storm (Michael B. Jordan), irmão adotivo de Sue, e Victor Voon Doon (Toby Kebbel), secretamente decidem entrar na máquina e se teletransportarem para o "Planeta Zero", onde acabam tendo problemas, e criando superpoderes. Na tentativa de reverter o processo que os deixou assim, o vilão dr. Destino retorna e ameaça destruir a terra, "sugando-a" para a dimensão do planeta Zero.


O grande problema da nova versão de O Quarteto Fantástico, é a longa introdução sobre o surgimento do Senhor Fantástico, Tocha Humana, o Coisa e da Mulher Invisível, que tem momentos interessantes, mas acaba se tornando arrastada demais, estragando o ritmo da história. Para se ter uma ideia, o filme tem pouco mais de 1h30 (sem contar os créditos), e a introdução leva quase uma hora; e nos 30 e poucos minutos restantes, a história se desenvolve para a única batalha do quarteto com o dr. Estranho, que acontece nos últimos 10 minutos. O outro problema não é o fato da única batalha ser nos momentos finais do filme, mas é que o clímax é muito rápido e sem graça, estragando ainda mais o resultado final. Quando a luta começa a ficar empolgante, logo termina. Parece que os produtores queriam acabar logo de vez com a produção. Se o desenvolvimento da história, depois da introdução, fosse maior, principalmente o final o resultado seria bem diferente, porque seria muito mais explorado, assim como a introdução da história.



Pelo menos, os atores escolhidos são ótimos, e todos tem um ótimo entrosamento. O grande destaque vai para Miles Teller (de Wiplash - Em Busca da Perfeição e da série Divergente), que convence como o líder do quarteto e mostra que consegue comandar tudo. Uma grande diferença, bastante criticada, foi a mudança do Tocha Humana para um ator negro, já que o dos quadrinhos era branco com olhos claros. A liberdade criativa dos realizadores em Hollywood é difícil nos tempos de hoje, ainda mais quando se trata de uma adaptação, e foi muito bem vinda essa mudança. Mas novamente, o filme peca no aprofundamento de seus personagens. Em alguns momentos, é interessante ver a relação que o quarteto tem entre si, mas os conflitos não convencem e são mostrados de maneira superficial. A relação de Reed e Ben é ótima desde o início, diferente dos irmãos Sue e Johnny Storm, que nem parecem irmãos, já que é inexistente a relação entre eles, e nada é explicado. E o que falar sobre o maior vilão do quarteto fantástico, o dr. Destino? Mal aparece no filme, e seus motivos são superficiais, tornando-o muito mal explorado e nada amedrontador. Claro, sua primeira aparição é minutos antes do clímax. Aliás, é apenas no final que vemos o quarteto trabalhando juntos, e deixa muito a desejar, não pelo entrosamento entre eles, mas porque acaba muito rápido a ação, não passando nenhuma emoção quando algo de ruim acontece com eles.


Os efeitos tem seus altos e baixos, tudo por causa da redução do orçamento, mas o filme tem um ótimo visual, mais sombrio, algo bem diferente dos filmes de super heróis, e as cenas no planeta Zero são as melhores, principalmente na batalha final. A última cena é uma das mais interessantes, e deixa um link para uma possível continuação, que era certa até o lançamento do filme. No final, Quarteto Fantástico acaba se tornando um razoável filme de super herói, e não é tudo isso que tão falando, pecando apenas no roteiro e no desenvolvimento dos personagens, que é mais de 50% do filme. É interessante, mas exagera na introdução e esquece da ação, e acabamos sentindo falta de ver o quarteto em ação. Sim, tem várias histórias em quadrinhos que focam mais no enredo do que na ação, mas convenhamos: o clímax é rápido demais; e é muita introdução para pouca ação. Resta agora saber qual o futuro desses heróis no cinema, e se levarem em conta a bilheteria, dificilmente terá uma continuação.





QUARTETO FANTASTICO (FANTASTIC FOUR)


Ano: 2015

Direção: Josh Trank

Elenco: Miles Teller, Kate Mara, Jamie Bell e Michael B. Jordan, Toby Kebbel, Regh E. Carthey e Tim Blake Nelson.



NOTA: 7,0














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