Criado no inicio dos anos 90, a franquia Power Rangers conseguiu seu território entre as séries e filmes de super heróis, que continua até hoje, há mais de 20 anos. Várias temporadas, mudanças de donos, vários filmes; a franquia sempre soube se modificar a cada tempo, conseguindo novos fãs. No cinema, só tivemos dois filmes: o primeiro em 1995, e o segundo, na temporada nova, em 1997. Exatos vinte anos depois, um novo filme da franquia chega aos cinemas, buscando um novo público, e mantendo a nostalgia para aqueles que já conheciam. No elenco estão Dacre Montgomery, Naomi Scott, Becky G, RJ Cyler, e Ludi Lin como os Power Rangers, e Elizabeth Banks, como a vilã Rita Repulsa. Go, Go! Power Rangers!!
Jason, Kimberly, Trini, Billy e Zack são um grupo de adolescentes da pequena cidade Alameda dos Anjos, sem amigos e revoltados com o rumo de suas vidas, que acabam se conhecendo. Eles descobrem uma nave espacial em uma caverna, e acabam se tornando os novos Power Rangers, que tema missão de impedir que Rita Repulsa destrua a terra, começando pela pequena cidade de Alameda dos Anjos.
Usando como plano de fundo o drama adolescente, o novo filme dos Power Rangers tem a missão de chamar a atenção de um novo público, e manter os antigos fãs na jogada. A história de superação dos futuros heróis, é o elemento que o diretor sul-africano Dean Israelite, introduz para o novo público: todos os cinco heróis tem problemas de relação com seus pais, amigos e romances, não se sentem bem onde estão; típicos problemas de histórias adolescentes. Apesar de serem diferentes, eles têm muita coisa em comum, e isso é o que eles precisam descobrir para seguirem os seus destinos. Esses elementos são básicos e clichês, mas que funcionam na história e são bem usados. O resultado de tudo isso é uma ótima química entre os heróis.
O enredo nos mostra a origem dos novos Power Rangers, o drama adolescente, até eles se tornarem, de fato, os heróis. Todo esse primeiro ato, de introdução, é bem explorado, demais até, pegando grande parte do filme, para introduzir o treinamento, a parte mais chata, levando para a esperada luta contra Rita Repulsa e o seu Goldar, somente no ato final. A espera não compensa muito, mas é nessa parte que os fãs vão ter a nostalgia da série e dos filmes. Claro que antes tem a introdução de Zordon, e da icônica vilã Rita Repulsa, mas eram as lutas e os robôs gigantes o mais divertido da série. Ainda que tenhamos as batalhas com os próprios Rangers, muito pouco, por sinal, o filme deu mais ênfase na luta junto com os robôs gigantes, e o famoso megazord, junção de todas as naves/robôs de cada um dos super heróis. Aqui, os efeitos especiais pecam um pouco, e estão muito artificias; não sei se a intenção era ser assim, mas é o suficiente para trazer nostalgia para os fãs. Rola até o famoso tema “Go, Go, Power Rangers!”
Rita Repulsa está brega e caricata, (no bom sentido), ganhou uma bela nova roupagem, está exatamente como é um vilão de Power Rangers, e Elizabeth Banks foi a escolha perfeita para interpretar a vilã. A nova roupagem poderá não agradar todos os fãs, mas já que o filme é um remake para os dias atuais, está OK. Ainda que o humor seja demais, e os erros que os heróis cometem durante as batalhas são bobos, tudo funciona, e o novo filme dos Power Rangers diverte, consegue chamar a atenção do novo público, e traz nostalgia para os fãs. Talvez, na continuação, tenha mais tempo de lutas com os Rangers, já que não será necessária uma nova introdução dos personagens.
POWER RANGERS: O FILME
Ano: 2017
Direção: Dean Israelite
Elenco: Dacre Montgomery, Naomi Scott, Becky G, RJ Cyler, e Ludi Lin, e Elizabeth Banks
NOTA: 8,0
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