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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | POMPEIA

Atualizado: 3 de nov. de 2021


Paul W. S. Anderson, diretor e produtor que estragou os filmes da série Resident Evil, e que também dirigiu O Enigma do Horizonte e Os Três Mosqueteiros, traz a história de uma das maiores tragédias naturais da história, a destruição da cidade de Pompeia causada pela erupção do monte Vesúvio, no ano de 79 D.C. Pompeia mostra uma história de amor no auge dos tempos de Roma, entre uma donzela rica e um gladiador, onde seu único destino é morrer. Para o seu filme catástrofe, Anderson escalou Kit Harrighton, Emily Browning, Carrie-Anne Moss, Kiefer Sutherland, Jarred Harris e Adewale Akinnuoye-Agbaje.


Após perder sua família ainda quando criança, Milo (Kit Harrighton) se torna escravo e gladiador, que acaba sendo levado a cidade de Pompeia. Ele acaba conhecendo a filha do dono da cidade, Cassia (Emily Browning), onde os dois acabam se apaixonando. O senador romano Quintas Attius Corvus (Kiefer Sutherland) acaba chegando na cidade para fazer negócios com o pai da garota, Severus (Jared Harris), que tem outras intenções. Ao mesmo tempo, o vulcão Vesúvio está prestes a entrar em erupção, levando a cidade Pompeia ao seu iminente destino.


Em Pompeia, o diretor Paul Anderson investe mais na destruição da cidade, do que na história de amor do casal. É certo dizer que ele não um cineasta que faz filmes nesse estilo, mostrando que seu foco é a ação e destruição. O enredo e a história são ótimos, mas é muito pouco explorado: estão ali as questões políticas, a batalha dos gladiadores (muito boas, por sinal), temos o casal de diferentes classes que se apaixonam, uma cidade histórica e uma das maiores catástrofes naturais. Falta um desenvolvimento na história, como em Tróia e Alexandre, e é difícil ver o filme de Anderson como um épico de uma “tragédia anunciada”. O roteiro é bom dentro de suas limitações, mas falta algo mais.



Por outro lado, a direção de arte é impecável, os cenários belíssimos, as lutas dos gladiadores são bem feitas, e os efeitos especiais são o ponto chave da produção, que fazem o espectador entrar na história. O diretor usou bastante planos aéreos para mostrar o vulcão entrando em erupção e destruindo a cidade: prédios em chamas, o Coliseu de Pompeia se destruindo, um grande tsunami. O ato final realmente impressiona, e mostra o que Paul Anderson sabe fazer melhor: ação e destruição total.


Kit Harrighton, de Game Of Thrones, e Emily Browning, de American Gods, formam o casal principal da trama, o Gladiador Milo e a princesinha Cassia, respectivamente. O romance deles é pouco desenvolvido, e mesmo não tendo muita química, eles ficam “bonitinhos” juntos. O ator britânico Adewale Akinnuoye-Agbaje, interpreta outro gladiador, Bridgageous, que sua amizade com Milo é bem mais desenvolvida, dando ares do famoso “bromance”. O vilão é Quintas Attius Corvus, um corrupto senador romano, interpretado pelo veterano Kiefer Sutherland, que se sai muito bem, encarnando um vilão clássico, estilo dos filmes épicos.


Pompeia tem seus clichês, os belos cenários aos pés do monte Vesúvio, figurinos bem produzidos, ótimas batalhas de arena com sangue e morte, um vilão à altura de um filme épico, ótimos efeitos especiais e muita destruição, mas ao mesmo tempo, não parece ser um filme do gênero. Mesmo assim, é uma ótima aventura que faz o espectador se sentir dentro do filme, interessante, mas pouco desenvolvida.




POMPEIA (POMPEII)

Ano: 2014

Direção: Paul W. S. Anderson

Elenco: Kit Harrighton, Emily Browning, Carrie-Anne Moss, Kiefer Sutherland, Jarred Harris e Adewale Akinnuoye-Agbaje.



NOTA: 8,0




Disponível na NETFLIX.












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