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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | PASSAGEIRO ACIDENTAL



Produções que se passam no espaço, existem há várias décadas, e são uma das mais interessantes, viajando por vários gêneros, desde drama (Interestelar e Gravidade), terror (a franquia Alien e Vida), e até aventura (as sagas Star Wars e Star Trek). Agora, a Netflix lança mais um “drama espacial”, Passageiro Acidental, estrelado por Anna Kendrick, Toni Collette, Daniel Dae Kim, Shamier Anderson, e dirigido por Joe Pena, que também escreveu o roteiro.


Na trama, três tripulantes, Zoe (Kendrick), David (Kim) e Marina (Collette) estão indo em missão para Marte, quando descobrem um outro passageiro esquecido pela tripulação anterior. No caminho, descobrem que há pouco oxigênio, e passageiros a mais, e a equipe precisa tomar decisões para que consigam sobreviver.


Seguindo mais para o lado do drama do que a ficção, a trama central de Passageiro Acidental foca nos conflitos vividos pelos personagens, suas escolhas e as consequências. Afinal, o oxigênio está acabando, e há pessoas demais na nave, não dando tempo para chegar até o planeta vermelho. Os conflitos são interessantes, mas tudo é muito raso, não aprofunda tanto no desespero, e nas consequências. Por um lado, é bom, mas por outro, deixa a trama arrastada, dando uma guinada mais para a metade, quando exploram o lado de fora na nave, em situações que nos deixam tensos e aflitos. O filme termina com muitas coisas em aberto, e não é para fazer o espectador ficar imaginando coisas, simplesmente não explica.



A direção de arte é um dos grandes destaques de Passageiro Acidental, mostrando tudo de forma bem simples, sem os exageros dos filmes de ficção, com um realismo impressionante, tanto no interior da nave, quanto no espaço. Provavelmente há vários erros científicos, que não são explicados para o público, nem justificados, mas é só relevar isso, e está tudo bem.

A produção tem somente quatro personagens, todos em ótima sintonia, razoavelmente desenvolvidos, mas alguns não fazem praticamente nada o filme todo, por causa das limitações do roteiro. É o caso de Toni Collette, que interpreta a chefe da equipe, Marina. A premiada atriz é mais explorada no drama, e nas cenas emotivas, realistas e que convencem, mas não faz nada de relevante para a trama. Daniel Dae Kim, o Jim da série Lost, da vida ao cientista David, que tem um papel fundamental, apesar do roteiro não desenvolver tanto isso, e Shamier Anderson, que é o “passageiro acidental” do título, também não faz muita coisa, mas tem seu drama pessoal muito explorado, além de ser o “problema” central de tudo. O grande destaque é Anna Kenrdick, que carrega o filme nas costas, em uma excelente e comovente atuação, principalmente no ato final.


Passageiro Acidental termina uma forma bem melancólica, quase que poética, apoiado por uma emocionante trilha sonora, finalizando de forma positiva. Abordando temas psicológicos, como sobrevivência, empatia, e questões morais, Passageiro Acidental tem uma dinâmica lenta, que poderia ter explorado mais a situação em que os personagens estão, além de que poderia ter explicado várias coisas, mas a história é muito bem conduzida, e prende a atenção do público, mais para a metade. No mais, é uma produção mediana, mas que vale a pena acompanhar o drama dos quatro tripulantes tentando descobrir uma forma de sobreviver, sem precisar que o “passageiro acidental” tenha um trágico destino. Será que conseguem?




PASSAGEIRO ACIDENTAL (STOWAWAY)


Ano: 2021

Direção: Joe Pena

Elenco: Anna Kendrick, Toni Collette, Daniel Dae Kim, Shamier Anderson



NOTA: 7,0




Disponível na NETFLIX.













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