CRÍTICA | PAR PERFEITO

2010, até agora, está sendo o ano das comédias românticas que misturam ação: Caçador de Recompensas, com Jennifer Aniston e Gerard Buttler, e Encontro Explosivo, que tinha Tom Cruise e Cameron Diaz como protagonistas, estrearam, são exemplos, e divertiam bastante o público, dentro de suas propostas. Da para destacar aqui também, Um Noite Fora de Série, com Steve Carell e Tina Fey. parecido com os anteriores, mas que segue uma linha um pouco diferente.

Agora, é a vez de Ashton Kutcher e Katherine Heighl mostrarem suas habilidades em filme de ação, com Par Perfeito. Mas se o longa com Cruise era mais voltado para a comédia, e o com Aniston era mais para o romance, para que lado esse novo irá? Além da dupla de rostos bonitos, estão no elenco Tom Selleck, Catherine O’Hara, Katheryn Winnick e Rob Riggle.

Durante as férias, Jen (Katherine Heighl) conhece Spencer (Ashton Kutcher), engatam um romance, e anos depois, estão casados. Tudo estava perfeito, até que criminosos aparecem querendo mata-lo, e Jen descobre que seu marido era um assassino profissional. Agora, ambos estão em perigo, e Spencer precisa proteger a sua amada dos bandidos.

Das três produções lançadas esse ano, Par Perfeito é a mais fraquinha de todas, talvez pela saturação de ser mais um filme, ou porque é ruim mesmo, mas também, não vamos exagerar. O enredo não convence, falta inovação e criatividade em algumas situações, além de ter clichês básicos, e que não são usados a favor do filme. Porém, é possível achar graça das piadas e frases cômicas, além de se divertir com as sequencias de ação, que incluem tiros, pancadarias e uma perseguição de carro (mais uma vez) bem interessante.

Tom Cruise e Cameron Diaz tinham bastante química, em relação a ação; Jennifer Aniston e Gerard Buttler eram mais fofos romanticamente. Agora, Ashton Kutcher e Katherine Heighl não combinam nem na ação e muito menos no romance; talvez, um pouco de cada, mas só. Kutcher faz uma espécie de James Bond bobo e até consegue convencer como um assassino profissional, mas é muito limitado. Heighl parece realmente não estar à vontade no seu papel, e seu jeito desastrado chega a ser cansativo. Tom Selleck e Catherine O’Hara tem uma participação especial como os pais de Jen, que acredito que foram escalados para o filme apenas pela fama de ambos.

Ainda da para rir? Sim. Ainda da pra se divertir? Também dá. É ruim? Talvez. Se você quer se entreter sem nenhum compromisso, Par Perfeito é uma boa pedida. Se você quer algo mais explosivo, ou intenso, não vai encontrar nada disso. O filme de Robert Luketic é mais do mesmo, sem muita inspiração e tenta se destacar nos filmes do gênero, mas por ter sido o último, até então, a ser lançado, fica devendo muita coisa. Provavelmente porque, pelo menos esse ano, já está cansativo de ver um casal em ação.

Publicado originalmente em 2010. Editado em 2020.