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CRÍTICA | OS ÓRFÃOS

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 31 de jan. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de jan.



Mansões assombradas, fantasmas, crianças, sustos e mistério. o subgênero sobrenatural vem surgindo há anos, trazendo uma grande lista com as mais variadas histórias. Surge então Os Órfãos, terror dirigido por Floria Sigismondi e estrelado por Mackenzie Davis e Finn Wolfhard (da série Stranger Things). A produção é baseada no livro A Outra Volta do Parafuso, de Henry James, lançado em 1898 e que teve uma adaptação, Os Inocentes, em 1961. Com muito mistério e sustos fáceis, Os Órfãos tinha tudo para ser um ótimo exemplar do gênero, mas o seu final confuso põe tudo a perder. A história é bem básica, Kate (Mackenzie Davis) precisa de dinheiro e aceita um trabalho de cuidar de duas crianças órfãos, Miles (Finn Wolfhard) e Flora (Brooklynn Prince), em uma enorme mansão no campo. Com o tempo que vai passando lá, ela acaba percebendo que a mansão é assombrada, e descobre um segredo que pode colocá-la em perigo.


Com bastantes sustos, clichês de mansões assombradas e situações previsíveis, Os Órfãos começa muito bem, introduz a trama e o mistério, e apresenta o seu cenário principal. A mansão gótica, onde a história se passa, impressiona, os cenários, a direção de arte, tudo envolve o espectador. E os clichês típicos do gênero estão lá: portas abrindo, vultos nas janelas, ninguém acredita em um certo personagem, e a produção fica entre um meio termo: uma hora é um filme mais comercial, outra hora mais cult, um suspense psicológico. O ponto forte de Os Órfãos é o trio de protagonistas, Kate (Mackenzie Davis), Miles (Finn Wolfhard) e Flora (Brooklynn Prince). O mistério que envolve as duas crianças órfãs é o que move a trama, e destaco o personagem de Finn Wolfhard, da série Stranger Things, e dos filmes IT. Aqui, ele faz um garoto revoltado - tem um motivo para isso -, e as reviravoltas com o personagem atingem diretamente Kate, que nos faz duvidar se ela está mesmo vendo espíritos, ou é tudo da cabeça dela. Ainda, tem a participação misteriosa de Barbara Matren, a governanta da casa, Mrs. Groose.



Mistérios, sustos, uma casa gótica, trama interessante, e o trio de personagens em ótima sintonia. “Os Órfãos” estava indo muito bem, apesar de alguns problemas no desenvolvimento da história, e daí, chegamos no final. Não vou entrar em detalhes agora, mas o filme tem um final confuso, e não é só isso, tem mais coisas ainda, e após a crítica, vou explicar o tão comentado desfecho que deixou muita gente sem entender nada. No fim, “The Turning”, no original, é um filme de terror um pouco genérico, com clichês e sustos fáceis, mas que prende a atenção com os detalhes técnicos, o mistério que envolve a trama, e alguns momentos do roteiro, só que estraga com o seu final confuso.



EXPLICAÇÃO DO FINAL (SPOILERS)


O grande problema com o final é que são dois, e não sabemos ao certo qual deles é. Seguindo a lógica dos filmes, o final correto seria o segundo, já que é daquela forma que o filme termina. Porém, em entrevistas com o elenco e a diretora, disseram que é um final aberto a interpretações. E agora?

Para explicar os dois finais, precisamos estabelecer um ponto inicial: a cena em que Kate (Mackenzie Davis) recebe os desenhos de sua mãe, que está no hospício. Tendo isso anotado, vamos entender o que aconteceu.



FINAL 1 | ASSOMBRAÇÕES


Após descobrir todo o mistério da casa, sobre o ex-caseiro Quentin, e a ex-babá Jessel, Kate e as crianças fogem da mansão enquanto são perseguidas pelo fantasma de Quentin. No final, elas conseguem escapar, exatamente como estava nos desenhos enviados pela mãe de Kate. Parece que o filme ia terminar, mas não, e a história retorna para a cena em que ela fica olhando os desenhos de sua mãe. A partir daí, começa o segundo final.


FINAL 2 | LOUCURA


Ao invés de fugir com as crianças, Kate os confronta, argumentando sobre as assombrações e todo o mistério, mas eles falam que não tem nada de misterioso acontecendo, e que tudo é coisa da cabeça dela. Em uma cena, Kate derruba a boneca no chão, que quebra, e Miles diz que assim como a boneca, ela também está “quebrada”. O filme termina com Kate internada no mesmo hospício que sua mãe, dando a entender que estava realmente louca.


Sinceramente, eu escolheria o primeiro final, mais interessante e empolgante. Com esse final, Os Órfãos seria um filme mais comercial, terror mesmo. Já com o segundo, seria mais um suspense psicológico. Porém, a história desenvolve os dois tipos, difícil saber qual dos dois ficaria melhor. Mas pela ordem, o segundo final seria o correto.


FINAL DO LIVRO


Há também o do livro, que se aproxima muito do primeiro final do filme. A casa era realmente assombrada por Quentin e Jessel, que queriam pegar as crianças. Kate consegue fugir com Flora, mas Miles é morto pelo fantasma do Quentin.



OS ÓRFÃOS (THE TURNING)


Ano: 2020

Direção: Floria Sigismondi

Distribuidora: Universal Pictures

Duração: 94 min

Elenco: Mackenzie Davis, Fin Wolfhard, Brooklynn Prince e Barbara Marten



NOTA: 7,0


Disponível para aluguel no


















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