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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | OS ESTRANHOS - CAPITULO 1



Em 2008, “Os Estranhos” surpreendeu bastante gente ao mostrar três pessoas com máscaras assustadoras aterrorizando Liv Tyler e Scott Speedman - que estavam em uma crise no relacionamento -, em uma casa no campo. O filme se destacou ao mostrar assassinos aparecendo diversas vezes pela casa sem os personagens perceberem, mesmo eles achando que estavam seguros, tudo com muito suspense e tensão. Já em 2018, “Os Estranhos 2: Caçada Noturna” expandia a franquia ao levar todo o terror para um acampamento de trailers, onde uma família iria passar as férias, com mortes mais elaboradas e violentas.


Agora, o diretor Renny Harlin – que dirigiu Duro de Matar 2 e Do Fundo do Mar -, lança nos cinemas “Os Estranhos – Capítulo 1”, primeira parte de uma trilogia que promete contar mais detalhes sobre quem são os estranhos mascarados, e quem sabe descobrimos o porquê de os assassinos perguntarem sobre a “Tamara” desde primeiro filme. Na trama, o casal Maya (Madelaine Petsch) e Ryan (Froy Gutierrez) estão viajando para o interior e acabam parando em uma pequena cidade de menos de mil habitantes, e misteriosamente o carro deles estraga. Até o carro ser consertado, Maya e Ryan precisam passar a noite em uma cabana afastada, e são atacados por três assassinos mascarados.


“Os Estranhos – Capítulo 1” é praticamente igual ao filme de 2008, incluindo a dinâmica que o tornou famoso – a aparição dos assassinos pela casa a partir do ponto de vista do espectador, sem o personagem ver -. Seguindo passo a passo do original, o diretor Renny Harlin é eficiente em criar uma atmosfera tensa, já que a cabana consegue ser mais assustadora do que a casa e o acampamento de trailers, rendendo alguns sustos para os mais desavisados, e algumas sequencias interessantes. Além disso, os moradores da cidade com cerca de 700 habitantes são misteriosos o suficiente para fazer com que os personagens – e o público – se sintam em um ambiente hostil e perigoso.



O problema maior é no roteiro, quando os personagens tomam decisões burras que acabam irritando o espectador, além de algumas escolhas incoerentes no roteiro para a história se movimentar. Em alguns filmes até dá para relevar, mas aqui fica difícil. Pelo menos o casal protagonista, Maya (Madelaine Petsch) e Ryan (Froy Gutierrez), são bem carismáticos e tem bastante química, mais até do que o casal do primeiro filme, interpretados por Liv Tyler e Scott Speedman, e o fato de estarem apaixonados e serem fofinhos ajuda a criar um vínculo com o público.


“Os Estranhos – Capítulo 1” funcionaria melhor se os outros dois filmes não tivessem sido lançados, já que esse novo não traz nada de diferente, não é criativo, e ainda pecou por não ser tão violento e sanguinário como as duas produções anteriores. E pelo fato de ser o primeiro capítulo de uma trilogia, obviamente o filme termina com um gancho para o segundo filme. É um início não muito promissor para um projeto ambicioso, tendo em vista que o segundo filme de uma trilogia planejada acaba ficando bastante irregular. Será que vamos descobrir mais sobre quem são esses “estranhos mascarados” no próximo filme, ou teremos que esperar até o final mesmo?




OS ESTRANHOS - CAPITULO 1 (THE STRANGERS - CHAPTER 1)


Ano: 2024

Direção: Renny Harlin

Distribuidora: Paris Filmes

Duração: 91 min

Elenco: Madelaine Petsch e Froy Gutierrez



NOTA: 6,5



















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