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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | O PREDADOR - A CAÇADA



Predador é uma das grandes franquias do cinema e da ficção, com quatro filmes solos da criatura (o primeiro, de 1987, com Arnold Schwarzenegger, a continuação, de 1990, com Dany Glover, Predadores, de 2010, e o reboot O Predador, de 2018), seis se contar o duelo com o xenomorfo, nos medianos Alien vs. Predador 1 e 2, e agora sete, com o novo filme, O Predador – A Caçada. Desde o segundo filme, as produções decaíram bastante, mas parece que com Prey, no original, a franquia do predador entrou nos eixos. Dirigido por Dan Trachtenberg (Rua Cloverfield, 10), a trama desse novo filme se passa em 1719, e acompanha a tribo indígena dos Comanches enfrentando um dos predadores. Naru (Amber Midthunder) sonha em ser uma caçadora, mas os membros da sua tribo não a deixam. Quando o predador começa a atacar a região onde ela mora, Naru vê uma oportunidade de provar toda a sua força.


O Predador – A Caçada quase não parece ser um filme da franquia dos predadores alienígenas, nem o nome original tem alguma relação; é apenas “Prey”, que traduzindo seria “presa”. A trama foca na tribo indígena dos Comanches, os seus costumes, as caças, a história, tudo muito bem introduzido, mas principalmente sobre o amadurecimento da jovem Naru, que sonha em se tornar uma caçadora, mas ninguém a vê desse jeito. Mas não demora muito para que o predador comece a fazer as suas vítimas, tanto animais quanto humanos. Todo o arco dramático da personagem é bem desenvolvido, a sua relação com a tribo, com o seu irmão Taabe (Dakota Beavers), e até o inseparável cachorrinho dela, e a atriz Amber Midthunder se sai muito bem no papel, se destacando os embates com o predador; a melhor personagem da produção. O diretor Dan Trachtenberg consegue criar tensas cenas de luta, muito bem coreografadas, principalmente no final, e com bastante sangue, não poupando na violência gráfica – decapitação, desmembramento, e muitas mortes, quase mais do que os dois primeiros filmes juntos, mas nada de tão exagerado -. Há muitas referências ao primeiro filme, de 1987, desde pela trama se passar na floresta, o trecho da batalha final com o predador, e até uma das clássicas frases: “se ele sangra, ele morre”.



Vale destacar a fotografia da produção, com belos cenários em campo aberto, indicando que a ameaça pode vir de qualquer lado, criando situações com bastante tensão, e a excelente direção de Trachtenberg mantém o foco do espectador a todo instante. Outro ponto positivo se dá pelo fato de, por serem uma tribo indígena, não possuírem armas de fogo, apenas flechas, pedras, e lanças, indo na contramão dos armamentos tecnológicos dos filmes anteriores, dando um ar mais primitivo nos embates com o predador. Porém, o visual do predador ficou bem diferente do original – os filmes de 2010 e 2018 mantiveram igual -, o que pode causar um certo estranhamento nos fãs mais assíduos. Ficou com uma aparência assustadora, mas estranha.


O Predador – A Caçada traz uma nova esperança para a franquia, e acaba se tornando o melhor filme desde o original. Acerta na trama sobre a tribo dos Comanches, o foco na jornada de Naru em se tornar uma líder, e nas ótimas e sangrentas batalhas com o predador, além de possibilitar novos rumos para a franquia. A primeira parte pode até ser um pouco entediante para aqueles que estão ansiosos para ver as cenas com o predador, mas toda a introdução da tribo é muito interessante, e tem todo um cuidado que vale a pena dar uma chance. No mais, Prey é um filme com muitos acertos e um excelente reinicio para uma série que já havia sido “caçada” a um tempão. A produção responde, em partes, uma resposta que todos estavam se perguntando desde Predador 2 – A Caçada Continua.



O PREDADOR - A CAÇADA (PREY)


Ano: 2022

Direção: Dan Trachtenberg

Elenco: Amber Midthunder, Dakota Beavers.



NOTA: 8,0



Disponível na STAR PLUS.













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