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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | O HOMEM NAS TREVAS 2



Em 2016, o primeiro Homem Nas Trevas surpreendeu todo mundo com a sua trama ágil, criando angustiantes momentos de suspense e tensão, além de o roteiro inovar no quesito de quem era o mocinho e o vilão. Três jovens invadem a casa de um aposentado veterano de guerra, que é cego, para pegar uma grande quantia em dinheiro. A virada de jogo se dá porque eles descobrem que o tal homem cego é um criminoso, e acabam sofrendo nas mãos dele, em um intenso jogo de gato e rato. O filme levantava uma questão: quem realmente era o vilão da história, ou o mocinho, se realmente tinha? O veterano de guerra que cometia crimes absurdos, ou os três jovens assaltantes?


Anos depois, temos O Homem nas Trevas 2, continuação do filme de 2016, que muda toda essa perspectiva, além de ser bem inferior ao primeiro, em vários quesitos. Stephen Lang retorna no papel do homem cego, e as novas adições no elenco são Madelyn Grace, Brendon Sexton III e Stephanie Arcila.


Na sequência, Norman, o homem cego, agora vive recluso em sua casa com a sua filha, Phoenix (Madelyn Grace), quando ela é sequestrada por bandidos. Agora, mais uma vez, o homem cego mostrará suas habilidades para resgatar sua filha.


O Homem nas Trevas 2 pode ser dividido em duas partes bem distintas. O primeiro ato acontece na casa de Norman, relembrando toda a dinâmica do original, mas apesar de ter momentos intensos e angustiantes, é em uma escala muito menor. Depois, na segunda parte, um outro ambiente é introduzido, o que parece ser um prédio abandonado, palco de uma reviravolta absurda, e que até consegue criar momentos bons, mas, novamente, sem o charme e o impacto que o primeiro filme teve. Fede Alavrez, que dirigiu o primeiro, fica na produção, e a direção dessa sequência é do seu colega, Rodo Sayagues, que troca o suspense e mistério do anterior, pela ação e pancadaria, claro, com muito mais sangue, violência, mortes brutais e gráficas; ponto positivo para quem gosta.



No primeiro Homem Nas Trevas, o desenvolvimento dos personagens era muito bom, o que nos fazia criar empatia com eles, especialmente nos três jovens assaltantes. Na sequência, isso é bem diferente. Há uma tentativa de humanizar o homem cego, sem necessidade alguma, apesar das decisões duvidosas, o que gerou uma revolta no público em geral, e quanto aos sequestradores, liderados por Raylan (Brendon Sexton III), só queremos que eles morram de uma vez. O destaque é para a garotinha Madelyn Grace, que interpreta Phoenix, a filha de Norman, que foi treinada por ele para sobreviver em situações de perigo. Stephen Lang continua firme e “duro de matar”, e está mais violento do que antes, e a adição de Phoenix na história, dá um tom mais dramático, interessante, mas é muito pouco desenvolvido.


No mais, O Homem nas Trevas 2 é bem inferior ao primeiro filme. É eficiente em criar uma atmosfera sinistra, e os ambientes claustrofóbicos, tem suspense, os momentos angustiantes e de tensão estão lá, a trama é ágil, mas não tem aquele impacto que o primeiro deixou no espectador. Talvez, se a história acompanhasse o que aconteceu com a garota do primeiro filme, e a sua irmã, poderia ter um resultado melhor; quem sabe no terceiro filme? Rodo Sayagues nos entrega uma produção mediana, pontos para a violência e mortes gráficas, e talvez, o plot twist absurdo da trama, ainda que a do original foi melhor. Não é tão assustador como o primeiro, mas rende alguns bons momentos.




O HOMEM NAS TREVAS 2 (DON'T BREATHE 2)


Ano: 2021

Direção: Rodo Sayagues

Elenco: Stephen Lang, Madelyn Grace, Brendon Sexton III e Stephanie Arcila.



NOTA: 6,0


Disponível na AMAZON PRIME VIDEO.











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