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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | O GRITO (2020)

Atualizado: 23 de mar. de 2022



Lá no início dos anos 2000, virou mania em Hollywood fazer adaptações de filmes de terror japoneses, O Chamado, O Grito, Água Negra, e Pulse, entre outros, que durou até o final da mesma década. Com o sucesso do filme da Samara Morgan, o produtor e diretor Sam Raimi viu o potencial na história de rancor de Kayako, que mata as pessoas que entrarem na sua casa. Estrelado por Sarah Michelle Gellar, que vivia no auge da sua carreira, O Grito foi um sucesso de público, conquistou fãs e nos apresentou cenas marcantes com a família fantasma. Depois de duas continuações medianas, principalmente a terceira, e algumas séries, decidiram fazer uma espécie de reboot, estrelado por Andrea Riseborough, Demian Bichir, e com uma participação da maravilhosa Lin Shaye.


A linha narrativa de O Grito segue a mesma do primeiro filme, com três histórias paralelas que se conectam. A principal é sobre dois policiais que investigam um crime ligado à uma casa na cidade, que aparentemente, tem ligação com a maldição que veio lá do Japão. Assim como foi com O Grito 2, a história atravessa o mundo e vai para os EUA, mas a diferença é que, nesse reboot, o enredo se passa somente no ocidente.


O problema é que a história é um pouco sem graça, batida, tem inúmeros clichês e repete muita coisa da primeira versão americana, e nem é em relação aos sustos e a família fantasma. Kayako e Toshio nem aparecem, e único elemento do original é a maldição que atormenta quem entra na tal casa amaldiçoada. Nesse reboot, é uma outra família que entrou em contato com a maldição na casa original, no Japão. O ritmo é rápido demais para os seus 94 minutos de duração, e fica a sensação de um filme vazio, nem os sustos e as aparições dos fantasmas são interessantes, e perde toda a graça por não ter o menininho fantasma e sua mãe.



A trama três linhas narrativas que de alguma forma fazem conexão. A principal é a do detetive Muldoon (Andrea Riseborough), que se muda para uma pequena cidade após um trauma familiar recente. Ela acaba sendo colega de trabalho do detetive Goodman (Demian Bichir), que já conhece a maldição. Lin Shane, da franquia Sobrenatural, também faz uma marcante participação, e destaque para o casal John Choo e Betty Glippin.


Talvez, essa nova versão de O Grito seja um pouco mais séria, e por isso não parece tanto um filme de terror comum, abordando temas atuais, como tragédias, depressão e suas consequências. Mas quem espera cenas gráficas e muito sangue, ficará feliz em saber que tem de monte, além de sustos, nada convincentes, com exceção de um mais perto do final. No fim, esse reboot quase não tem nenhuma ligação com o original, a não ser a maldição, e claro, essa é a definição de um reboot, mas ficou a sensação que faltou algo, tudo é muito raso e os dramas sem muito aprofundamento, e sim, sentimos falta da Kayako, Toshio e aquele terror mais comercial, como foi com os primeiros filmes. O ato final basicamente copia o original, sem o mesmo impacto ou alguma coisa assustadora, e o final deixa em aberto para uma possível continuação. Apesar dos exageros, os dois primeiros filmes com Sarah Michelle Gellar são melhores.





O GRITO (THE GRUDGE)


Ano: 2020

Direção: Nicolas Pesce

Elenco: Andrea Riseborough, Demian Bichir, John Choo, Betty Glippin e Lin Shane



NOTA: 7,0



Disponível na AMAZON PRIME VIDEO.










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