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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | NUNCA MAIS (2002)



Jennifer Lopez, mais conhecida como J-Lo, é uma cantora norte-americana, nascida em Porto Rico, e é uma das artistas que se aventurou no cinema, no final dos 90, e inicio dos anos 2000. J-Lo despontou no “clássico” Anaconda, atuando junto com John Voight, Owen Wilson e Ice Cube, além de ter estrelado “Dança Comigo?”, ao lado de Richard Gere, o controverso O Garoto da Casa Ao Lado, e Hustlers. Em 2002, a cantora, e atriz, estrelou o suspense Nunca Mais (Enough), dirigido por Michael Apted, e que está disponível no catálogo da Netflix, abordando um assunto muito importante para ser discutido: a violência contra a mulher. Um dos filmes mais assistidos recentemente na plataforma, a produção ainda tem no elenco Juliette Lewis, Billy Campbell, e Noah Wyle.


Na trama, Slim (J-Lo) trabalha em uma lanchonete, onde conhece Mitch (Billy Campbell), com quem acaba se casando. Anos depois, já com uma filha de cinco anos, Slim descobre que seu marido sempre a traiu, e ele se revela um homem violento e abusador. Decidida a dar um basta nisso tudo, ela foge com sua filha, Grace, mas Mitch vai atrás delas, e sempre consegue encontra-las.


Se “Nunca Mais” fosse lançado nos dias de hoje, provavelmente a produção de Michael Apted (007 – O Mundo Não é o Bastante) teria feito mais sucesso do que antes; o filme foi bastante criticado e recebeu uma nota muito baixa. A trama aborda a violência doméstica e o abuso psicológico, assunto delicado que já é falado mais abertamente do que antes. O roteiro de Nicholas Kazan é eficiente em manter o espectador interessado na história, mantendo o suspense a todo o instante, e nunca é monótono, dosando perfeitamente com o drama da personagem de J-Lo. O problema está nos rumos escolhidos pelo roteirista, que tem algumas situações irreais, e exageradas, deixando várias pontas soltas, além de ser clichê em vários momentos, e ter situações que se repetem; e até ela decidir realmente dar um jeito na situação, já chegamos no ato final.



Jennifer Lopez é uma ótima atriz, e aqui, ela se saiu bem na transição de sua personagem, de uma mulher passiva à violência do marido, para uma mulher determinada e forte, mesmo tomando algumas decisões erradas; ela foi indicada ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz. J-Lo teve aulas de “Krav Magá”, uma técnica de defesa pessoal, para interpretar Slim, usada no ótimo terceiro ato. Billy Campbell também se destaca como o sádico, e nojento, Mitch, marido de Slim, com repentinas mudanças de personalidade, onde o roteiro não esclarece suas motivações por ser violento, e se a família dele sabe sobre o seu surto psicológico, deixando-o apenas como um homem rico e cruel. Grace, interpretada pela atriz mirim Tessa Allen, hoje com 25 anos, é uma fofura de criança, e os momentos de tensão que ela passa, são de cortar o coração.


“Nunca Mais”, baseado na obra “Black and Blue”, da escritora Anna Quindlen, é eficiente na sua proposta, levantar uma séria discussão sobre a violência contra a mulher, ainda que tenha situações exageradas, mas o que importa é a mensagem. Michael Apted nos entrega um bom filme de suspense, que opta pelo caminho mais fácil, mas certeiro, criando momentos tensos e bem movimentados. O leitor de mais idade, ou que é fã de Julia Roberts, vai encontrar algumas semelhanças com outro filme, Dormindo Com o Inimigo, estrelado pela atriz, onde sua personagem passa por uma situação parecida. No mais, a produção é uma ótima pedida para assistir no catálogo da Netflix.




NUNCA MAIS (ENOUGH)


Ano: 2002

Direção: Michael Apted

Elenco: Jennifer Lopez, Juliette Lewis, Billy Campbell, e Noah Wyle



NOTA: 9,0



Disponível na NETFLIX.














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