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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | NEED FOR SPEED: O FILME


Hollywood viu o potencial de adaptar jogos de videogame para o cinema, e desde Mortal Kombat, inúmeras adaptações surgiram, sendo que a maioria não agradou todos; Resident Evil e Tomb Raider foram as franquias que mais deram certo, principalmente o primeiro. Agora, chegou a vez de outro jogo de videogame ir para as telonas, franquia que, na minha opinião, inspirou e popularizou a saga Velozes e Furiosos: as corridas clandestinas de Need For Speed. A maior dificuldade de adaptar NFS, se deve ao fato de que o game não tem nenhuma história, ficando a cargo dos roteiristas inventar uma história e adaptar a temática do jogo nela. Com isso, os roteiristas George e John Gatins, criaram uma trama de vingança como plano de fundo para as corridas ilegais. Need For Speed – O Filme, é dirigido por Scott Waugh, e tem no elenco, Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogem Poots, Rami Malek, Michael Keaton e Dakota Johnson.


Tobey Marshal (Aaron Paul) aceitou ajuda do empresário Dino Brewster (Dominic Cooper) e começaram a trabalhar juntos. Porém, Tobey acaba sendo preso por um crime cometido por Dino, onde passa vários na prisão. Ao sair, ele decide se vingar de Dino, e decide participar da corrida clandestina De Leon, organizada por Monarch (Michael Keaton).


A grande introdução da história é o maior problema da adaptação de NFS. Toda a explicação, e o motivo que leva Tobey Marshal a traçar seu plano de vingança, demora demais, levando em torno de quarenta minutos para a história engrenar. Mas pelo menos, temos um pouco das corridas do universo dos games, entre uma explicação e outra. Para quem gosta e conhece os jogos, essa história de vingança não desce, não combina, e fica mais parecendo um exemplar da saga de Dominic Toretto e Brian O’Conner. Mas o filme compensa nas cenas de ação, e as corridas que aparecem, que misturam os jogos NFS – Underground e até os primeiros jogos da série, do PS1, que mostram ambientes com lindas paisagens; destaque para uma perseguição nos cânions, e a corrida final, que mais lembra os jogos. Ainda, tem as perseguições policiais durante a corrida, e nos lugares com o tráfego normal, que na verdade não é bem em uma corrida clandestina; além de cenas onde o diretor recria os pontos de vistas dos jogos, com a câmera em primeira pessoa.



Por outro lado, o elenco tem um ótimo entrosamento, lembrando bastante os personagens de Velozes e Furiosos. Aaron Paul é o líder do grupo, e faz um Tobey Marshal sem muito carisma, focado na vingança, se soltando algumas vezes. O seu grupo de amigos, um mais doido que o outro, são Maverick (Scott Mescudi), sempre ajuda seus amigos a se livrarem dos problemas, conseguindo carros e helicópteros para os seus feitos, facilmente, Finn (Rami Malek), um cara bem desligado, protagonizando cenas hilárias, e Joe Peck (Ramón Rodriguez), fiel amigo de todos. No elenco feminino, temos a aventureira e muito entendida de carros, Julia (Imogem Pots), que faz um par romântico sem muita química com Aron Paul. Dominic Cooper faz Dino Brewster, um vilão covarde e fraco, motivo da vingança de Marshal. E fechando o círculo dos personagens doidos, temos a ótima participação de Michael Keaton como Monarch, o anônimo realizador da corrida clandestina De Leon, que faz um personagem muito animado e empolgado.


No fim, Need For Speed decepciona por não representar bem o universo dos jogos de videogames para a telona, mas pelo menos, tem várias referências aos jogos, principalmente a corrida final, com os belos cenários, além das clássicas perseguições policiais. Assim, o filme de Scott Waugh é um bom filme de ação, com loucas cenas de perseguições, bastante humor, mas que falha no roteiro, nas suas mais de duas horas de duração.







NEED FOR SPEED: O FILME


Ano: 2014

Direção: Scott Waugh

Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogem Poots, Rami Malek, Michael Keaton e Dakota Johnson.



NOTA: 7,0
















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