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CRÍTICA | MULHER-MARAVILHA: 1984

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 18 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de jan.



Quando Mulher-Maravilha foi lançado em 2017, uma luz no fim do túnel para a DC apareceu, que vinha sendo bastante criticado pelo seu tom mais sombrio em seus filmes. O filme solo de Diana era mais animado, simpático, e emocionante do que as outras produções do estúdio, priorizando mais a história do que os efeitos e cenas de ação. A mesma coisa aconteceu com Aquaman, um ano depois, que também se sobressaiu entre os melhores filmes da DC. Agora, depois de alguns adiantamentos por causa da pandemia, Patty Jenkins nos traz Mulher-Maravilha 1984, continuação da saga da Amazona Diana na terra dos homens, em uma profunda e emocionante produção, que traz grandes e importantes questões sociais, além de algumas lições de moral bem vindas. A história se passa em 1984, e gira em torno de um artefato misterioso que concede desejos para quem a possui, mas que podem ter várias consequências. O empresário falido Maxwell Lord (Pedro Pascal) encontra esse artefato e começa conceder desejos para os mais ricos empresários, pedindo em troca toda a fortuna e poder, mas isso tudo acaba saindo fora de controle, causando um caos sem precedentes no mundo. Gal Gadot retorna ao papel da heroína, e Kristen Wiig, e Chris Pine completam o elenco.


MM 84 é um filme totalmente diferente do anterior, que foca mais no desenvolvimento do roteiro e nos personagens do que nas grandiosas cenas de ação; mas isso não significa que não tenha. Não é somente um filme de super herói, e sim, uma história que se apoia em temas sociais e políticos, como esperança, amor, as decisões que tomamos e suas consequências, incluindo questões políticas. Isso tudo toma grande parte da história, entre uma cena de ação e outra, provando a riqueza do roteiro em se aprofundar e desenvolver essas questões.



Diana luta contra os inimigos, ela voa, anda em um veiculo invisível, e as cenas ação são bem feitas e com ótimos efeitos especiais, fazendo com que o filme de Patty Jenkins seja completo e rico em todos os quesitos. A trilha sonora de Hans Zimmer é maravilhosa, trazendo os clássicos temas, combinando perfeitamente com as impactantes situações; destaco aqui uma em que Diana está voando, após uma cena bem emocionante, dando uma sensação de esperança. Outro diferencial nesse MM 84 está nos seus personagens, muito bem desenvolvidos, e vale destacar os dois vilões do filme, que mantém a essência humana, mas são levados pelo poder e ganância. Pedro Pascal interpreta o antagonista principal, que se destaca pela sua competente atuação, fazendo um vilão marcante com suas justificativas duvidosas, criando um misto raiva e empatia com o personagem. A mesma coisa acontece com Kristen Wiig e sua Mulher Leopardo, onde a personagem vai evoluindo gradativamente, dando espaço para ela se desenvolver adequadamente. As suas motivações não são tão originais, mas dentro do contexto que o roteiro apresenta, fazem bastante sentido e são bem relevantes.


Do outro lado, temos Gal Gadot com sua Mulher Maravilha, mostrando, novamente, que ela nasceu para interpretar a personagem. O carisma e a simpatia da atriz transparecem para a personagem, que agora trabalha em um museu, e nas horas vagas ajuda as pessoas da cidade. Aqui, sua personagem está mais vulnerável, com acertos e erros, e apresentando novos figurinos. De uma forma bastante curiosa, Chris Pine retorna para a continuação, provando mais uma vez a ótima sintonia dos dois. É engraçado ver Steve entusiasmado com a tecnologia que os anos 80 tinham, assim como as roupas e os transportes.



MM 84 é longo demais, são 2h30 de duração, se tornando um pouco cansativo para um filme que não foca tanto nas cenas e ação, e sim no roteiro, mas o terceiro ato é um dos melhores dos últimos anos, emocionante, tocante, e inspirador, onde as críticas sociais e políticas entram em uma maior evidência. Não é um final grandioso, em relação as cenas de ação, mas o impacto e as lições que o filme de Patty Jenkins transmite são muito importantes. No fim, Mulher-Maravilha 1984 é uma das melhores produções desse ano, personagens e roteiro bem desenvolvidos, e com muita referência as HQ’s, transmitindo esperança, paz e amor, que são os principais ideais da Mulher-Maravilha. Há uma cena no início dos créditos finais, com uma participação especial surpresa.



MULHER-MARAVILHA 1984


Ano: 2020

Direção: Patty Jenkins

Distribuidora: Warner Bros. Pictures

Duração: 152 min

Elenco: Gal Gadot, Kristen Wiig, Chris Pine e Pedro Pascal


NOTA: 9,5


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