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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | MORTE, MORTE, MORTE!



Um dos subgêneros mais adorados do terror é o slasher - um assassino que persegue e mata (geralmente) jovens -, e 2022 foi um ótimo ano para esse estilo: X – A Marca da Morte, Terrifier 2, Halloween Ends, Pânico 5, entre outros. Todos esses já eram obras conhecidas e seguiam a fórmula do subgênero, mas sempre com um toque diferente, fazendo com que se destacassem. Chegamos então em “Morte. Morte. Morte.” (Bodies. Bodies. Bodies.), uma diferente produção slasher perfeita para os dias de hoje, com uma ótima crítica à geração atual (a tal geração Z), e tudo o que elas consomem e fazem. Na trama, um grupo de amigos decide fazer uma festa na casa de um deles, bem na noite em que um forte furacão vai passar. O que era para ser uma diversão entre amigos, acaba se tornando um festival de mortes, já que cada um vai morrendo aos poucos, e o assassino é um deles. Amandla Stenberg, Maria Bakalova, Rachel Sennott, Pete Davison, Myha'la Herrold e Chase Sui Wonders estão no elenco.


Dirigido pela diretora holandesa Halina Reijn, “Morte. Morte. Morte.” é um dos filmes mais inusitados de 2022, seguindo a linha das produções slashers, mas acaba se tornando um filme único. Misturando comédia, terror, e diálogos ácidos e provocativos, “Bodies. Bodies. Bodies.” nos entrega uma trama histérica e cheia de suspense: um grupo de amigos todos presos dentro da casa, no meio de um furacão, e um a um acabam sendo mortos, ficando aquele mistério de “quem é o assassino”. Mas aqui, os assassinatos são um pouco diferentes, fato que pode decepcionar um pouco os fãs de slashers. Entre gritos, histeria, e muita confusão, a diretora faz uma crítica muito bem-vinda à geração atual, com jovens que fingem ter empatia um pelo outro, que fazem tudo por likes nas redes sociais, que só se importam com os seus problemas, e que ficam mexendo no celular à toda hora, além de tocar em assuntos como “gashlights”, problemas mentais, bullying, entre outros. Tudo isso em uma sátira afiadíssima que funciona muito bem com toda a ideia que a produção quer passar.



Quando a primeira morte acontece, e a histeria toma conta, os personagens começam a andar pela casa, sempre desconfiando um do outro, porque um deles é o assassino, e acabam criando várias teorias para acusar alguém. Alguns personagens se destacam, como a sensível e tímida Bee (Maria Bakalova), a séria e sempre desconfiada Jordan (Myha'la Herrold), e a histérica e surtada Alice (Rachel Sennott), uma personagem divertidíssima e com um timing cômico perfeito. Todo mundo é suspeito, e é interessante ver até onde vai a amizade entre eles, já que todos desconfiam um do outro, com razão até, e mesmo muitos sendo amigos a longa data.


Outro ponto favorável para a produção é o uso da iluminação: por causa do furacão, falta luz na casa onde os personagens estão, com isso, a única iluminação que eles têm são os próprios celulares, além de pulseiras neon, resultando em uma tensão maior nas cenas. E tem o tão comentado final, uma reviravolta única, daquelas que você vai ou odiar, ou amar, mas com certeza vai dar risadas. No fim, “Morte. Morte. Morte.” é uma divertida e histérica produção slasher, com muita tensão, uma história que mantém o mistério o tempo todo, ótimas críticas sociais à geração Z, muitos corpos, desconfianças, e uma reviravolta tão maluca quanto o próprio filme. Uma produção ideal para assistir com seus amigos para se divertir, levar sustos, e apontar os suspeitos dos assassinatos. Quem será que é o assassino?



MORTE. MORTE. MORTE. (BODIES. BODIES. BODIES.)


Ano: 2022

Direção: Halina Reijn

Elenco: Amandla Stenberg, Maria Bakalova, Rachel Sennott, Pete Davison, Myha'la Herrold e Chase Sui Wonders.



NOTA: 9,0



Disponível na AMAZON PRIME VIDEO.












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