CRÍTICA | MISTÉRIO DA RUA 7

Bebendo da fonte de M. Night Shyamalan, e pegando um pouco aqui e um pouco ali de filmes do gênero, estreia, com meses de atraso, Mistério da Rua 7, nova produção de terror com toques apocalípticos. Estrelado por Hayden Christensen, Thandie Newton, Jacob Latimore e John Leguizamo, o filme não é tão ruim, apesar do roteiro clichê e nada de inovador.

Na história, Luke (Hayden Christensen), Rose (Thandie Newton) e Paul (John Leguizamo) moram em Detroit, e de repente, acontece um apagão, onde todo mundo desaparece, menos eles, e umas outras pessoas por aí. De alguma forma, eles acabam se encontrando, junto com outro garotinho, James (Jacob Latimore), e descobrem que estranhas presenças que aparecem como sombras, são as responsáveis por tudo o que está acontecendo.

Mistério da Rua 7 até consegue ser interessante em vários momentos, mas nada demais. Tem um certo suspense com alguns sustos para quem gosta, e usar a escuridão da cidade é legal, só não tem nada de diferente, e já foi visto em filmes como Silent Hill e No Cair da Noite, entre muitos outros. O longa foca em lugares escuros e sombrios, mostrando a cidade completamente vazia, dando um toque mais apocalíptico, o que não dá para entender se é um filme de terror, ou de invasão, ou os dois.

O roteiro ainda coloca no meio algumas questões religiosas que só servem para ter um debate filosófico sobre o porquê de eles estarem vivos, e os outros não, ou é para ter alguma profundidade na história sem sentido. Os personagens são chatos, principalmente o de John Leguizamo, mas pelo menos se esforçam, e tem o Darth Vader adolescente, Hayden Christensen, em um papel diferente.

Se não bastasse, o filme não explica quase nada, muito menos quem são as criaturas e de onde vieram, o que é interessante até; se o filme fosse realmente bom, até daria para relevar, mas é no máximo razoável. Com um desfecho sem sentido e uma história batida, Mistério da Rua 7 é mais uma produção que não acrescenta nada no gênero, que só é divertido por causa dos cenários escuros e umas criaturas diferentes, e que não vai demorar muito para ser esquecida. Uma pena, porque a premissa é instigante.

Originalmente publicado em 2011. Editado em 2020.