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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | MEGATUBARÃO

Atualizado: 4 de nov. de 2021



Desde o lançamento de Tubarão, em 1979, o cinema abordou animais marinhos como “maquinas de matar”, rendendo grandes clássicos, e grandes bombas: Piranhas, Tentáculos, as sequências de Tubarão, Do Fundo do Mar; até os recentes Águas Rasas, Medo Profundo e Sharknado. A nova adição à lista, é o mega excêntrico Megatubarão, um filme que é aquilo que propõe: divertir; ainda mais colocar Jason Statham para enfrentar um tubarão gigante pré-histórico. Rainn Wilson, Cliff Curtis, Li Bingbing e Page Kennedy completam o elenco.


Um centro de pesquisa está investigando um possível habitat inexplorado, mas fossas das Marianas, quando um pequeno submarino é atacado por uma criatura gigantesca. Jonas (Jason Statham), um mergulhador especialista, é chamado para ajudar a resgatar a equipe. Se descobre que essa criatura é o Megalodon, um extinto tubarão, o maior de todos, que acabou fugindo de seu habitat e agora nada nas águas do mundo atrás de comida, causando o caos e morte por onde passa.


Megatubarão não é um filme sério, e é exatamente essa a proposta, para se divertir. É um filme B, com toques de elementos trash, divertido, e cumpre muito bem o seu papel. As cenas de ação empolgam; o humor e as piadas entretêm; há exageros nas cenas com o tubarão. Os produtores exageraram também em relação a fatos científicos; os dez metros a mais do tubarão, a, não comprovada, impossibilidade de haver um habitat tão abaixo da superfície, como mostrado no filme, e também o tamanho de cinco mil metros a mais das fossas das Marianas, além de leis da física, sem dar muita importância para isso. Afinal, um filme é para se divertir.



Os personagens de Megatubarão são clichês e sem novidades: o bilionário excêntrico, os alívios cômicos, a criança em perigo (colocaram até um cachorro nessa situação, coisa que não se faz), a cientista, o interesse amoroso, e é claro, Jason Statham. Um dos astros mais “fodão” do cinema, Stathan já enfrentou tudo que é criminoso e passou por situações difíceis; parecia que nada mais o impediria. Errado. Quem seria forte o suficiente para enfrentar um tubarão pré-histórico com mais de vinte metros? Talvez seja o personagem mais “carismático”, se é que pode dizer assim, que ele já fez. Jonas tem um conflito, uma situação no passado que o faz ser o que ele é hoje, nada tão aprofundado, mas é o suficiente para envolver o espectador. Statham fica meio retraído nas cenas de humor, soltando umas diretas, reagindo a piadas, mas se sai bem. Rola até um interesse amoroso, que não teria nenhuma química se acontecesse de fato.


O primeiro ato parece ser um filme científico, no estilo Do Fundo do Mar, com explicações, cenas no centro de pesquisa; tudo muito sério, mesmo com piadas, bem diferente da proposta do filme. Mas o segundo ato, é o tudo o que o filme prometeu, e muito mais: situações absurdas, sangue, mortes, ação envolvente e cheia de efeitos especiais; uma produção cara para o gênero. No fim, Megatubarão é aquele tipo de filme para entreter, não para assustar o público, como no clássico de Spielberg, mas para divertir, e que não se preocupa em parecer correto; nem os dados científicos são, porque o filme seria?






MEGATUBARÃO (THE MEG)


Ano: 2018

Direção: Jon Turteltaub

Elenco: Jason Statham, Rainn Wilson, Cliff Curtis, Li Bingbing e Page Kennedy



NOTA: 8,0




Disponível na HBO MAX.









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