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CRÍTICA | LIVRAI-NOS DO MAL

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 19 de set. de 2014
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de nov. de 2021


Filmes sobre exorcismos sempre chamam a atenção do público, e são poucos os títulos que valem a pena o ingresso. Scott Derickson, que dirigiu o ótimo O Exorcismo de Emily Rose e o interessante A Entidade, nos apresenta Livrai-nos do Mal, baseado nos arquivos reais do policial de Nova York, Ralph Sarchie, que presenciou em suas investigações, casos de possessão demoníaca. Com uma ótima ideia central nas mãos, o filme se torna mais do mesmo e acaba entrando no inevitável limbo dos clichês. Eric Bana, Joel McHale, Edgar Ramirez e Olivia Munn estrelam.


O policial Sarchie (Eric Bana) e seu parceiro Butler (Joel McHale) estão investigando macabros crimes e acabam descobrindo uma ligação com três soldados veteranos que estavam no Iraque. Mais tarde, o padre Mendonza (Edgar Ramirez) aparece, e diz que os casos se tratam de algo mais sobrenatural, onde forças demoníacas são as responsáveis pelos crimes.


Livrai-nos do Mal é uma mistura de suspense policial com um terror sobre exorcismo, e o que parece ser diferente, se torna previsível e recheado de clichês. Na história temos o personagem que perdeu a fé e o padre que vai ajuda-lo, os dramas familiares misturados com assombrações, o personagem que se acha engraçado, tudo conduzido por um roteiro meio que previsível que nos leva a um final visto em praticamente todos os filmes sobre exorcismo. O problema é que o filme foca mais nos sustos, ação e mistério, esquecendo o lado humano, que é muito importante para um filme de terror. Mas nem tudo está perdido, e a história prende a atenção do espectador, com seus mistérios, suspense, situações tensas, com vários sustos, cenas chocantes e um final bem arrepiante.



Por um lado, temos um roteiro meia boca; pelo outro, temos atuações ruins de ótimos atores. Eric Bana, que já é não muito expressivo e está sempre com cara de brabo, não passa emoção alguma, e só demonstra ser um policial durão que perdeu a fé; um pouco de sentimento não faz mal a ninguém, né? A personagem de Olivia Munn, a esposa de Sarchie, fica com todo o drama da história, e não convence nem um pouco com seus problemas de uma mulher que reclama da ausência do marido. Joel McHale é responsável pelo personagem cômico da história, soltando algumas piadinhas tão ridículas e desnecessárias, que até achamos graça. O maior acerto é o personagem de Edgar Ramirez, o padre que ajuda na investigação. Medonza é um padre moderninho que bebe, fuma e que já teve recaídas, fugindo do estereótipo do padre rígido, e convence muito mais do que qualquer outro personagem no filme.


Não dá para dizer que Livrai-nos do Mal é um filme ruim, mesmo tendo seus problemas no roteiro e no desenvolvimento dos personagens, e acaba sendo um filme de terror estiloso, com um clima sombrio e tenso. No fim, a produção de Scott Derrickson se torna mais um filme sobre exorcismo, sem nada de especial para mostrar, cumprindo o seu papel de apenas entreter o público.






LIVRAI-NOS DO MAL (DELIVER US FROM EVIL)


Ano: 2014

Direção: Scott Derrickson

Elenco: Eric Bana, Joel McHale, Edgar Ramirez e Olivia Munn



NOTA: 8,5




Disponível na NETFLIX.







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