CRÍTICA | JOGOS MORTAIS - O FINAL

Atualizado: 7 de out. de 2021

A principal fórmula do incrível sucesso da franquia Jogos Mortais, são as criativas armadilhas, junto com sangue e extrema violência. A trilogia principal ainda continua sendo a melhor, pelo fato de dar mais importância para a história também, situação oposta a partir do quarto filme. Hoje, chegamos a mais um capítulo desse sadismo todo, com Jogos Mortais – O Final, o sétimo capitulo dessa longa franquia, e o primeiro filmado com a tecnologia 3D.

O enredo continua sendo o mesmo de sempre. Sabemos que o detetive Hoffman (Costas Mandaylor) é o novo mandante das armadilhas, e decide continuar o legado de JigSaw, iniciando mais uma série de sadismo e muito sangue. Mas a diferença é que o roteiro tem algumas surpresas interessantes, e para você entender tudo, terá que fazer uma maratona completa de todos os filmes, principalmente da primeira trilogia.

Apesar desses detalhes pegando pontos importantes dos outros filmes, o enredo ainda é deixado de lado, dando espaço para as armadilhas de Hoffmann. Realmente, a maioria das pessoas não estão se importando muito para a história, o que elas querem ver são as vítimas tentando se livrar do perigo, e muito, mas muito sangue espalhado por todos os lados. E com isso, haja criatividade para criar essas engenhocas, fato que a franquia merece parabéns, porque é cada uma que não quero nem chegar perto. Como o próprio nome diz, no original, Saw 3D usa a tecnologia de terceira dimensão como um atrativo a mais para esse novo capítulo, que funciona algumas vezes, mas se limita a jogar membros na cara do espectador., o que não é ruim.

Que a franquia deixou de investir no roteiro, isso é fato, mas nesse “último capítulo”, conseguiu ser pior. Falta criatividade, não nas armadilhas, claro, não há personagens interessantes, e suas histórias e motivos para estarem sofrendo não são desenvolvidas. Tem pontos consideráveis na história, mas em geral, não envolve aquele que procura algo mais do que só as armadilhas, se baseando muito nos flashbacks. Chester Bennington, o vocalista banda Linkin Park, faz uma participação especial, preso em uma das armadilhas.

No mais, Jogos Mortais O Final tem tudo que o público quer: sangue, violência, tensão, armadilhas, a trilha sonora clássica e o assustador boneco andando de bicicleta. Não há nada de novidade, apenas referências aos filmes anteriores da franquia (isso pelo menos é interessante), e tem um final revelador, lembrando muito os três primeiros filmes. Não esqueça de fazer uma maratona com todos os filmes. E fica aquela pergunta: será que esse sétimo capítulo, é realmente o último? Não leve em consideração o que está no título, até porque, no original, não aparece.

Postado originalmente em 2010. Editado em 2020.