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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | JESSABELLE: O PASSADO NUNCA MORRE


Se o ano está bom para os grandes lançamentos, o contrário acontece com os filmes de terror. A Mulher de Preto 2 e Renascida do Inferno, por exemplo, foram muito ruins e repleto de clichês. Com um subtítulo estranho, mas que faz sentido, o lançamento da vez é Jessabelle - O Passado Nunca Morre, que foi lançado ainda no ano passado mas só agora chegou nos cinemas brasileiros, e nem precisava. Com uma mistura de seitas satânicas e crenças, Jessabelle é um filme que vai testar a paciência dos fãs de terror, não porque é um filme muito ruim, mas pelos seus elementos batidos. O filme é dirigido por Kevin Greutert, de Jogos Mortais 6 e 7, e é estrelado por Sarah Snook, Mark Webber, David Andrews e Joelle Carter.


O filme conta a história de Jessabelle (Sarah Snook), uma garota que sofreu um acidente de carro que a deixou temporariamente em uma cadeira de rodas, e para se recuperar, ela volta para a casa do pai, numa região afastada de Louisiana. A garota acaba descobrindo umas fitas com gravações feitas pela sua falecida mãe, e ao mesmo tempo é assombrada por um espírito maligno de uma outra garota, exatamente como sua mãe disse. Junto com Preston (Mark Webber), sua antiga paixão de colégio, ela começa a investigar sobre o que está acontecendo e acaba descobrindo que tudo tem relação com o seu nascimento.


A história de Jessabelle é interessante e diferente dos últimos lançamentos de filmes de terror, mas os famosos clichês acabam cansando o espectador: portas batendo, ruídos no teto, cena na banheira, gravações, objetos se mexendo, todos os clichês possíveis estão ali; Hollywood ainda insiste em usar as mesmas técnicas para dar sustos baratos nas pessoas. O enredo se desenvolve de forma rápida, com mistério e investigação, e não demora para começarem as cenas de terror, usando seitas satânicas para explicar a história e assustar as pessoas. As cenas são assustadoras e funcionam, criando uma certa tensão no espectador, e Jessabelle é muito bem trabalhado no suspense e nas situações, do que nos sustos em si, mas algumas são tão ridículas que você começa a rir, e não é porque a cena é legal. Outro problema do filme é a protagonista: a atriz se esforça em seu papel dramático, mas sua personagem não convence, mesmo tendo algumas boas atuações em algumas cenas, e a forma como ela lida com a perda de pessoas próximas é bem estranha, com um abatimento momentâneo e logo depois parece que tudo fica normal.



Com algumas partes bem nojentas e cenas trash, Jessabelle não é bom o suficiente para ser um digno filme de horror, o que é uma pena já que a premissa é ótima e o tema sobre rituais satânicos é algo bem interessante em um filme do gênero. A trama é mais suspense do que um terror e consegue trabalhar no mistério, com bastante investigação e criando partes tensas, que é ajudado pelo ambiente em que a história se passa (a cena do lago é visualmente linda e assustadora). Mas como já disse, os clichês e as mesmas abordagens dos filmes de terror e suspense cansam o espectador que está à procura de algo diferente e inovador. No fim, Jessabelle é apenas mais um filme de terror que pretendia se destacar no gênero, e tenta, mas não consegue, e ainda deixa um final em aberto para uma continuação que, por favor, não façam.






JESSABELLE: O PASSADO NUNCA MORRE (JESSABELLE)


Ano: 2014

Direção: Kevin Greutert

Elenco: Sarah Snook, Mark Webber, David Andrews e Joelle Carter.



NOTA: 5,0
















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