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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | IT: CAPÍTULO 2



Em 2017, estreou IT – Capitulo 1, filme sobre um palhaço demoníaco que assustava um grupo de crianças na cidade de Derry. O longa era baseado em uma obra do escritor Stephen King, que mostrava a história em duas épocas: o grupo de crianças enfrentando Pennywise, e a outra se passava 27 anos depois, com as crianças, agora adultas, enfrentando pela ultima vez o temido palhaço. Um telefilme foi lançado em 1990, com Tim Curry como o palhaço Pennywise, que tinha mais de três horas de duração.


Quando foi anunciado a nova versão de 2017, descobrimos que a obra de King ia ser adaptada em dois filmes, um em cada época que a história se passava. Com isso, o diretor Andy Muschietti pode trabalhar melhor na produção, sem parecer muito rápido, e nos apresentou uma das melhores produções daquele ano, com uma história bem redondinha, emocionante, assustadora e divertida, se tornando um enorme sucesso no cinema. As expectativas eram enormes para o segundo capitulo, principalmente sobre quais atores iam representar as crianças quando adultas. Muschieti retorna na direção de IT – Capitulo 2, não tão assustadora e divertida quanto o capitulo 1, mas grandiosa, entregando tudo o que o espectador queria, ainda que tenha algumas falhas. No elenco estão Jessica Chainstain, James McAvoy, Bill Harder, Jay Ryan, James Ransone, Isaiah Mustafa, Andy Bean e Bill Skarsgård.


Na história, que se passa 27 anos depois dos eventos do capitulo 1, os integrantes do clube dos perdedores, Beverlly, Richie, Bill, Ben, Eddie, Mike e Stanley, agora adultos, retornam a pacata Derry, para enfrentar de novo, e pela última vez, o palhaço Pennywise.


No primeiro ato, temos uma forte e tensa cena de abertura, para dai sermos apresentados aos personagens queridos do primeiro filme, agora adultos, matando a nossa curiosidade de descobrir como eles estão. O roteiro trabalha muito com flashbacks de quando os personagens eram crianças, além de mostrar momentos que não estavam no primeiro filme, por isso, os atores mirins aparecem bastante durante a produção. Com isso, ficou o desafio para o diretor de mostrar como eles estão atualmente, e contar suas histórias. E aí é que começa alguns tropeços.



Primeiro que a introdução dos personagens já adultos é rápida demais, onde o diretor joga muitas informações para o público; queríamos saber mais sobre a vida deles, mas já foi o suficiente para introduzi-los. Muschietti tenta ao máximo aproveitar os detalhes dos acontecimentos do livro de King, e acaba deixando muitas informações em aberto, sem nenhum desfecho, onde muitas passarão despercebidos pelo público. A edição também falha em contar detalhes da história de cada personagem, e os acontecimentos quando eles já estão em Derry, podendo muitas vezes, parecer um pouco arrastado; e olha que são quase três horas de filme.


Apesar dessas falhas, o filme não deixa de divertir, assustar e até emocionar, fazendo com que o espectador fique atento nos acontecimentos e no desenrolar da história, mas claro, sem toda a magia que o filme de 2017 teve, em todos esses sentidos.


O grande acerto de It – Capitulo 2, está na escolha dos atores para viverem os personagens adultos. É incrível como eles conseguem, com maestria, ser tão parecidos com os atores mirins, tanto na aparência, quanto no jeito de agir. Jessica Chainstain é Berverly, a única garota do grupo quando eram crianças, que agora é designer de moda e sofre com alguns relacionamentos abusivos; já o tímido e gago Bill, ficou a cargo do doutor Xavier de X-Men, James McAvoy, que agora segue carreira no cinema. O hipocondríaco e histérico Eddie é vivido por James Ransome, de A Entidade 2, diretor de uma empresa, e o novato Ben, é interpretado por Jay Ryan, que não é mais gordinho, e agora, ele é um arquiteto famoso.


O “boca suja” Richie é interpretado por Bill Harder, que trabalha apresentando shows de comédia, e o judeu Stanley é vivido por Andy Bean, que é socio de uma empresa de contabilidade. Contrario a todos, está Mike, interpretado por Andy Bean, que não saiu de Derry até que Pennywise reaparecesse. E falando nele, Bill Skarsgård retorna no papel do palhaço, com menos destaque que no filme anterior, mas ainda com uma ótima interpretação, ainda mais agora, que vemos um lado mais frágil e sensível de Pennywise.



Muschietti usa e abusa dos efeitos em CGI nas cenas do palhaço, parecendo artificial demais algumas vezes, além de focar mais no drama pessoal dos personagens, bastante desenvolvidos, deixando um pouco o terror de lado, mas ainda rende sustos em meio a muito humor e piadas. It – Capitulo 2 é inferior ao primeiro, mas é grandioso em seu conteúdo e desenvolvimento, apesar de algumas falhas no roteiro. Diverte, empolga, reúne os atores mirins, queridinhos por todos, junto com suas versões adultas, também carismáticas, criando um enorme vínculo com o público. A maioria dos acontecimentos seguem à risca ao livro de Stephen King, então, muitos já devem saber o que acontece, e para quem não sabe, espere grandes surpresas, boas e ruins, além de ter um desfecho bastante emocionante, com uma nostalgia maravilhosa, aliado a uma trilha sonora belíssima. Os mais sensíveis, e os que entraram a fundo na história, com certeza irão cair nas lagrimas; e quando que um filme de terror iria proporcionar isso?





IT: CAPÍTULO 2 (IT: CHAPTER 2)


Ano: 2019

Direção: Andy Muschietti

Elenco: Jessica Chainstain, James McAvoy, Bill Harder, Jay Ryan, James Ransone, Isaiah Mustafa, Andy Bean e Bill Skarsgård



NOTA: 9,0



















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