CRÍTICA | INVASÃO A CASA BRANCA

Atualizado: 23 de nov. de 2021

No cinema, nunca nenhum país teve tantos inimigos quanto os EUA, ou pelo menos, não escondem: os alemães, russos, japoneses, coreanos, por aí vai, e sempre rendem ótimos filmes mostrando a américa do norte vitoriosa, com muito patriotismo no meio. Lembrando o filme Duro de Matar, estrelado por Bruce Willis, Invasão À Casa Branca chega aos cinemas mostrando a Coréia do Norte como vilão, em um filme repleto de ação, que vai direto ao ponto com as famosas situações onde o personagem principal passa por tudo que é coisa, e sempre consegue se safar. Dirigido por Antoinie Fuqua, de Dia de Treinamento, o filme é estrelado por Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Angela Basset, Rick Yune, Dylan McDermott, Melissa Leo e Radha Mitchel.

O presidente dos EUA, Benjamim Asher (Eckhart) recebe a visita do primeiro ministro coreano na Casa Branca, quando um grupo de terrorista ataca o local, obrigando o presidente se refugiar, junto com os políticos coreanos. Asher os outros ministros americanos são feitos de refém pelo líder terrorista Kang Yeong (Rick Yune), e agora, cabe ao ex-agente do presidente, Mike Banning (Butler) enfrentar os terroristas na Casa Branca para salvar todos.

Invasão À Casa Branca é um ótimo filme de ação, como não se via há anos. O filme de Antonie Fuqcua não perde tempo em criar histórias, temos vínculos que são mostrados rapidamente e que funcionam, e também, sem muito suspense até chegar ao desastre. O ataque inicial a Casa Branca é sensacional, no estilo Roland Emmerich, bem executado e impressionante, prendendo a atenção do público a todo o momento, com tiroteios e explosões bem gráficas, mas nada de exagerado. Após isso, o personagem de Gerard Butler entra em ação, em um segundo ato bem diferente. Aqui, o suspense toma conta, e a tensão aumenta, se tornando um bem planejado filme de resgate. Mike Banning, um nome que soa muito bem (e quase melhor que John Mclane), enfrenta todos os terroristas sozinho, fato muito comum em filmes do gênero, com alguns exageros, claro, mas como é um filme, da para relevar. Ao mesmo tempo, o roteiro acompanha os acontecimentos dentro do Bunker onde o presidente está sendo mantido de refém. A tensão é maior, e mostra que os bandidos não estão brincando, em situações chocantes e inesperadas, com uma grande carga emocional.

Gerard Butler é o astro do filme, com um grande apelo dramático, mas em nenhum momento se sente intimidado pelos terroristas. Mike Banning é um personagem que não faz piadas, soltando apenas poucas ironias, e Butler faz isso de forma convincente, mostrando que o personagem é duro de matar (não é só uma referencia ao filme de Bruce Willis). Aaron Eckhart é o presidente dos EUA, que passou por um trauma, que tem relação com Banning, e se mostra firme contra os terroristas, mas sem poder fazer muita coisa. Uma das cenas com bastante carga emocional, é com a secretaria de defesa Ruth McMillan, interpretada pela oscarizada Melissa Leo, mas acaba se tornando histérica e patriota demais, podendo fazer algum espectador rir. Morgan Freeman, que já foi Deus e presidente, aqui é o vice. Ainda tem Dylan McDermot, que também é agente a serviço do presidente, com uma reviravolta pífia, e a esposa de Banning, Lea, interpretada por Radha Mitchel, personagem pouco explorada.

Norte-coreanos atacando os EUA, explosões, tiros, cenas de luta, mortes, com um personagem heroico, e muito patriotismo, Invasão À Casa branca é um filme tipicamente americano, com direito a elevação da bandeira americana, mostrando que o país é frágil, mas que sempre conseguirá vencer. É direto, ágil, bem executado, com empolgantes cenas de ação, alta carga de tensão, e muito heroísmo.