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CRÍTICA | IMPERDOÁVEL

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 28 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de dez. de 2024



Imperdoável, nova produção da Netflix, traz um tema que divide opiniões: alguém que cometeu um crime ou assassinato merece uma segunda chance? Merece um perdão? A produção, dirigida por Nora Fingscheidt e que é baseada em uma série de 2009, mostra exatamente isso, na visão da sempre talentosa Sandra Bullock, que interpreta Ruth Slater, uma mulher que terminou de cumprir sua prisão por matar um policial, há vinte anos atrás. Agora, ela precisa seguir com sua vida, e além dos problemas que enfrentará pelo seu crime, Ruth decide reencontrar sua irmã e dar um novo rumo à sua vida. Além de Bullock, estão no elenco Vincent D’Onofrio, John Bernthal, Viola Davis, Rob Morgan e Will Pullen.


Imperdoável é um filme nu e cru, toca direto na ferida da personagem de Bullock e não a poupa nem um pouco, mas fica a sensação que poderia ter sido mais aprofundado algumas questões. A trama é bem amarrada, sabe criar momentos de tensão, é angustiante em vários momentos, e o perigo que Ruth passa, sendo ameaçada pelo seu crime, acontece a todo instante. Ela tenta se restabelecer na sociedade, mas o passado e as pessoas envolvidas, não deixam. Enquanto a trama se desenvolve, vamos descobrindo o que aconteceu com Ruth e os motivos do qual ela foi presa, tudo através de flashbacks, deixando uma inesperada reviravolta para o final. O problema no roteiro, é que algumas situações são muito rasas, e os conflitos não tem a magnitude esperada para um filme do gênero. Imperdoável é tenso, angustiante, mas fica numa zona de conforto.


Sandra Bullock prova, mais uma vez, a incrível atriz que é, entregando uma interpretação arrasadora e irreconhecível, mais contida, quieta até a metade, mostrando a solidão da personagem em carregar o peso de ser uma “assassina de policial”, tentando ter uma vida “normal” em uma sociedade que não aceita dar uma segunda chance. Sua busca para reencontrar a sua irmã, Katherine (Aisling Franciosi), é comovente, mas o roteiro é mal conduzido em relação a elas, assim como o envolvimento dos pais adotivos da personagem. Outro nome de peso em Imperdoável é Viola Davis, em um papel menor e pouco aproveitado, ainda que tenha mais relevância no final, e toda a carga dramática da personagem está ali, só faltou um conflito melhor.



Um personagem que poderia fazer diferença na trama é o de John Bernthal, colega de trabalho de Ruth, já que é plantado um possível romance entre eles, mas que não vinga; a química entre eles parecia ser muito boa. Outro núcleo importante é dos filhos do policial que Ruth matou, razoavelmente bem desenvolvidos, e é interessante uma pequena reviravolta que acontece aqui.


Em geral, Imperdoável é um forte e poderoso drama sobre segundas chances, e tentar se restabelecer na sociedade, e que apesar dos problemas no desenvolvimento do roteiro, é eficiente em criar momentos de tensão, além de ter um plot twist inesperado que poderá mudar a visão de tudo que você teve até então. Alguns personagens poderiam ter mais destaques, e o conflito que os envolve com Ruth poderiam ser mais aproveitados, o que daria uma profundidade maior na trama, duplicando o impacto que a produção deixa no espectador, mas já é o suficiente para a trama nos envolver. E só pela atuação de Sandra Bullock, o filme já vale a pena.



IMPERDOÁVEL (THE UNFORGIVABLE)


Ano: 2021

Direção: Nora Fingscheidt

Distribuidora: Netflix

Duração: 112 min

Elenco: Vincent D’Onofrio, John Bernthal, Viola Davis, Rob Morgan e Will Pullen.




NOTA: 8,5


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