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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HUSH: A MORTE OUVE

Atualizado: 23 de nov. de 2021



O subgênero do suspense "home invasion", ou invasão domiciliar, em português, é um ótimo tipo de filme, porque algo assim pode realmente acontecer com a gente, e isso assusta bastante. O Quarto do Pânico (2002) com Jodie Foster e Kristen Stewart, Os Estranhos (2008), Reféns (2011) com Nicole Kidman e Nicholas Cage, Quando Um Estranho Chama (1979 e a refilmagem em 2006), e Você é o Próximo (2013), entre outros, são alguns exemplos mais famosos e que valem a pena fazer uma maratona. Dirigido por Mike Flanagan, de O Espelho e que lançará em breve O Sono da Morte, Hush - A Morte Ouve (2016), estrelado por Kate Siegel, esposa de Flanagan, é o mais novo filme desse subgênero, com toques de slasher, e que tem a mesma história do que os outros, mas com uma grande diferença: a protagonista é surda. No elenco ainda estão John Gallagher Jr, Samanthan Sloyan e Michael Trucco.


Maddie (Kate Siegel) é uma escritora surda e muda que vive sozinha em uma casa afastada da cidade. Em uma noite, um cara mascarado, aparece em sua casa com a intenção de matá-la, e com suas várias limitações, ela irá enfrentar o assassino até o final, num intenso jogo de gato e rato.


Hush traduzido para o português significa silêncio, e é assim que a personagem Maddie vive todos os seus dias: um silêncio total. E esse é o principal detalhe que faz com que o filme seja diferente de todos os outros do gênero. E não é só por colocar uma personagem surda, mas também por toda a sua limitação de não poder ouvir nada do que está acontecendo ao seu redor, ou gritar por socorro. No filme, Maddie não tem como saber, por exemplo, se o cara entrou na casa dela, e nem como ouvir os passos dele, deixando a situação ainda mais tensa, pois seria assim que ela saberia o que o assassino está fazendo. Hush tem muito suspense e deixa o espectador aflito com a situação da protagonista, mostrando cenas ótimas, impressionantes e bem planejadas, além de ter bastante violência e sangue. Kate Siegel, que interpreta Maddie, está ótima e sua personagem tem um carisma enorme que cativa o espectador, e o filme mostra a sua evolução à medida que vai enfrentando o problema. Ainda, mesmo que Maddie tenha suas limitações e parece estar indefesa, ela se mostra forte o suficiente para enfrentar o assassino que a persegue, em um sensacional embate que leva a um final eletrizante.



O único erro é que a revelação do assassino acontece cedo demais (mas pelo menos é diferente dos outros filmes do subgênero), porque a máscara é bem assustadora e o diretor poderia ter aproveitado mais a situação de Maddie para mostrar o assassino dentro da casa dela, algo parecido com o filme Os Estranhos. Mas nada disso estraga o mérito do filme. "Hush - A Morte Ouve" é um filme simples, não é exagerado, é bem planejado e tem muito potencial para ser um ótimo filme de suspense e terror, sendo muito superior a muitos filmes do gênero, e também, aos filmes que tem sido lançado nos últimos tempos. Não há indícios de uma continuação (ainda bem), e o filme não explica nenhum motivo do assassino querer matar pessoas, ou a personagem, mas dá para entender em uma única cena, e em um único detalhe. É um filme recomendadíssimo. Hush apareceu em alguns festivas pelo mundo, mas sem nenhuma distribuidora para lançar mundialmente, até que a gigante e maravilhosa Netflix comprou os direitos do filme e lançou em seu catálogo. Já está disponível desde o dia 8 de abril. Por tanto, não espere assistir esse ótimo suspense no cinema, o que é uma pena. Apague todas as luzes e se divirta!




HUSH: A MORTE OUVE (HUSH)

Ano: 2016

Direção: Mike Flanagan

Elenco: Kate Siegel, ohn Gallagher Jr, Samanthan Sloyan e Michael Trucco



NOTA: 9,0



Disponível na NETFLIX.












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