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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HOST: CUIDADO COM QUEM CHAMA

Atualizado: 3 de nov. de 2021



O subgênero do terror “found foutage”, fita encontrada, se popularizou com A Bruxa de Blair, em 1999, mas só ganhou força em 2007 com Atividade Paranormal, que rendeu seis filmes e vários outros no mesmo estilo, no qual destaco aqui o espanhol REC. Em 2014, um filme meio que parecido com esse subgênero estreou, Amizade Desfeita, só que ao invés de uma gravação amadora, a história acontece em uma reunião de bate-papo por Skype, onde cada um dos personagens estão em suas casas, e coisas estranhas acontecem durante a vídeo chamada.


Esse novo formato é chamado de “screenlife”, que dá ao espectador acesso aos computadores dos personagens, como se a gente estivesse participando da reunião, mas, estamos apenas assistindo. Em meio da pandemia do corona vírus, muitos filmes foram adiados, e outros tiveram as filmagens canceladas, e eis que surge o filme Host, produção que foi filmada durante a pandemia e que está fazendo o maior sucesso pelo mundo, estreando com mais de 90% de aprovação em sites renomados.


Antes de começar a critica do filme, vamos entender como surgiu a ideia. Lá em abril de 2020, bem no inicio da pandemia, o cineasta Rob Savage fez uma videochamada com alguns de seus amigos para fazer uma pegadinha: ele ia investigar estranhos barulhos em sua casa, e queria compartilhar com eles. Savage postou o feito no twitter, que rapidamente viralizou, chamando a atenção de produtores do cinema britânico, país de origem dos personagens, e que resultou em Host.


Na história, um grupo de amigas fazem uma reunião pelo aplicativo Zoom. Mas não é apenas uma simples reunião, e sim uma sessão espirita com uma médium, com o intuito de invocar algum espirito. Obviamente, tudo sai errado, e coisas sobrenaturais começam a acontecer, colocando a vida delas em risco.


Com apenas 55 minutos de duração, Host não perde tempo e vai direto no que interessa: assustar o espectador. Não há tempo para desenvolver os personagens, e isso pouco importa, apenas uma introdução já basta. Toda a ação acontece na frente de um computador, mostrando a câmera de cada um dos personagens, e acontece algo sobrenatural com eles. A tensão é constante e cresce cada vez mais, há bastante sustos e situações aterrorizantes que impressionam. Host é muito parecido com a franquia Atividade Paranormal, tem objetos e portas se mexendo, pessoas sendo puxadas e aparições sinistras nas câmeras.


Host abusa dos clichês, mas a diferença é que aqui realmente pode acontecer, como interferência na videochamada por causa do sinal da internet, imagens falhando, e isso deixa a situação toda ainda mais assustadora. A atuação das personagens também ajuda na tensão, e o espectador fica sempre atento em cada imagem da câmera delas para ver se algo acontece. O bom é que quando algo está para acontecer, a câmera foca em apenas uma das personagens.


Host é um filme simples e básico, mas muito eficiente em sua proposta de “assombração digital”, assusta, impressiona e cria uma intensa tensão que vai crescendo cada vez mais. Não há muita explicação sobre o que está acontecendo, e nem sabemos a origem de tudo, mas isso deixa a produção ainda mais misteriosa. Uma ideia que surgiu de uma brincadeira durante a pandemia, que viralizou na internet, e poderá ser responsável por inovar o subgênero do terror.





HOST: CUIDADO COM QUEM CHAMA (HOST)


Ano: 2020

Direção: Rob Savage

Elenco: Haley Bishop, Emma Louise Webb, Jemma Moore, Radina Dandrova e Caroline Ward



NOTA: 9,0




Disponível na NETFLIX.










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