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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HOMENS DE PRETO: INTERNACIONAL



Em 1997, o diretor Barry Sonnenfield trouxe Homens de Preto, uma aventura divertida, e diferente, sobre agentes que monitoram alienígenas que vivem na Terra. O sucesso resultou em duas continuações, todas com a dupla Will Smith e Tommy Lee Jones, que esbanjavam carisma (pelo menos o personagem de Smith) e simpatia, e terminou em 2012 de uma forma bastante emotiva. Sete anos depois, com a mania de Hollywood em fazer refilmagens e sequências de filmes mais antigos, eis que temos esse MIB – Homens de Preto Internacional, que traz de volta o terno preto, o apagador de memórias, seres alienígenas dos mais diversos, mas sem a famosa dupla Smith-Jones, em um filme que tinha um enorme potencial ao expandir a agencia, mas que se perde em um roteiro fraco e sem frescor. No elenco estão Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Liam Neeson, Emma Thompsom e Rafe Spall.


Molly (Tessa Thompson) é uma jovem que sonha em ser uma agente dos Homens de Preto, e acaba sendo recrutada, se tornando a agente M. Ao lado do agente H (Chris Hemsworth), eles têm que proteger um artefato misterioso para que ele não caia em mãos erradas.


O maior problema de Homens de Preto Internacional, dirigido por F. Gary Gray, está no seu roteiro muito pouco inspirado e sem muitas novidades. Basicamente, o que vemos é um reciclado os outros filmes da franquia, com uma história que envolve uma invasão, novamente, sem um bom desenvolvimento, e que conta com uma reviravolta bastante previsível. Os agentes M e H acabam visitando os mais diversos lugares e conhecendo vários alienígenas, mas muitas vezes não faz muito sentindo irem nesses tais lugares, parecendo que era só para “encher linguiça”. Outro problema são as cenas de ação, pouco criativas e sem nada de tão empolgante ou divertido, se apoiando bastante no humor e piadas entre os protagonistas; tem até uma referência ao Thor. E nem o final é inspirado, terminando de uma forma bem simples e nada que chame a atenção, ou que fique na memória do espectador.



Pelo menos, os personagens são interessantes e razoavelmente desenvolvidos, como é o caso da personagem de Tessa Thompson. Seu sonho era encontrar a agencia dos Homens de Preto e se tornar uma agente, onde acaba se tronando parceiro do agente H (Chris Hemsworth). Aliás, aqui, eles repetem a parceria de Thor Ragnarok, e continuam demonstrando a mesma sintonia quando estão juntos. Liam Neeson e Emma Thompson tem participações especiais: Neeson é o chefe da agencia na filial em Londres, e Thompson é a recruta da agente M.


Outro erro está no mau aproveitamento dos vilões da trama, quase que esquecidos e sem nenhum aprofundamento, tudo muito rápido e fácil de serem derrotados. Destaque para o fofo e pequeno alienígena Pawny, na voz de Kumail Nanjiani, que dá um charme ao longa, e está sempre junto dos agentes H e M.


A tentativa de expandir o universo dos Homens de Preto é válida e interessante, que poderia até render “crossover” entre os filmes, mas o diretor F. Gary Gray não souber conduzir direito a trama, trazendo uma produção sem nenhuma novidade, sem sua própria identidade, e sem nada de marcante. Entrega um final bem morno, diferente dos apresentados na trilogia original, em uma trama que se sustenta no humor ácido e em uma reviravolta básica. Um ótimo elenco desperdiçado em uma história pouco criativa. Sim, diverte e é um bom entretenimento, mas nada demais.





HOMENS DE PRETO: INTERNACIONAL (MEN IN BLACK: INTERNATIONAL)


Ano: 2019

Direção: F. Gary Gray

Elenco: Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Liam Neeson, Emma Thompson e Rafe Spall



NOTA: 7,0


















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