CRÍTICA | HOMENS DE PRETO 3

Lançado em 1997, Homens de Preto trouxe Tommy Lee Jones e Will Smith como agentes de uma organização ultra secreta que cuida e investiga vida alienígena na Terra. Com bastante humor, piadas, seres carismáticos e estranhos, o filme ganhou uma continuação, em 2002, sem o charme do anterior, ainda divertida, mas acabou não fazendo o mesmo sucesso do primeiro. Após um hiato de dez anos, o diretor Barry Sonnenfield, junto com Jones e Smith, retornou para uma divertida terceira parte, trazendo o tema viagem no tempo como plano de fundo, em uma trama interessante e com uma surpresa revelação no final. Josh Brolin, Emma Thompson, Jemaine Clement, Alice Eve e Michael Stuhlbarg completam o elenco.

O perigoso alienígena Bóris (Jemaine) escapou da prisão lunar onde estava preso há 43 anos, e agora pretende causar uma invasão alienígena na Terra. Com o desaparecimento do agente K (Jones), o agente J (Smith) deve voltar ao passado, em julho de 1969, para impedir que a raça humana seja extinta, que contará com a ajuda do agente K (Josh Brolin) mais novo.

Em uma espécie de “De Volta Para o Futuro” com alienígenas, o roteiro de Etan Cohen consegue trazer frescor e novidades na trama, algo que o segundo filme não conseguiu. Com mais humor e piadas do que os outros dois juntos, o terceiro capítulo dos agentes de terno preto diverte, inova, mostrando uma ótima ambientação dos anos 60, principalmente dos seres alienígenas, de como eles imaginavam que eram nessa época; e colocando o fato da viagem do homem a lua deu um charme maior ainda. A maquiagem e os efeitos especiais estão impecáveis, fato que a franquia Homens de Preto sempre se saiu bem. Em Homens de Preto 3, a história flui melhor e é mais trabalhada, brinca o tempo todo com o fato de ter o personagem do passado e o do futuro, e mesmo não sendo nada de novo colocar viagem no tempo como plano de fundo, aqui funciona perfeitamente, graças ao constante humor.

Will Smith, e seu agente J, repete o jeito engraçado que sempre torna o filme divertido; Tommy Lee Jones, e seu agente K, que não está presente na trama principal, continua misterioso e sem expressão. Mas o destaque é Josh Brolin ao interpretar o agente K mais novo. O veterano ator conseguiu captar toda a essência do personagem, as expressões inexpressivas, o jeito misterioso e que fala pouco. Outro personagem que ganha destaque, é o carismático e sensível alienígena Griffin, interpretado por Michael Stuhlbarg, com poderes de ver o futuro, tornando-o um dos personagens mais queridos da franquia. A chefe dos homens de preto, a agente O (Emma Thompson), é desperdiçada na história, assim como a sua versão mais jovem dos anos 60, interpretado por Alice Eve.

Como o agente K disse para o agente J: “Só prometi os segredos do universo”, fato que a trama leva a o pé da letra, rendendo ótimas surpresas, revelações e muito mistério envolvido. Homens de Preto 3 é uma ótima comédia, repleta de humor dos variados tipos, que consegue trazer um frescor novo à série, em uma história sobre viagem no tempo interessante e que funciona, fazendo você rir em vários momentos. E ainda, somos brindado com um final surpresa bastante sentimental, servindo como uma homenagem a trilogia de Barry Sonnenfield.