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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA



Quando Homem-Formiga estreou em 2015, a produção surpreendeu por ser mais simples e descontraída do que os outros filmes da Marvel, sem as épicas batalhas com muita destruição. Já a continuação, Homem-Formiga e a Vespa, introduziu o Reino Quântico, um universo minúsculo totalmente diferente e que seria decisivo na batalha contra Thanos, em Vingadores: Ultimato. Agora, iniciando a fase 5 do Universo Cinematográfico da Marvel, temos Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, que apresenta de vez o Reino Quântico – a trama toda se passa lá -, e que será muito importante para toda essa nova fase, além da introdução do futuro vilão da Marvel, Kang, nos cinemas. O diretor Peyton Reed (que também dirigiu os dois filmes anteriores) leva a saga do Homem-Formiga para um outro nível, mais épico e grandioso, mas mantendo toda a essência, e acaba se tornando o melhor filme do herói. Na trama, Scott (Paul Rudd), Hope (Evangeline Lilly), Cassie (Kathryn Newton), Janet (Michelle Pfeiffer) e Dr. Hank (Michael Douglas), para dentro do reino quântico, e acabam encontrando uma civilização inteira dominada pelo Conquistador Kang (Jonathan Majors). Bill Murray e Corey Stoll também estão no elenco.


Quantumania é bem diferente dos filmes anteriores do Homem-Formiga, e não demora para mostrar isso: uns dez minutos depois do início da aventura, a família Van Dyne/ Lang já é puxada para dentro do Reino Quântico, encontrando lugares e criaturas que jamais haviam imaginado que existia. A trama acontece após os eventos de Vingadores: Ultimato, explorando o drama familiar dos personagens depois o BLIP, e todo o desenvolvimento se passa dentro do Reino Quântico. Com isso, Quantumania é praticamente todo feito em CGI, e o novo universo lembra muito Star Wars, e até Viagem Ao Centro da Terra: são diversas criaturas estranhas de todas as formas possíveis, e um cenário incrível, colorido, e rico em detalhes, totalmente diferente dos outros mundos dentro do MCU. Esse novo universo é comandado por Kang (Jonathan Majors), vilão que construiu um poderoso império e que tomou posse de todo o Reino Quântico, e é a primeira aparição no cinema do futuro vilão do próximo filme dos Vingadores, que tem previsão de estreia para 2025. Majors faz um incrível trabalho como Kang, dosa bem o tom ameaçador do vilão sem parecer exagerado, é intimidador, se acha superior a todos, e ainda consegue ter um certo carisma com seu jeito calmo e pleno. É uma ótima introdução do personagem no MCU, muito bem construído – com algumas ressalvas -, e parece ser um vilão realmente poderoso que pode alterar linhas do tempo dos multiversos e até destruí-los; com certeza vai dar muito trabalho para os vingadores.



O fato é que o Homem-Formiga nunca teve uma aventura digna e do mesmo patamar de seus colegas vingadores – a nível de ação -, mas com Quantumania, isso mudou. Primeiro que a introdução do Reino Quântico é um acerto memorável da produção e uma ótima adição para o MCU, mostrando toda uma biodiversidade incrível, tem identidade própria, e um leque de possibilidades para explorar esse mundo. E em relação as sequências de ação, não deixa nada a desejar: tem lutas que lembram muito a saga Star Wars, várias criaturas do Reino Quântico participam dos embates, e toda a sequência final com Kang não faz feio em relação a épica guerra no final de Vingadores: Ultimato. E entre uma batalha e outra, o roteiro ainda explora os segredos envolvendo os Lang e os VanDyne, e a relação entre eles. Kathryn Newton é a filha de Scott Lang, Cassie, já adolescente – o herói ficou “preso no BLIP” por cinco anos -, uma personagem sensível, corajosa e que consegue criar uma boa dinâmica com Paul Rudd, resultando em uma divertida relação entre pai e filha. O nosso herói pequenino Homem-Formiga está mais evoluído e maduro, mas existe nele um vazio pelo fato de não estar mais em ação com os vingadores, e Michelle Pfeiffer (Janet VanDyne) esconde segredos dos anos que ficou presa no Reino Quântico. Ainda tem uma divertida participação especial de Bill Murray, uma carismática e fofa criaturinha rosa que “não tem nenhum buraco” e que te faz beber uma gosma, e a aparição bizarra de MODOK, bastante criticada pelos fãs.



Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é um ótimo início para a fase 5 do MCU, com uma ótima introdução do Reino Quântico, que será muito importante para o futuro dos filmes da Marvel, e ainda que tenha incríveis sequências de ação do mesmo nível dos Vingadores, fica uma sensação que poderia ter sido mais ousado, ido mais além. Mas é só uma sensação mesmo, porque o que nos é apresentado está ótimo. Peyton Reed fecha a trilogia de Scott Lang/ Homem-Formiga com mérito, misturando humor, drama familiar, ação na medida certa, e a introdução de um vilão forte e realmente ameaçador que vai dar muito trabalho no futuro. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania tem duas cenas pós-créditos muito importantes. “Kang irá retornar”.



HOMEM FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA


Ano: 2023

Direção: Peyton Reed

Duração: 125 min

Elenco: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Kathryn Newton, Michelle Pfeiffer, Michael Douglas, Jonathan Majors, Bill Murray e Corey Stoll.



NOTA: 9,5



Disponível no Disney +















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