CRÍTICA | HOMEM-FORMIGA E A VESPA

Dos novos heróis (filmes) que a Marvel vem lançando, Homem-Formiga é um dos mais divertidos e interessantes da produtora. Se a crise política é abordada em Pantera Negra, a ficção em Guardiões da Galáxia, e a magia de Doutor Estranho, os filmes do Homem Formiga são, basicamente, comédias; vide o primeiro filme do herói minúsculo. Agora, chega a vez de Homem-Formiga e a Vespa, de Peyton Reed, que nos dá um alívio após os eventos chocantes de Guerra Infinita, onde a história se passa quase dois anos depois dos acontecimentos de Guerra Civil. No elenco estão Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michael Pena, Michelle Pfeiffer, Laurence Fishburne, Hannah John-Kamen e Judy Greer.

Scott Lang/Homem Formiga (Paul Rudd) está em prisão domiciliar por causa dos eventos de Guerra Civil. Faltando menos de uma semana para a prisão acabar, Hope Van Dyne/ Vespa (Evangeline Lilly) e Hank Pyne (Michael Douglas) pedem ajuda a Scott para resgatar a mãe de Hope, Janet (Michelle Pfeiffer) que está presa no reino quântico.

Homem-Formiga e a Vespa chega e uma excelente hora, onde muita gente ainda está perplexa da forma como terminou Guerra Infinita. Apostando no humor leve, o filme acaba se tornando uma comédia despretensiosa, com muita ação e alguns momentos emotivos, lembrando muito as produções dos anos 90. Não tem ligações com os outros filmes da Marvel, apenas situa o período que a história passa, e uma cena pós-créditos. Assim como teve no primeiro filme, os objetos aumentam e diminuem de tamanho, fato que ajuda a dar mais diversão nas cenas de ação, deixando tudo mais interessante. Não tem um grande vilão, ou alguma ameaça interestelar, mas eles são interessantes e tem motivações razoáveis. Destaque para o reino quântico, elemento muito importante para os próximos filmes da Marvel, que cria belos e interessantes cenários que, mesmo sendo extremamente menor, mostra a grandiosidade desse novo universo.

Paul Rudd é o ator ideal para o papel do herói, e seu timing cômico é incrível, criando uma grande empatia e divertindo o público. Ainda que em menor quantidade em relação ao primeiro longa, o drama de Scott, lidando com as escolhas entre ser pai e herói, é explorado. Evangeline Lilly, famosa pela série LOST, prova que também é a escolha ideal para ser a Vespa, e sua química com Paul é muito boa. Ainda que ele entregue um divertido personagem, é Michael Pena, e seu engraçado Luis, que rouba a cena, com muito bom humor e a sua famosa “narração” dos acontecimentos. Mas é Ava Starr/Fantasma, interpretada por Hannah John-Kamen, que deixa um pouco a desejar. Não é uma grande vilã, mas tem um motivo interessante, ainda que segue a linha da batida vingança. E ainda tem a participação sempre ótima de Michelle Pfeiffer, mãe de Hope, e esposa de Hank, interpretado por Michael Douglas.

Homem-Formiga e a Vespa é bem diferente dos outros filmes da Marvel, não tem aquela “pegada” de Blockbuster, e se torna uma simples e despretensiosa comédia de ação, bem construída e desenvolvida, mostrando o que um herói faz nas horas vagas. Com bastante humor e cenas de ação intensas, com uma ambientação muito anos 90, o filme de Peyton Reed entrega uma ótima diversão de duas horas de duração. A produção tem duas cenas pós créditos. A primeira, é uma enorme revelação, e um choque, para quem já estava esquecendo os eventos de Guerra Infinita, deixando os fãs ainda mais curiosos por Ultimato. Já a segunda, é lá no final de todos os créditos, nada de relevante para o Universo da Marvel, mas é engraçadinha.