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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HOMEM FORMIGA


São vários super heróis que surgiram nos cinemas, e todos conseguiram se destacar fora dos quadrinhos: Homem de Ferro, Capitão América, Batman, Thor, Homem Aranha, são os que mais conseguiram esse feito. Praticamente a Marvel e a DC não lançaram nada de novo ultimamente, a não ser continuações e reboots de seus grandes sucessos (com exceção de Guardiões da Galáxia ano passado). Aliás, esse último foi uma jogada arriscada da Marvel, que estava preocupada com a aceitação do público com esses novos super heróis, mas no fim, tudo deu certo e se tornou um dos maiores sucessos de 2014, com uma continuação agendada.


Esse ano é a vez de um outro super herói, pouco conhecido pelo grande público, tentar a sorte fora dos quadrinhos: Homem-Formiga, que tem pela frente um grande desafio de ganhar espaço nesse concorrido mundo dos super heróis nos cinemas. Sem nenhuma novidade, mais uma vez a Marvel acertou em cheio com o Homem Formiga, conseguindo fazer um ótimo filme que ganhou os críticos, mesmo não surpreendendo nas bilheterias. Paul Rudd é o novo super herói da vez, e no elenco ainda estão Michael Douglas, Judy Greer, Evangeline Lilly, Michael Pena e Corey Stoll.


Scott Lang (Paul Rud) acabou de sair da prisão, e tem dificuldades em conseguir um emprego e retomar o relacionamento com sua filha e sua ex-mulher, Maggie (Judy Greer), que é agora está casada com um policial. Scott era um ladrão experiente e agora está tentando mudar de vida, e vê uma oportunidade de fazer isso quando o dr. Hank Pynn (Michael Douglas), que desenvolveu uma fórmula/roupa capaz de diminuir um ser vivo, o chama para ser o Homem-Formiga. A ameaça da vez é Darren Cross (Corey Stoll), ex discípulo de Hank, que criou uma forma parecida de encolher as pessoas, e que quer vender para um terrorista que tem planos de usar como uma arma militar.



Dos filmes de super heróis, Homem-Formiga é o mais diferente e inusitado de todos, e ainda consegue ser original. O filme não tem épicas batalhas como os outros, e tudo é mostrado de uma forma simples e sem exageros. Por ser o primeiro filme de um novo super herói, o espectador presencia o surgimento do personagem: conhecemos sua história e como isso o levou a se tornar o minúsculo herói. O roteiro é simples e direto, não tem as grandes cenas de ação como em Os Vingadores ou Homem de Ferro, e consegue prender e cativar o público, mostrando o lado humano dos personagens.A proposta desse novo super herói pode ser bem estranha, mas tem uma genialidade incrível: ele diminui de tamanho para enfrentar seus inimigos, e ainda conta com a ajuda das formigas, uma delas apelidada carinhosamente de Anthony, para chegar a lugares de difícil acesso; a interação dele com as formigas é sensacional. Um detalhe que deixa o filme com um charme ainda maior, é nas cenas em que o herói encolhe e mostra os lugares do ponto de vista dele próprio, com a ajuda de bons efeitos especiais, que resultam nas cenas mais interessantes da produção, incluindo uma fantástica batalha em cima de um trem de brinquedo, que do nosso ponto de vista, fica totalmente engraçado.


Um outro ponto a favor é de o roteiro focar bastante na história dos personagens, nos seus problemas e suas buscas para se tornar alguém melhor. O principal foco é a relação de Scott com sua filha e a ex-mulher: ele é um ex-presidiário que se arrependeu do que fez e busca a confiança de sua família, e vê a oportunidade de consertar tudo ao se tornar o Homem-Formiga. Tem também os problemas da relação do cientista Hank com a sua filha, Hope, interpretada por Evangeline Lily (da série LOST). Assim como Robert Downey Jr. foi a escolha certa para ser o Homem de Ferro, aqui, acontece o mesmo com Paul Rud: ele tem um ótimo desempenho graças a sua simpatia e simplicidade, e é o ator perfeito para o herói. Michael Pena é o grande destaque dos coadjuvantes, sempre fazendo graça, e é o responsável pelas piadas, que junto com Scott e outros dois amigos, protagonizam situações hilárias. Corey Stoll (da série House Of Cards) é o vilão da vez, que se sente rejeitado por Hank, e só o vemos em uma luta de verdade na cena final.


Ninguém deu muita fé após anunciarem a adaptação de Homem-Formiga para o cinema, mas Marvel é a Marvel e com certeza não iria resultar em algo ruim. Não espere cenas de ação com muita destruição, pois é um filme totalmente diferente dos outros, mostrando uma história simples, mais humana, com um herói muito carismático que ganha o público facilmente. A história, repleta de humor, referências a outros filmes da Marvel (Os Vingadores e Homem de Ferro), além de piadas com Titanic, prende sua atenção e se torna um ótimo divertimento. Um detalhe: o filme é bem diferente do que é mostrado nas histórias em quadrinhos. Trazer Homem-Formiga para os cinemas foi uma tática arriscada da Marvel, mas certeira. Tamanho não é documento. Aviso: tem duas cenas extras, uma no meio dos créditos e outra após que valem a pena serem vistas.






HOMEM FORMIGA (ANT MAN)


Ano: 2015 Direção: Peyton Reed Elenco: Paul Rudd,Michael Douglas, Judy Greer, Evangeline Lilly, Michael Pena e Corey Stoll



NOTA: 9,0












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