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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA



Provavelmente, o personagem mais famoso, e querido, do Universo da Marvel, é o Homem-Aranha, junto com o Homem de Ferro. O primeiro filme do aracnídeo surgiu lá em 2002, com Tobey Maguire, resultando em uma trilogia, a mais amada pelos fãs. Depois, foi a vez de Andrew Garfield viver o herói em dois filmes, chamados de “O Espetacular Homem-Aranha”, que dividiu bastante os fãs. Nessa época, o MCU já estava em andamento, e todos esperavam que o aranha entrasse no time dos Vingadores, e isso aconteceu em Capitão América - Guerra Civil, mas com outro ator: Tom Holland. Depois, veio o primeiro filme do novo Homem Aranha, De Volta ao Lar, já dentro do Universo Cinematográfico da Marvel, seguido por Longe de Casa, e agora, Sem Volta Para Casa. Considerado o maior evento desde Vingadores Ultimato, “No Way Home” marca o fim da primeira trilogia de Holland como o aranha, em um filme “fan service” maior do que tudo que você já viu.


A trama acontece minutos depois do final de Longe de Casa, onde o dr. Mysterio revela para todos que Peter Parker (Tom Holland) é o Homem-Aranha. Essa revelação acaba afetando não só ele, mas todos ao seu redor, e o aracnídeo decide procurar o Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) para ajudá-lo a fazer com que todos esqueçam que ele é o herói. Mas o feitiço que Strange usa dá errado, e ele acaba abrindo um portal para vários multiversos, trazendo grandes problemas para a realidade deles.


Homem-Aranha Sem Volta Para Casa é um dos melhores filmes da Marvel, e o melhor filme do aracnídeo já lançado, e sim, realmente é o maior evento cinematográfico desde Vingadores Ultimato. Mas não é pelas grandiosas sequências de ação, como no próprio Vingadores, e sim, por juntar o universo de todos os filmes do Homem-Aranha. As referências aos outros filmes do herói vêm a todo instante, em “easter-eggs” fantásticos e de “explodir a cabeça” dos fãs, onde algumas são em formas de piadas e humor. Há um monte de detalhes, por isso, fazer uma maratona antes de assistir o novo filme, é uma boa pedida. Como aparece nos trailers, então não é spoiler, os vilões dos outros filmes do aranha aparecem nessa sequência, e a trama toda gira em torno deles: Doutor Octopus (Alfred Molina), Electro (Jamie Foxx), Duende Verde (Willem Dafoe), Homem Areia (Thomas Haden Church) e Lagarto (Rhys Ifans) retornam ao filme, para a alegria de todo mundo.



Uma marca constante nos filmes com Tom Holland, era o fato de o Homem-Aranha nunca ficar sozinho na trama. Em De Volta Ao Lar, o seu “mentor” era o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.); já em Longe de Casa, era Mysterio (Jake Gyllenhaal). Agora, em Sem Volta Para Casa, finalmente o personagem pode brilhar sozinho, assumindo o protagonismo de seu próprio filme, apesar de o Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) aparecer em algumas cenas. A produção tem uma carga dramática muito forte onde você, com certeza, vai se emocionar, ou até chorar. Mas o diretor John Watts soube dosar toda essa emoção com bastante humor, outra marca forte desses novos filmes, e as cenas de ação, que não chegam no mesmo nível que Ultimato, mas são as melhores da nova trilogia do Homem-Aranha.


Um dos maiores charmes dos filmes do Homem-Aranha no MCU, é o trio de protagonistas, Tom Holland, Zendaya e Jacob Batalon, que são melhores amigos. A sintonia entre eles é maravilhosa, são carismáticos e comovem o público de uma forma que nem os amigos do aracnídeo, nos filmes de Tobey e Andrew, conseguiam. Particularmente, gosto mais do Homem-Aranha de Holland do que os de Tobey e Andrew: os filmes são mais divertidos, o ator é mais simpático e carismático, além de que, o herói é imaturo e não sabe lidar com várias situações, mas vai aprendendo com seus erros, e tem um coração bom, que nem sempre o favorece, e isso fica mais evidente no seu novo filme. Peter Parker tem momentos fortes e pesados para lidar, lidando com sentimentos de raiva e arrependimento, e está melhor do que em seus filmes anteriores. Jacob Batalon faz um Ned incrível e engraçado, protagonista de várias piadas, e Marisa Tomei também retorna como a tia May, com uma forte carga dramática.



Sem dar spoilers, provavelmente, o ponto alto de Sem Volta Para Casa, e o mais esperado, é se os outros dois Homens Aranhas vão aparecer na produção, e quem são eles. Porém, não é o único “hype” do filme. Tão importante quanto isso, são os vilões dos outros filmes do Homem-Aranha, de Tobey e Andrew, já que o multiverso é aberto, trazendo-os para a “realidade atual” do Universo da Marvel. Todos têm seus momentos de glória e redenção, mas é o dr. Otto Octavius/Octopus (Alfred Molina), e o dr. Norman Osbourne/Duende Verde (Willem Daffoe), os grandes destaques entre eles. Vê-los em ação é um dos momentos mais incríveis que os fãs da Marvel vão presenciar, mas já aviso: há mais coisas para vir.


Depois do final da sessão de Homem-Aranha Sem Volta Para Casa, ficou evidente que a produção era o evento cinematográfico mais esperado dos últimos anos. John Watts entrega uma produção feita para os fãs, cheia de referências e “easter eggs” aos outros filmes do herói, como se fosse uma homenagem aos filmes de Tobey Maguire, Andrew Garfield, e do próprio Tom Holland. Tem uma trama comovente e emocionante, onde em um momento, você fica triste, e logo em seguida, você vibra de emoção com as inúmeras surpresas que o diretor preparou para o público. A jornada de Tom Holland, e seu Peter Parker, no Universo Cinematográfico Marvel, não podia ter uma conclusão melhor, emocionante e grandiosa, assim como o filme todo, e que mudará totalmente o rumo das próximas produções do estúdio. A princípio, não é o ultimo filme do Aranha com Holland, mas não tem nada confirmado ainda. E tem duas cenas pós-créditos, ou seja, fique até o final da sessão. E tem mais uma coisa, mas vou deixar quieto.




HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA (SPIDER-MAN: NO WAY HOME)


Ano: 2021

Direção: John Watts

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Benedict Cumberbatch, Jacob Batalon, Marisa Tomei, Alfred Molina, Willem Daffoe, Jamie Foxx, Thomas Haden Church, Rhys Ifans



NOTA: 10















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