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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | HALLOWEEN (2018)

Atualizado: 25 de out.



O primeiro Halloween, dirigido por John Carpenter lá em 1978, foi grande responsável por impulsionar o subgênero “Slasher” nos cinemas, gerando os intermináveis filmes da franquia Sexta Feira 13, A Hora do Pesadelo, entre outros. Um monte de sequências da franquia Halloween surgiram, incluindo um reboot em 2007, mas o único que mais se destacou foi Halloween H20: Vinte Anos Depois, em 1998. Então, temos esse novo Halloween (2018), dirigido por David Gordon Green, que simplesmente esquece todos os outros filmes lançados e que é uma sequência do primeiro filme. Jamie Lee Curtis volta a interpretar Laurie Strode, e completam o elenco Judy Greer, Andi Matichak e Will Patton. Na trama, quarenta anos se passaram e Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) vive reclusa em uma casa no campo, à espera do assassino Michael Myers voltar. Perto da noite de Halloween, Michael, que estava preso em um manicômio, consegue escapar e vai atrás da filha de Laurie, Karen (Judy Greer), e sua neta, Allysson (Andi Matichak).


Ignorando todas as sequências da franquia, o novo Halloween segue a narrativa do filme original, e ao mesmo tempo, faz uma homenagem com vários elementos da obra de John Carpenter. O diretor David Gordon Green retorna à história para a fictícia Haddonfield, agora bem diferente, já que se passaram quatro décadas, mostrando o que aconteceu com Laurie Strode, e os avanços do mundo moderno. Halloween consegue passar toda uma nostalgia do original, como a clássica música de abertura, os assassinatos, com bastante suspense e sustos, mas menos sangue. O roteiro basicamente mostra Michael Myers matando um monte de gente sem nenhum motivo aparente, até chegar na personagem de Jamie Lee Curtis, tornando alguns personagens, e suas mortes, desnecessárias. Mas pelo menos, o número de mortes é maior.



Trazer Jamie Lee Curtis para o filme foi o maior acerto. Laurie Strode é essencial, e a retratação de como ela estaria anos depois é ótima: uma personagem “fodona” pronta para enfrentar o maníaco, mas ainda com algum medo e ressentimento; lembrando que a história ignora todos os filmes, ou seja, Strode enfrentou Michael Myers apenas uma vez, no filme original. Judy Greer, que interpreta a filha dela, Karen, é bem descartável, se mostrando uma personagem histérica, chata, e mesmo que tenha uma boa virada no final, continua sem sal. Andi Matichak é Allysson, neta de Laurie Strode, uma personagem que poderia estar no mesmo nível que a própria Strode, já que ganha bastante destaque, mas o seu brilho é ofuscado pelo roteiro, e pela própria Jamie Lee Curtis.


Halloween (2018) tem uma reviravolta que, na minha opinião, estragou um pouco o filme, mas o fôlego é alcançado novamente no tão esperado embate final entre Michael Myres e Laurie Strode, que não decepciona os fãs; é o embate que levou quarenta anos para acontecer. Esse novo Halloween é um dos melhores filmes da franquia, (o H20 de 1998 ainda é superior), tem uma história interessante, e muito suspense, criando uma atmosfera tensa, com a ajuda da trilha sonora, muitas mortes, e que traz uma nostalgia para os fãs do filme original, mas ainda não está 100%. E já está confirmado uma sequência para 2021. Teremos muito Michael Myers ainda.



HALLOWEEN


Ano: 2018

Direção: David Gordon Green

Distribuidora: Unibversal Pictures

Duração: 106 min

Elenco: Jamie Lee Curtis, Judy Greer, Andi Matichak e Will Patton



NOTA: 8,0


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