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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | GUERRA MUNDIAL Z

Atualizado: 4 de nov. de 2021



Os filmes zumbis é um subgênero que já está se esgotando, sem novidades e muitos filmes parecidos. Popularizado por George Romero com A Noite dos Mortos Vivos, lá nos anos 60, teve picos nos anos 80, onde eram famosos por comer cérebro, e passou por vírus e doenças, como na saga Resident Evil, Extermínio, e por aí vai, onde iam atrás de carne humana para se alimentar. Passou ainda por comédias, como Tá Todo Mundo Morto e Zumbilandia, e até séries de TV, a famosa The Walking Dead. Guerra Mundial Z, do diretor Marc Foster, é a mais nova adição ao subgênero, filme que passou inúmeros problemas na produção, onde todo o terceiro ato foi refilmado, aumentando o orçamento para quase $200 milhões. Estrelado por Brad Pitt, Guerra Mundial Z é baseado em um livro, e foge dos outros filmes de zumbis, se mostrando algo diferente e repleto de ação.


Uma epidemia global se alastrou, onde se infectam através de mordidas, se tornando um zumbi. Gerry (Brad Pitt), um ex-agente da ONU, é chamado para rodar o mundo atrás de informações, com o intuito de deixar sua família em segurança, para vencer essa epidemia.


Guerra Mundial Z passou por vários problemas antes de ser lançado, e muitos não acreditavam que o filme se sairia bem; e contrariando a todos, o longa de Marc Forster é uma épica e empolgante aventura de zumbis. Deixando o sangue e a carnificina de lado, comum em filmes desse tipo, o filme já começa com bastante ação e tensão, mostrando o início da epidemia, deixando todos curiosos sobre o que está acontecendo, e nervosos também, graças ao jogo de câmera mostrando o impressionante ataque. E isso continua até o final, com poucos momentos onde o espectador possa relaxar; e mesmo assim, somos apresentados a várias informações sobre o que está acontecendo, e dicas sobre como eles podem vencer esse ataque global. Gerry visita vários lugares, onde sempre acontece algo de errado, seguindo um ritmo frenético, com cenas muito bem feitas, ótimos efeitos especiais, uma excelente maquiagem dos zumbis, aliados a uma trilha sonora bonita e melancólica, onde tudo se encaixa bem.



O carisma de Brad Pitt ajudou muito na sua atuação e na identificação com o público. Gerry não tem um jeito carrancudo, é determinado e sabe o que está fazendo, mas é a preocupação com sua família que o deixa mais próximo do espectador. Os outros personagens estão ótimos, e vários se destacam, mas muitos não tem relevância na trama. Destaco aqui a personagem Sergez, interpretada pela atriz israelense Daniella Kertesz, um soldado do exército que acompanha Gerry para protege-lo. Sergez não fala muito, mas consegue passar um carisma que nos faça torcer por ela.


Carregado com um drama familiar, Guerra Mundial Z é direto no que propõe, tem uma história boa, apoiada com as ótimas cenas dos ataques zumbis, que cada vez a dificuldade vai aumentando, apesar de ter ficado muito repetitivo. O desfecho tem um ritmo bem diferente do restante do filme: tem os zumbis e as perseguições, mas de forma mais lenta, além de terminar de uma forma bem emocionante, deixando um gancho para uma possível continuação. Se você espera um filme sangrento e cheio de carnificina, irá se decepcionar, mesmo que tenha um pouco, mas de forma sutil, e isso é um diferencial muito bem vindo, tornando uma épica aventura de zumbis. Apesar dos problemas de produção, o filme Marc Forsters dá a volta por cima, é eficiente, tem ótimos efeitos especiais, e é emocionante na medida certa, envolvendo, com louvor, o espectador na trama do filme. E se um dia acontecer alguma epidemia de zumbis, que eles não sejam como no filme, correndo que uns condenados.





GUERRA MUNDIAL Z (WORLD WAR Z)


Ano: 2013

Direção: Mark Forster

Elenco: Brad Pitt, Mireille Enos, Daniella Kertesz.



NOTA: 10




Disponível na HBO MAX.










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