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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | GODZILLA VS. KONG

Atualizado: 1 de abr.



Lá em 2014, se deu início o tão esperado “monsterverse”, com o primeiro filme do Godzilla. A ideia era, aos poucos, também introduzir outro famoso monstro, King Kong, e coloca-los para se enfrentarem. Em 2017, o gorila fez a sua estreia nesse universo, com Kong: Ilha da Caveira, trazendo de volta os clássicos filmes de monstros, e dois anos depois, a continuação "Godzilla 2: Rei dos Monstros" chegou para, finalmente, ligar a história das duas criaturas e prepara-los para a tão esperada batalha.


E então, Godzilla vs. Kong fez sua estreia nos cinemas, prometendo pancadaria e um espetáculo visual incrível, pelo que foi apresentado nos trailers; e é exatamente isso que a produção entrega, mas só. Adam Wigard ficou encarregado levar a batalha dos monstros para as telas, e estão no elenco Millie Boby Brown, Rebecca Hall, Alexander Skarsgård, Kyle Chandler, Bryan Tyree Hnery, Demian Birchir e Kaylle Hotlle.


A trama segue dois caminhos distintos, mas que acabam se cruzando. Godzilla começa a atacar algumas cidades por algum motivo que ninguém sabe. Madison (Millie Boby Brown), junto com seu amigo, Josh (Julian Dennison) e o blogueiro Bernie (Bryan Tyree Henry), tentam descobrir o motivo, enquanto a antropóloga Ilene (Rebecca Hall), e o geólogo Nathan (Alexander Skarsgård), precisam levar Kong para a terra Oca, um mundo novo no núcleo da Terra.


Um dos problemas dos filmes do Godzilla era sempre o núcleo humano, mal desenvolvidos e com uma trama batida e confusa; claro, o que interessava mesmo era o rei dos monstros enfrentando as outras criaturas, que apareciam poucas vezes. Em Godzilla vs Kong, acontece o mesmo. A trama tem um início confuso, não é tão interessante, assim como os núcleos dos personagens. Parece que apenas inventaram uma história para que os monstros tivessem um motivo para se enfrentarem. Mas não é tão ruim assim, tem algumas partes interessantes, principalmente nas referências a obra de Julie Verne, Viagem Ao Centro da Terra. E claro, no meio disso tudo, temos alguns embates entre Kong e Godzilla, e também separados com outras criaturas.



O que menos importa é o núcleo humano, e até os próprios produtores sabiam disso. O que todos querem ver é o aguardado embate entre os dois monstros. E o resultado é muito positivo. Kong e Godzilla protagonizam batalhas épicas, com um visual arrebatador, incrivelmente belo e efeitos especiais de primeira, muito barulho e destruição, do jeito que a gente gosta. Há também um cuidadoso trabalho na estética do filme, principalmente na batalha final, com as luzes de neon na cidade de Hong Kong. Mas não é só nos embates entre eles que nos impressiona, mas também quando os personagens vão para a Terra Oca, com um visual incrível e um novo mundo cheio de possibilidades para se explorar.

Como já disse, a trama que envolve os personagens humanos é bem desinteressante, mas isso é o de menos. Millie Bobby Brown, que esteve em Godzilla 2, retorna como Madison, e faz parte do núcleo mais legal da trama, junto com seu amigo, Josh (Julian Dennison), e o blogueiro conspirador Bernie (Brian Tyree Henry). Rebecca Hall, Alexander Skarsgård e Eiza González, são os protagonistas do núcleo humano mais sem graça, apesar de fazerem parte dos momentos mais fofos com King Kong.


No fim, Godzilla vs. Kong vale mais a pena pelos impressionantes efeitos especiais, e as grandiosas batalhas entre os dois monstros, do que pela trama em si, sem muito desenvolvimento e entediante em alguns momentos, mas nada que vá atrapalhar a sessão. O cuidado visual que os produtores tiveram é incrível, com cenários belíssimos e realistas, cheio de cores e detalhes, recriando, da melhor forma possível, os clássicos filmes de monstros do cinema. A produção cumpre seu papel de blockbuster: diversão descompromissada, entretenimento, e cenas épicas.



GODZILLA VS. KONG


Ano: 2021

Distribuidora: Warner Bros. Pictures

Direção: Adam Wigard

Elenco: Millie Boby Brown, Rebecca Hall, Alexander Skarsgård, Kyle Chandler, Bryan Tyree Hnery, Demian Birchir, Eiza González e Kaylle Hotlle.


NOTA: 8,0


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