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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | GODZILLA 2: REI DOS MONSTROS

Atualizado: 1 de abr.



Godzilla é um dos maiores ícones dos filmes de monstros do cinema, e a forma como a criatura é representada pelos americanos é bem diferente da original: enquanto na américa ele sempre foi mostrado como um monstro que ataca e destrói cidades, no lado oriental do planeta, Godzilla é visto como um super-herói que está do lado dos seres humanos lutando contra criaturas que ameaçam a Terra. Em 2014, o diretor Gareth Edwards trouxe um pouco desse lado oriental do monstro, mostrando-o enfrentando alguns titãs, como são representados no filme, ainda que tenha muito da visão dos americanos: um filme catástrofe.


A ideia é, na verdade, fazer uma espécie de “universo compartilhado” de alguns monstros, como acontece nas HQ’s. Em 2017, Kong – A Ilha da Caveira, filme do gorila gigante, foi introduzido nesse universo, e teve muitas referências a Godzilla durante a produção, inclusive em cenas pós créditos. Isso tudo levará para o tão esperado e iminente confronto dos dois maiores monstros do cinema: Kong e Godzilla. Mas antes da tão aguardada batalha, temos Godzilla 2 - O Rei dos Monstros, continuação direta do longa de 2014 que tem a promessa de trazer mais elementos clássicos do universo de Godzilla. Ken Watanabe e Sally Hawkins retornam na sequência, e Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Kyle Chandler e Charles Dance, são as novas adições no elenco.


Godzilla 2 se passa cinco anos após os eventos que destruíram a cidade de São Francisco, nos EUA. A história mostra as consequências da batalha de Godzilla com alguns dos Titãs, focando em uma família, a dra. Emma Russell (Vera Farmiga), Mark Russell (Kyle Chandler), e Madisson (Millie Bobby Brown). Ao mesmo tempo, um grupo de terroristas, liderado por Allan Jonah (Charles Dance), começa a acordar todos os titãs que estão adormecidos na Terra, e cabe agora ao rei dos monstros, Godzilla, enfrentar as criaturas e manter a ordem no planeta.



Godzilla 2 realmente é um filme de monstros, com mais batalhas entre eles do que o anterior. No filme de 2014, a história do núcleo humano tomava conta da trama, deixando de lado o que mais interessava: as criaturas se enfrentando; mas o final, pelo menos, compensava. O filme de 2019 não foge muito desse problema, porém, Godzilla e os outros “Titãs” tem mais destaque na trama, mas claro, nem tudo ficou “aquelas maravilhas”. O roteiro se perde com as introduções de cada monstro, se tornando cansativo e repetitivo, mas nada que impedirá de o grande público se divertir, talvez aqueles mais exigentes.


Ainda no roteiro, o dramalhão do núcleo humano e as suas motivações, em especial a personagem de Vera Farmiga, são bastantes duvidosas. Vera Farmiga, Kyle Chandler, e Millie Bobby Brown compõem o núcleo familiar, com o típico drama de pais separados, onde suas atuações não são memoráveis, e ainda acho que a personagem de Millie deveria ter mais destaque, já que ela é a mais inteligente na trama. Charles Dance é o terrorista querendo acordar os monstros para o Godzilla enfrenta-los (na verdade, os motivos são bem mais complexos). Ainda tem a curta participação especial de Ken Watanabe e Sally Hawkins, que repetem seus personagens do filme de 2014, de longe os mais interessantes e sensatos de todos.



Os maiores destaques realmente são os monstros que travam batalhas pelo mundo todo, destruindo tudo que vêm pela frente; há uma reviravolta bem interessante entre eles. São um total de 17 desses Titãs adormecidos na Terra, mas somente alguns ganham destaques: Mothra, Ghidorah e Rodan, que participam das batalhas contra Godzilla, os outros aparecem apenas em pequenos momentos nos noticiários. Aqui o destaque, vai para a equipe de fotografia, que cria um visual belíssimo das criaturas, definindo uma cor especifica para cada um: Azul para Godzilla, verde para Mothra, amarelo para Ghidorah, e vermelho para Rodan; que aliás, destaque maior para Mothra, de longe o monstro mais lindo de todos. A batalha de Godzilla com os Titãs é espetacular, as melhores do cinema nos últimos anos, se aproximando muito dos filmes japoneses, mas com a tecnologia atual. E ainda tem a trilha sonora clássica de Godzilla, que dá um charme maior na produção.


Apesar de alguns erros na trama, Godzilla 2 – O Rei dos Monstros é um dos filmes mais épicos do ano, trazendo tudo que um filme de monstro tem que ter, com efeitos especiais incríveis, visual das criaturas belíssimos, e uma fotografia que chama muito a atenção e que se destaca o tempo todo, principalmente nas cenas das batalhas entre as criaturas. Hollywood ainda insiste em associar Godzilla a um filme catástrofe, apesar de a destruição das cidades ser iminente, mas pelo menos, ele é visto não só como um monstro que precisa ser abatido, mas também como um herói que está do lado dos humanos para proteger e manter a ordem no planeta Terra. Durante a trama, há varias menções a Kong e a ilha da Caveira, mas ainda não temos nenhuma dica de como acontecerá o encontro tão esperado entre King Kong e Godzilla. Aguardaremos ansiosamente. Há uma cena pós créditos.



GODZILLA 2: REI DOS MONSTROS (GODZILLA: KING OF THE MONSTERS)


Ano: 2019

Distribuidora: Warner Bros. Pictures

Direção: Michael Dougherty

Elenco: Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Kyle Chandler, Charles Dance, Ken Watanabe e Sally Hawkins


NOTA: 9,0


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