CRÍTICA | GHOSTBUSTERS - MAIS ALÉM

O primeiro filme dos Caça-Fantasmas marcou o cinema nos anos 80, misturando comédia e horror em um divertido filme. Estrelado por grandes nomes, como Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis (que faleceu em 2014), Ernie Hudson, Sigourney Weaver e Rick Moranis, a produção, que foi dirigida por Ivan Reitman, resultou em uma continuação, lançada em 1989, que dividiu a opinião dos fãs, mas foi um enorme sucesso. Anos depois, em 2016, uma espécie de reboot, com mulheres como protagonistas, foi lançada, massacrada pelos fãs, e grande parte da crítica, mas, particularmente, acho um excelente filme.

Os fãs sempre foram “assombrados” pela ideia fazer um reboot, ou trazer de volta uma franquia adorada, e eis que foi lançado Ghostbusters Mais Além, que é uma continuação dos dois longas originais, servindo como um reinicio para a franquia, abrindo novos caminhos para futuros filmes. Dessa vez, Jason Reitman, filho de Ivan Reitman, ficou a cargo da direção, e a produção tem no elenco, Finn Wolfhard, McKenna Grace, Celeste O 'Connor, Logan Kim, Carrie Com, Paul Rudd, e algumas participações bastantes especiais.

Na trama, Callie (Carrie Coon), se muda para uma antiga casa do seu pai, no interior de uma cidadezinha no meio do nada, com seus dois filhos, Trevor (Finn Wolfhard) e Phoebe (Mckeena Grace). Eles acabam descobrindo que tem alguma ligação com os caça-fantasmas originais, enquanto uma nova ameaça fantasmagórica começa a aparecer na pequena cidade.

Para quem assistiu os dois primeiros Caça-Fantasmas, a experiência com Ghostbusters - Mais Além, vai ser de pura nostalgia. Pegando o legado de seu pai, e usando isso a favor, Jason Reitman faz um filme repleto de easter-eggs (referências) aos filmes originais, com as roupas, o famoso carro, as mesmas armas, e muito mais, além de alguns personagens já conhecidos, e filmagens da produção original na internet. Mas para a nova geração, e aqueles que nunca assistiram, também vai ser divertido. O diretor aposta em várias referências a cultura pop, tanto atual quanto a antiga, além de manter toda uma ambientação que remete aos anos 80. E isso funciona, também, por causa dos efeitos especiais, misturando com a alta tecnologia, e os efeitos práticos usados na época. São duas horas de puro entretenimento.

A produção acertou na escolha do elenco, fazendo personagens cativantes e divertidos, conseguindo honrar o elenco original. Os quatros amigos, Trevor (Finn Wolfhard, de Stranger Things, IT), Phoebe (McKenna Grace), Lucky (Celeste O 'Connor) e Podcast (Logan Kim), estão em ótima sintonia, com destaque para McKennna Grace, competente no papel da jovem nerd, e que consegue carregar o protagonismo da produção com muito carisma e humor. Um detalhe interessante que vale a pena ressaltar: é legal ver Finn Wolfhard protagonizando um filme dos Caça-Fantasmas, depois de vê-lo usar a roupa original na série Stranger Things. Paul Rud já é conhecido por fazer filmes de comédia e humor, e aqui, faz um professor de geografia, e fã dos eventos do filme original, e por fim, Carrie Coon, mãe de Tervor e Phoebe, que começa um pouco contida, mas que se solta após uma possessão fantasmagórica.

Ghostbusters Mais Além é a continuação que todos esperavam, repleta de referências aos clássicos filmes, mantendo todo o universo, elementos e ambientação, e de quebra, ainda deixa “portais abertos” para possíveis continuações. E quanto as participações especiais, sim, o elenco original aparece, agora, em qual momento do filme, o que eles fazem, e se todos realmente aparecem, você terá que assistir para descobrir. E fique atento, tem duas cenas pós créditos. Se você não assistiu, vale a pena fazer uma maratona com os dois filmes originais.