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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | GHOSTBUSTERS - APOCALIPSE DE GELO



Ghostbusters – Mais Além, lançado durante a pandemia em 2021, trouxe toda a nostalgia da franquia original dos anos 80, além de uma bela homenagem a um dos integrantes do time dos caçadores de fantasmas, Harold Ramis – falecido em 2014 -, e a presença do elenco original, Bill Murray, Dan Aykroyd e Ernie Hudson. Ainda, o elenco contava com o carisma de Paul Rudd, a presença de Finn Wolfhard (da série Stranger Things), e a queridinha do momento McKeena Grace. A trama se passava em uma cidade no interior dos EUA, e no final, uma cena pós-crédito mostrava o clássico carro da franquia – o Ecto 1 -, chegando em Nova York, cenário da franquia original, indicando que uma continuação estava nos planos da Sony.


Três anos depois, temos Ghostbusters – Apocalipse de Gelo, novo filme da franquia que traz todos os personagens do filme anterior, além de a trama se desenrolar na sede original dos caçadores de fantasmas, o clássico prédio de tijolo em Nova York. A história mostra a família Spengler sendo os novos caça-fantasmas e morando em Nova York. O problema começa quando uma esfera misteriosa surge, aprisionando um antigo demônio chamado Garraka, conhecido pelo seu forte poder de congelar grandes impérios. Agora, cabe aos Spengler's, e os antigos ghostbusters, impedir que a cidade seja congelada.


O roteiro de Apocalipse de Gelo gira em torno da dinâmica familiar dos Spengler's, onde cada personagem tem um drama pessoal especifico; o que mais se destaca é o de Phoebe (McKenna Grace), com a sua crise existencial e a sua amizade com uma garotinha fantasma. Além disso, existem algumas tramas paralelas - os problemas que a família passa e o arco do ex-integrante dos caça-fantasmas Ray (Dan Aykroyd), que introduz o vilão Garraka -. Jason Reitman, que ficou no cargo de roteirista dessa vez, consegue desenvolver bem todos esses arcos, trazendo momentos divertidos, muitas referências, personagens carismáticos, mas peca em mostrar o tal “apocalipse de gelo” do título do filme.



Aos poucos, o roteiro vai se desenvolvendo para chegar no tal vilão, criando um suspense e mistério que vai se misturando com o restante da trama, só que isso leva praticamente o filme inteiro. O vilão Garraka, e todo o seu reinado de gelo, aparece somente no desfecho, que se estende um pouco, e o embate final com os caça-fantasmas é muito simples – até a sequência inicial da perseguição pela cidade é mais emocionante -. Vale destacar os efeitos em CGI, e alguns práticos, que até valem a grande parcela dos U$ 100 milhões gastos, mas novamente bato na tecla do reinado de gelo do vilão Garraka, que se limita a estacas de gelo, neve digital e nevascas congelantes.


Assim como aconteceu em Mais Além, os personagens novos interagem com os antigos, e essa dinâmica é excelente e rende boas lembranças. Além disso, Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, e Annie Potts, tem muito mais tempo em tela do que no filme anterior, e ainda conta com as participações divertidas de Patton Oswalt e William Atherton; a ressalva aqui é a participação de Murray, que simplesmente surge do nada no final. Paul Rudd é um dos atores mais carismáticos de Hollywood, e em Apocalipse de Gelo ele está mais paternal, tentando ser um pai para Phoebe e Trevor, e junto com Carrie Coon, forma um casal bem simpático.  


A adição de Finn Wolfhard - o preferido da grande maioria dos fãs da série Stranger Things - no primeiro filme foi certeira, mas na continuação ele parece estar perdido, sem muitos momentos marcantes. O contrário acontece com Mckenna Grace e sua Phoebe, que com sua crise existencial de adolescente, e a tocante interação com a garotinha fantasma Melody (Emily Alyn Lind), move praticamente todos os acontecimentos da trama. Kumail Nanjiani é o novo integrante do elenco, interpretando Nadeem Razmaadi, um personagem bem importante para a trama, mas muito chato.



Enquanto o primeiro filme queria expandir a franquia dos Caça-Fantasmas para a nova geração, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo passa a sensação de ficar parado no tempo, sem muitas novidades para adicionar na franquia, e teria ficado melhor se o roteiro explorasse mais o vilão Garraka, de longe um dos mais interessantes de todos. No mais, o novo filme se torna uma aventura familiar divertida e que vale o ingresso pela diversão, a nostalgia, as referências, e a interação entre os personagens antigos e os novos.  Por fim, acredito que a Phoebe de Mckenna Grace possa ser o futuro da franquia. Vale a pena investir na personagem.




GHOSTBUSTERS - APOCALIPSE DE GELO (GHOSTBUSTERS - FROZEN EMPIRE)


Ano: 2024

Direção: Gil Kenan

Distribuidora: Sony Pictures

Duração: 116 min

Elenco: Paul Rudd, Finn Wolfhard, McKenna Grace, Carrie Coon, Bill Murray, Dan Aykroyd e Ernie Hudson



NOTA: 8,0






















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