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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | FÚRIA DE TITÃS (2010)

Atualizado: 4 de nov. de 2021



Fúria de Titãs, a versão original de 1981, é um grande clássico do cinema, e faz parte de um gênero que, mesmo estando em alta na época, não era muito explorado: os filmes épicos. Pégasus (o cavalo voador), a Medusa, Cerberus, e o famoso Kraken, eram os grandes atrativos dessa produção que marcou a época, instigando a nossa imaginação, e assisti-lo nos dias de hoje, dá uma enorme nostalgia. Recentemente, há uma mania de Hollywood em fazer refilmagens de grandes clássicos, que nem sempre funciona, e o novo Fúria de Titãs, com Sam Wartington, Liam Neeson e Ralph Fiennes, é esse caso.


Perseu (Sam Wartington) é um semi-Deus, filho de Zeus com uma mortal. Após uma revolta dos Deuses, Hades (Ralph Fiennes) aparece na cidade de Joppa, ameaçando destruí-la se caso Andrômeda (Alexa Davalos) não seja sacrificada pelo monstro Kraken. Correndo contra o tempo, o rei convoca guerreiros para encontrar uma forma de derrotar a criatura, e Perseu acaba liderando o grupo.


Quem conhece a versão original de Fúria de Titãs, provavelmente não gostará da nova versão do diretor Louis Leterrier: há personagens novos, outros foram modificados, e alguns esquecidos. Junto com o péssimo 3D, o roteiro é fraco, e as motivações não convencem, deixando o drama de Andrômeda sem nenhuma emoção. Pelo menos, o desenrolar da história não é rápido. A fotografia e os efeitos especiais são bons, e as cenas de ação são bem coreografadas e empolgantes, e a diversão seria melhor se o filme fosse rodado direto com câmeras em 3D, ou então sem o efeito.


Fúria de Titãs mantém vários personagens do original, como Perseu, Hades, Zeus, Andromeda, e algumas criaturas da história grega: a Medusa, que está “bonita” demais para ter sido amaldiçoada, o monstro Kraken, exagerado nos efeitos especiais que o acabam deixando muito “falso”, e Pégasus, que agora está em uma versão preta, mas todos sabemos que o cavalo voador é branco.



Não há um bom desenvolvimento dos personagens, e os novos são facilmente esquecidos e desnecessários na trama, forçando um interesse amoroso de Perseu com Io (Gemma Arterton). Sam Wartington está péssimo, sem vida e sem carisma, parecendo estar no piloto automático, empolgando apenas nas suas cenas de ação. Liam Neeson e Ralph Fiennes, que são Zeus e Hades, respectivamente, estão bem dentro das limitações do roteiro, com diálogos rasos e sem poder fazer algo de interessante na trama.


A nova versão de Fúria de Titãs convence apenas nas cenas de ação e nos efeitos especiais, que na verdade, é o que as pessoas querem assistir, e provavelmente vão gostar, e tente evitar o péssimo 3D da produção. No geral, o filme de Louis Leterrier é ruim, história fraca, personagens sem muito carisma, e as mudanças da versão original, na minha opinião, não agradaram muito, o que pode acontecer com quem assistiu ao filme de 1981. A diferença entre as duas produções é notável, e prefiro ficar com o original. E você também deveria. Os efeitos especiais são um pouco precários demais, por causa da época do lançamento, mas vale muito mais a pena, e a nostalgia vai ser bem melhor.


Postado originalmente em 2010. Editado em 2020.





FÚRIA DE TITÃS


Ano: 2010

Direção: Louis Leterrier

Elenco: Sam Wartington, Liam Neeson, Ralph Fiennes, Alexa Davalos, Gemma Arterton e Mads Mikkelsen.



NOTA: 5,0




Disponível na NETFLIX e na HBO MAX.













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