CRÍTICA | FÚRIA DE TITÃS 2

Atualizado: 4 de nov. de 2021

Lançado em 2010, Fúria de Titãs era uma refilmagem homônima de um filme lançado em 1981, mostrando Deuses e suas mitológicas criaturas. Envolto de muito entusiasmo, o longa de Louis Leterrier, foi um fracasso de crítica, mas sucesso de bilheteria, garantindo uma sequência que chega aos cinemas, Fúria de Titãs 2. Além das mudanças da história (algumas partes), de alguns personagens, e a ausência de outros, a maior crítica foi o enredo fantasioso (não entendi o porquê), e os efeitos especiais, incluindo o 3D. A Warner Bross prometeu corrigir os erros do filme de 2010 nesse novo, mas acaba cometendo outros. Sam Warthington, Liam Neeson, Raplh Fiennes, e Danny Houston retornam na sequência; as novas adições no elenco são Rosamund Pike, Toby Keppel e Édgar Ramirez.

Após a luta contra Kraken, Perseu, que agora é viúvo, vive em uma vila de pescadores com o seu filho, Helios. Hades e Ares prendem Zeus no submundo com a intenção de liberar Cronos. Sem ter muita opção, Perseu é obrigado a resgatar seu pai, Zeus, com a ajuda de Andrômeda, e o filho de Poseidon, Agenor.

O Fúria de Titãs de 2010 tinha seus erros, e as mudanças no enredo e personagens, em relação ao original de 1981, deixavam muito a desejar, mas a tinha uma história boa e interessante. O filme que estreia essa semana, parece que foi criado uma história aleatória como motivo para fazer o filme. O enredo não é muito interessante, e utiliza o drama familiar, aqui entre pais e irmãos, como motivo de vingança. Não é nada criativo, e duvido que os grandes Deuses se prestariam a um drama assim; porém, pelo menos, a história é curta e direta, sem muita enrolação, e o longa compensa nas suas cenas de ação, com destaque para luta no final contra Cronos. Realmente, os efeitos especiais estão melhores, apesar de algumas cenas de ação muito rápidas, e a fotografia também está boa, com cenários grandiosos, como o submundo de Hades.

Sam Warthington retorna como o semi Deus Perseu, que pelo menos, agora está com mais reação; Liam Neeson, Ralph Fiennes e Dany Hostoun também retornam como Zeus, Hades e Poseidon, respectivamente, e são os mais interessantes personagens do filme, e juntos, o drama familiar até funciona. Dos rostos novos, temos Rosamund Pike, que substitui Alexa Davalos como Andrômeda, que está no filme só para ter um rosto bonito; Toby Keppel é o filho de Poseidon, um trambiqueiro bêbado que pode ser digno do trono (?) cuja história não é muito aprofundada, e Edgar Ramirez como o Deus Ares, que tem um motivo raso para sua vingança contra seu pai, Zeus, mas funciona como o vilão da história.

Com ares de videogame, fases e chefões, o longa de Jonathan Liebesman tem um resultado final mediano, que se salva nos efeitos especiais e nas cenas de ação empolgantes, principalmente na batalha contra Cronos e Perseu em cima do seu Pegasus negro. No quesito de história, o filme de 2010 é mais interessante, e serve mais como um divertimento, nada que acrescente algo de extraordinário ao cinema, e na mitologia grega.