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Foto do escritorPaulo Ricardo Cabreira Sobrinho

CRÍTICA | FUJA



Em 2018, o diretor Aneesh Chaganty nos apresentou o tenso Buscando, sobre um homem tentando descobrir o paradeiro de sua filha, de 16 anos, através de fotos e vídeos dela. A produção fez um enorme sucesso, mostrando que o desconhecido diretor conseguia criar uma excelente trama de suspense. Agora, ele repete a dose com seu novo filme, Fuja, do streaming Hulu, mas que estreou no Brasil pela Netflix. O suspense e a tensão são pontos fortes da produção, que tem bastante semelhanças com Louca Obsessão, de 1990, e estão no elenco Sarah Paulson, Kiera Allen e Sara Sohn.


Chloe (Kiera Allen) é uma jovem debilitada que toma vários remédios, e vive reclusa em sua casa com sua mãe, Diane (Sarah Paulson). Aos poucos, Chloe começa a suspeitar que sua mãe está lhe dando remédios errados, se questionando das reais intenções dela.


Uma das grandes surpresas do ano, Fuja é um thriller repleto de suspense e mistério que envolve o espectador desde o início, com a impactante história da personagem de Paulson, até seu desfecho revelador. O diretor consegue nos deixar aflitos com tudo o que acontece com a jovem, e o suspense vai aumentando à medida que ela começa a investigar, nas tentativas, na verdade, já que ela não tem acesso a muitas coisas, e precisa fazer tudo escondido de sua mãe. A trama foca bastante na relação entre as duas personagens, incluindo segredos e revelações que nem suspeitávamos que poderia ser; mérito do roteiro, simples, mas bem desenvolvido.


Outro ponto forte da produção, é a competente atuação das protagonistas, interpretadas por Sarah Paulson e Kiera Allen. Paulson está assustadora no papel de Diane, uma mãe controladora que faz de tudo para cuidar de sua filha, mas com atitudes duvidosas, papel que caiu perfeitamente para ela, vide aos seus personagens na série American Horror Story. Impulsiva, inteligente e cheia de segredos, Diane se mostra determinada a proteger sua filha, até as últimas consequências.



Mas é Kiera Allen que brilha como a jovem Chloe, que usa cadeira de rodas (inclusive, a atriz é cadeirante na vida real), e toma remédios para as doenças que tem. A atriz transmite bastante realismo à sua personagem, passando por vários perrengues para tentar descobrir os segredos, se esforçando ao máximo da sua capacidade, e é responsável pelos momentos mais tensos da produção. O carisma e a simpatia da personagem ajudam a criar um vínculo com o público, mérito da atriz, que está a recém no seu segundo papel no cinema.


Apostando na relação entre mãe e filha, Fuja não é tão original assim, mas é brilhantemente dirigido e roteirizado, criando um suspense intrigante cheio de segredos e reviravoltas, nada de muita novidade, mas que, dentro do contexto da produção, é impactante. Talvez, poderia ter um pouco mais de emoção, em relação ao laço de mãe e filha, sem falar que o trecho final muda totalmente o clima de suspense, mas a tensão é constante. Uma das grandes surpresas da Netflix esse ano.



FUJA (RUN)


Ano: 2021

Direção: Aneesh Chaganty

Elenco: Sarah Paulson, Kiera Allen e Sara Sohn.



NOTA: 9,5


Disponível na NETFLIX








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